Fui convidado para participar do Meeting ESPM Canais Digitais — um fórum onde especialistas e marcas debatem os próximos passos do marketing digital. Se você é analista ou gestor de marketing no setor agro, sabe que decisões digitais exigem precisão: escolher canais, alocar orçamento e provar ROI são desafios diários. Aqui compartilho insights práticos e executáveis apresentados no evento, adaptados para Agro Indústrias, Revendas Agrícolas, Lojas de Maquinários, Indústrias de Insumos e Agritechs. Vou mostrar como priorizar canais, estruturar time e mensurar resultados com exemplos reais do campo, incluindo abordagens de chasocial para engajamento e leadcultura para nutrição de comprador rural. A leitura vai entregar ações que sua equipe pode testar na próxima safra — com foco em impacto comercial, escalabilidade e mensuração. Se a meta é transformar contato em pedido, este conteúdo é um roteiro direto para melhorar performance digital em empresas do agro.
Panorama dos canais digitais no agro e desafios reais

Havia uma sala pequena, meia dúzia de pessoas e um mapa de canais colado na parede. Cada ponto no mapa tinha uma cor diferente. Verde para canais que traziam relacionamento. Amarelo para canais que prometiam volume. Vermelho para aqueles que, apesar do investimento, não convertem. A cena é comum. A decisão parece simples: “vamos investir onde tem mais gente”. Mas a realidade no campo diz outra coisa.
O principal dilema das equipes é simples e cruel: onde colocar tempo e verba? Canais que funcionam em cidade nem sempre convertem no meio rural. Leads chegam. Mas chegam frios. Sem contexto. Sem intenção real de compra. A mensuração falha. E o ciclo de decisão? Longo. Muito longo. Você pode ter uma campanha linda, ótima taxa de clique, e nada vira pedido. Frustração. Raiva até.
Eu entendo a dor. Já vi times gastando uma safra inteira testando muitas plataformas. Resultado: dispersão. Métricas vazias. Relatórios bonitos. Mas, no fim, a equipe comercial reclamando que os leads não são prontos. No Meeting ESPM Canais Digitais essa sensação foi repetida diversas vezes. O ponto chave expresso pelos especialistas: o agro precisa de presença institucional e tática de performance ao mesmo tempo. Não é um ou outro. É os dois, integrados.
Vamos ao diagnóstico prático. Não é teoria bonita. É o que acontece no campo, na revenda, na fábrica.
- Público diversificado. Compradores finais, distribuidores, técnicos, consultores. Cada grupo pede mensagem diferente. Se você manda a mesma coisa para todo mundo, perde. Pior: gera ruído.
- Jornada longa. Decisão técnica e financeira. Reúne várias pessoas. Demanda prova, amostra, visita. O lead nurturing não é opcional. É mandatório.
- Integração offline-online. Evento local, demonstração, assistência técnica no campo. Tudo isso ainda pesa muito. A presença digital sem suporte offline vira sinalização vazia.
Um diagnóstico mais prático: defina quem influencia a compra além do comprador. Liste revendas, consultores e líderes locais. Eles falam com o produtor. Eles recomendam. Perdeu eles, perde a venda.
História rápida: uma revenda do interior começou a postar videos curtos de campo. Conteúdo técnico, cortes rápidos, depoimento de cliente. Em três meses, a loja triplicou pedidos por WhatsApp. Parece simples? É. Mas só deu certo porque antes a revenda mapeou suas culturas e fez um roteiro: quem é o público, em que fase da safra estão, que dúvida mais aparece. Sem isso, conteúdo vira ruído.
Vamos olhar por segmento. Cada um tem lógica própria. E sim, dá para testar rápido.
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Agroindústria B2B: o foco é relacionamento com grandes compradores. Vídeo técnico longo, que explica processo, faz sentido. Conteúdo que entra no fluxo de decisão técnica. YouTube para demonstração técnica. LinkedIn para relacionamento e prospecção com contas. ABM funciona. Mas precisa de times alinhados com vendas.
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Revenda agrícola: o dia a dia exige velocidade de atendimento. WhatsApp e grupos locais funcionam. Ofertas sazonais têm resultado quando combinadas com remarketing geolocalizado. Não adianta anunciar para todo mundo, anuncie para quem tem mais chance de comprar naquela safra.
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Loja de maquinário: demonstração física é decisiva. Vídeo demonstrativo reduz a distância. Anúncios geolocalizados perto do período de troca de safra aumentam a probabilidade de teste e visita.
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Indústria de insumos: provas e amostras vendem. Conteúdo técnico com evidência. Formular para lead scoring e separar curiosos de compradores de fato.
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Agritechs: trials funcionam melhor que apresentações. Webinar qualifica. Integração com CRM do cliente é xadrez perfeito para retenção.
Esses exemplos não são truques. São caminhos testados. Em cada um deles, a lição é a mesma: não atire para todo lado. Mapeie stakeholders por produto. Priorize canais. Meça leads qualificados, não só tráfego.
Um caso prático emblemático: uma revenda integrou anúncios geolocalizados com fluxo de WhatsApp. Piloto pequeno. Duração: 8 semanas. Resultado: ciclo de pedido caiu 30% na safra seguinte. Eles fizeram o que chamamos de hipótese controlada. Testaram. Mensuraram CAC por lead qualificado. Aprenderam.
Recomendações iniciais? Algumas são básicas, outras são contraintuitivas.
- Faça um mapeamento de stakeholders por produto. Liste quem influencia, quem decide, quem usa. Simples assim.
- Priorize dois canais principais por segmento. Um para aquisição. Outro para retenção. Não multiplique sem controle.
- Meça leads qualificados, não apenas visitas. Ajuste KPIs com o comercial.
Mini-checklist rápido. Pegue e use:
- Público definido por papel e região.
- Jornada mapeada por persona.
- KPIs alinhados com vendas (ex.: lead qualificado por safra).
Outra dica prática, quase operacional: crie rotas de leadcultura claras. Capture, nutra, avalie. Simples. Mas esquece-se fácil. Quando a nutrição falha, o lead volta para o funil frio. A nutrição precisa combinar material técnico com prova social local. Vídeos de campo, depoimentos, dados de teste. E algum material que o vendedor possa usar quando conversar com o produtor.
Há um erro recorrente: medir sucesso apenas por alcance. Alcance é legal, mostra que a marca existe. Mas no agro, alcance sem conversão é barulho. Priorize indicadores que apontem intenção. Clique no CTA que baixa ficha técnica. Inscrição em webinar técnico para tomada de decisão. Resposta no WhatsApp em 7 dias. Esses movimentos mostram interesse real.
Integração offline-online merece um parágrafo à parte. Um produtor que viu vídeo técnico precisa tocar no produto. Demonstração preserva. Visita do técnico sela. Sua estratégia digital tem que empurrar para esses momentos offline. Maps com localização das revendas. Agendamento de demonstração via chat. Notificação de equipe de campo quando um lead alcança certo score. Simples automações fazem diferença.
Como medir o que importa? Estabeleça lead scoring baseado em comportamento. Ex.: visualizou vídeo técnico completo, baixou ficha, abriu e-mail com proposta. Soma pontos. Quando atinge X, aciona time field sales. Não, não é complexo. Mas exige disciplina.
E os testes? Faça pilotos curtos. 6 a 8 semanas. Dois canais, orçamento pequeno. Rotina: medir, aprender, ajustar. Evite a tentação de cobrir todos os canais ao mesmo tempo. Você quer sinal claro do que funciona. Não informação confusa.
Aqui vai uma sugestão prática que já rendeu: combine um canal de aquisição com um de retenção. Por exemplo: anúncios geolocalizados para trazer tráfego, e WhatsApp para atendimento rápido e nutrição regional. Ou vídeos técnicos no YouTube para demonstrar produto, e e-mails segmentados com casos de uso. Foco. Simplicidade. Testes controlados.
Pequeno aviso: o time comercial precisa participar desde o início. Campanhas sem alinhamento com vendas quebram. Por que? Porque o que você chama de lead qualificado pode não ser o que o vendedor precisa para fechar. Alinhe critérios. Treine os vendedores para usar o material digital em campo.
Se quiser começar já, uma ação imediata: defina duas personas prioritárias por produto. Escolha um canal de aquisição e outro de retenção. Crie um piloto de 8 semanas. Meça CAC por lead qualificado. Avalie conversão em pedido. Repita.
Leve isso em mente: conteúdo sem contexto não converte. Mensagem genérica não funciona. É melhor um canal bem gerido que cinco no piloto eterno. Teste hipóteses. Economize o resto.
Pra quem gosta de ler mais sobre conteúdo que gera vendas, temos material útil que complementa esse panorama. Veja este artigo sobre como gerar vendas com conteúdo de valor no agro e entenda como transformar conteúdo em resultado prático: https://chasocial.com.br/gerar-vendas-com-conteudo-de-valor-no-agro/
No fim, o resumo é direto: não há fórmula mágica. Há disciplina, testes e integração entre digital e campo. Priorize, meça e alinhe com comercial. E repita o que dá resultado, pare o resto. Simples. Nem sempre fácil. Mas é o caminho.
Estratégias digitais concretas para aumentar conversão no agro

Havia um time que cansou de esperar leads “mágicos”. Eles montaram um experimento simples. Dois canais. Orçamento baixo. O objetivo era claro: reduzir o ciclo até o pedido. A ideia veio do Meeting ESPM: combinar chasocial para engajamento e leadcultura para nutrição. Não era teoria. Era execução.
Comece pela escolha. Priorize um canal de aquisição e outro de retenção. Escolha por segmento. Não tente estar em todo lugar logo de cara. Melhor pouco e bem feito. Para cada tipo de empresa agro, aqui vão estratégias testadas e replicáveis.
Agro Indústrias
- Produza conteúdo técnico em vídeo, com foco profundo. Vídeo longo no YouTube funciona. Mostre processos, resultados de laboratório, testes em escala. Termine o vídeo com um CTA claro: baixar um whitepaper técnico ou solicitar ficha técnica detalhada. Simples assim.
- Estruture campanhas de account-based marketing para grandes compradores. Mapear contas, criar conteúdo personalizado e nutrir por e-mail e LinkedIn. Não é para audiência larga. É para contas que importam.
Tática rápida: escolha 10 contas estratégicas e crie 3 peças técnicas por conta. Uma delas deve ser um documento técnico para download mediante formulário. Use esse formulário para lead scoring.
Revendas Agrícolas
- Automatize atendimento por WhatsApp e e-mail. Segmente por cultura e região. Fluxos simples: 1) captura via formulário, 2) fluxo WhatsApp com ficha técnica e disponibilidade local, 3) oferta sazonal e CTA para visita técnica. Insista em dados de campo no primeiro contato.
- Faça promoções sazonais. Acompanhe com remarketing geolocalizado. O cliente que viu anúncio perto da loja deve receber mensagem personalizada. Isso reduz fricção.
Exemplo: uma revenda integrou anúncios geolocalizados com fluxo de WhatsApp. Resultado: ciclo de pedido caiu 30% na safra seguinte. Verdade. Foi teste controlado em duas regiões.
Lojas de Maquinário
- Teste A/B landing pages com especificações técnicas e calendário de demonstrações. Uma landing foca em specs, outra em vídeo de operação. Compare taxa de conversão e qualificação.
- Combine eventos presenciais com retenção via CRM e field sales. O evento atrai. O CRM mantém. Marque quem testou a máquina e abra um ticket para o time de campo acompanhar.
Pequeno ajuste: em cada página inclua um calendário dinâmico de demonstrações. A pessoa reserva. Isso vira um sinal forte de compra.
Indústrias de Insumos
- Ofereça provas técnicas: trial kits ou amostras. Produza conteúdo que explique como usar e como interpretar resultados. Capture leads com formulários que alimentem um lead scoring técnico.
- Procure validação via parcerias com influenciadores técnicos. Engenheiros agrônomos com credibilidade no campo ajudam a reduzir objeções técnicas.
Táticas de execução: entregue trial kits apenas após uma etapa mínima de qualificação. Use questionários técnicos antes do envio. Isso evita desperdício e gera dados para scoring.
Agritechs
- Modele trial freemium com onboarding técnico. Use webinars para qualificação. Webinars curtos, focados em casos de uso, funcionam para filtrar leads de alto potencial.
- Integre o produto digital ao CRM do cliente. Busque casos de retenção mostrando dados de uso no painel do cliente. Isso facilita cross-sell e renewal.
Dica prática: todo usuário que completa três ações-chave no trial deve entrar no fluxo comercial. Não espere que o lead peça contato. Aja primeiro.
Estrutura do fluxo leadcultura
Estruture o fluxo em três passos. Simples e operacional.
1) Captura
- Formulários concisos. Menos pergunta na primeira etapa. Perguntas técnicas em etapas seguintes.
- Use WhatsApp para confirmação imediata. Mensagem pessoal aumenta resposta.
2) Nutrição técnica
- Sequência de conteúdos que respondam dúvidas técnicas. Vídeos curtos de campo. Whitepapers para decisores. Casos práticos para técnicos.
- Pontue cada interação com lead scoring técnico. Ex.: assistir a vídeo técnico completo = +10. Abrir whitepaper = +20.
3) Avaliação de interesse comercial
- Quando o lead atinge pontuação definida, acione o comercial. Envie um briefing com dados técnicos e sinais de interesse.
- Mantenha histórico no CRM com tags por cultura e safra.
Não é sofisticado. É disciplina. E disciplina gera previsibilidade.
Aplicando chasocial no campo
Use chasocial para gerar prova social local. Formatos que funcionam:
- Vídeos curtos de campo. 30 a 90 segundos. Mostre a aplicação real.
- Depoimentos de clientes reais. Curtos, diretos e sem roteiro pesado.
- Posts técnicos compartilháveis. Infográficos simples que o técnico local possa repassar.
Pequeno truque: peça ao cliente para filmar com o celular. Ele já está no campo. O conteúdo é mais autêntico. Mais crível. Mais compartilhável.
Métricas e prioridades
Priorize métricas que liguem ao comercial. Não caia nas armadilhas das vaidades.
- WhatsApp: medição por resposta e conversão em 7 dias. Conte quantos pedidos partiram de conversas ativas.
- YouTube: olhe para visualização completa e clicks no CTA. Se muita visualização e pouco download, revisite o CTA.
- LinkedIn: monitore leads qualificados por conta, não cliques.
- Facebook/Instagram: foque em engajamento que vira prova social e em geração de leads regionais.
Checklist de execução imediata
- Criar piloto de 8 semanas em dois canais. Orçamento pequeno. Metas claras.
- Definir lead scoring e rota de nutrição. Pontue atividade técnica.
- Medir CAC por lead qualificado. Meça também taxa de conversão para pedido.
Passos operacionais detalhados
- Semana 1: mapeie as personas e decida dois canais prioritários. Defina um KPI principal por canal.
- Semana 2: crie as peças iniciais: um vídeo técnico, uma landing page e um fluxo de WhatsApp simples.
- Semanas 3-6: otimize. Faça testes A/B de mensagens e landing. Ajuste o lead scoring.
- Semana 7: analise sinais fortes. Identifique contas para ABM ou leads para visita de campo.
- Semana 8: feche o ciclo. Compare CAC, taxa de conversão e tempo até pedido.
História curta: uma revenda fez isso e viu o ciclo cair 30%. Não foi sorte. Foi disciplina nas etapas acima.
Como priorizar recursos
- Primeiro, aloque tempo para conteúdo técnico. Sem conteúdo técnico sólido, a nutrição não anda.
- Segundo, automatize canais de resposta imediata. WhatsApp tem impacto direto.
- Terceiro, mantenha um alinhamento quinzenal entre marketing e comercial. Pequenas correções no script de venda fazem diferença.
Evite erros comuns
- Não peça muitos dados logo no primeiro contato. Pergunte o essencial.
- Não deixe leads técnicos no fluxo de marketing generalista. Personalize.
- Não subestime o poder da validação local. Uma recomendação de vizinho pesa.
Para quem quer se aprofundar em conteúdo que gera vendas, uma leitura útil é este material sobre gerar vendas com conteúdo de valor no agro: Gerar vendas com conteúdo de valor no agro. Ele complementa a prática de nutrição técnica aqui descrita.
Observação final (integradora, não conclusão)
Essas táticas foram pensadas para casar canais e tarefas. Engajamento local com chasocial. Nutrição técnica com leadcultura. Resultado: leads mais qualificados. Decisões mais rápidas. Ciclos menores. É trabalho. Mas o retorno aparece quando o comercial encontra leads com informação técnica já validada.
Teste. Meça. Ajuste. Repita. Pequenas vitórias acumulam. E sim, às vezes dá errado. Refaça e aprenda. Mas ao menos faça o teste com metodologia. Isso separa palpite de resultado mensurável.
Medição, estrutura de time e planos para escalar resultados

No Meeting ESPM sobrou uma frase curta e direta: métricas de vaidade matam foco. Ninguém gostou, claro. Mas ficou. E como toda frase que fica, exige ação. Vou contar rápido: numa manhã fria, um time de agritechs mostrou dashboards cheios de impressões e curtidas. Nada sobre receita. Resultado? Decidiram revirar tudo. Começaram pelo que importa.
Medição que importa. Não é sofisticação por sofisticação. É clareza. Para o agro, a priorização muda. Não vale olhar só alcance ou engajamento. Comece pelo fim do funil. Pergunte: quantos leads qualificados por produto entraram no funil este mês? Quantos viraram orçamento? Quanto tempo levou do primeiro contato até o pedido? Esses três KPIs são a base. Eles mostram se a máquina de aquisição realmente empurra vendas.
- Leads qualificados por produto: não por campanha. Cada produto tem comportamento próprio. Uma semente híbrida atrai um tom de lead diferente de um serviço de software. Segmentar por produto evita mistura de métricas.
- Taxa de conversão em orçamento: da lead para o orçamento pedido. Simples. Se 100 leads viram 5 pedidos de orçamento, a taxa é 5%. Meta realista é variável, mas é a métrica que você deve melhorar primeiro.
- Tempo até pedido: mede o ciclo. Em muitos casos, reduzir 20% nesse tempo é mais valioso que dobrar impressões.
Depois vem o valor por lead. Valor por lead segmentado por cultura e região dá contexto. Um lead de soja no Centro-Oeste pode valer muito mais que um lead de hortaliças no Sul. A diferença não é só preço. É logística, estoque, comercialização. Calcule o LTV esperado por segmento. Use isso para priorizar canais e campanhas.
Agritechs precisam de outra lente: retenção de clientes e receita recorrente. Para empresa com modelo SaaS ou subscrição, trial e churn são cruciais. Não adianta converter muito e perder 40% no primeiro ano. Métrica de retenção tem que estar ligada a produto, onboarding e atendimento. Medir só logins é raso — meça uso que gera receita.
Um truque prático: crie dashboards com 3 camadas. Camada 1 = indicadores de receita (leads qualificados, orçamentos, pedidos, receita). Camada 2 = eficiência de aquisição (CAC por segmento, custo por lead qualificado). Camada 3 = sinais de saúde do funil (tempo médio até pedido, taxa de qualificação, taxa de retenção). Tudo atualizado semanalmente. Sim, semanal. Se você espera até o fim do mês, já perdeu o experimento.
A estrutura mínima do time precisa refletir esses KPIs. Não precisa de dez pessoas. Precisa de papéis claros.
- 1 Coordenador de Canais Digitais: responsável por estratégia e budget. Ele não precisa saber tudo de execução, mas deve priorizar canais com base em ROI. Ponto.
- 1 Analista de Performance: roda anúncios, SEO, tracking, e analisa dados. Precisa criar relatórios acionáveis. Não só mostrar números, mas indicar o próximo teste.
- 1 Conteudista Técnico: faz vídeo e material técnico. No agro, conteúdo técnico converte. Mostre aplicação em campo, mostre resultado, mostre especificação. Conteúdo com pouca técnica vira ruído.
- 1 Customer Success / Field Marketing: integra online e offline. Vai para o campo. Entende o cliente. Fecha venda junto com comercial quando necessário.
Para empresas pequenas: terceirizar performance enquanto mantém expertise técnica interna costuma funcionar bem. Terceiro executa táticas, você preserva know-how do produto. Não delegue estratégia. Isso costuma dar ruim.
Processo operacional. Aqui a disciplina faz a diferença. Uma estrutura simples, repetida, escalável.
1) Planejamento trimestral por produto e por safra. Defina metas de receita e volume por produto. Inclua hipóteses de teste para cada trimestre. Uma hipótese = um experimento.
2) Sprints mensais para teste e otimização. Cada sprint tem objetivos claros: reduzir CAC em X%, aumentar conversão de trial em Y%. Termine o sprint com decisão: adota ou descarta.
3) Reuniões quinzenais entre marketing e comercial. Curto, focado. KPI do funil, leads em follow-up, bloqueios de atendimento. Se o comercial reclama do lead, o problema é um tag ou um processo mal desenhado. Resolva rápido.
Um processo simples de passagem do lead do marketing para o comercial pode evitar 30% de perda. Aqui vai um fluxo prático:
- Captura com tag inicial (campanha, cultura, região).
- Lead recebe conteúdo técnico automatizado por 3 passos (dia 0, dia 3, dia 7). Leadcultura funcionando.
- Scoring técnico avalia fit. Se score alto, cria tarefa no CRM para comercial em até 24h.
- Comercial registra resultado e feedback técnico volta para o time de conteúdo.
Ferramentas e integração são a cola. Não compre por moda. Compre por necessidade.
- CRM com campos por cultura e estágio de compra. Isso é básico, mas negligenciado. Cada lead precisa carregar informação do que foi visto, qual conteúdo consumiu, e qual o estágio.
- Plataforma de automação que suporte WhatsApp e e-mail. No agro, WhatsApp é canal de venda. Precisa de automação robusta para rotas e respostas.
- Tagueamento rigoroso para medir origem do lead (campanha, evento, conteúdo). Se você não souber de onde veio o lead, não pode otimizar canais.
Sugestão de taxonomia de tags: campanhacodigo | cultura | região | etapafunil | origemconteudo. Ex.: campanha23sojaCentroOesteinteresse_whitepaper. Isso parece exagero. Mas é o que torna possível responder: qual campanha trouxe os leads que viraram pedido em 30 dias?
Um case. Um agritech implementou lead scoring técnico e integrou trials ao CRM. Era uma operação pequena, com um funil digital simples. Eles criaram um score técnico com base em uso do trial e ações no produto. Integraram esse score ao CRM e dispararam um fluxo de nutrição quando o score foi baixo. Resultado: aumento de 45% em trials convertidos em clientes pagantes no primeiro semestre. Como? Simples. Identificaram leads de alto potencial cedo. Entraram com suporte técnico e oferta comercial mais rápida. E diminuíram churn inicial.
Detalhe que costuma ficar fora dos relatórios: a mudança cultural. Antes, equipe de produto e time comercial conversavam pouco. Depois da integração, houve alinhamento. Pequenos ajustes no onboarding reduziram dúvidas comuns. Pequena mudança operacional, grande efeito.
Checklist prático para escalar
- KPIs ligados a vendas definidos e rastreados. Nada de métricas soltas. Cada campanha tem objetivo de receita.
- Time com papéis claros ou parceiros terceirizados alinhados. Quem decide budget? Quem fecha a otimização? Tenha respostas.
- Processos de nutrição e passagem para comercial. Documentados. Testados. Simulados.
- Rotina de testes e otimizações mensuráveis. Hipóteses, métricas, decisão ao fim de cada sprint.
Algumas dicas de implementação rápida. Faça um piloto de 8 semanas por produto. Use orçamento pequeno. Monte as tags desde o primeiro dia. Não deixe o campo “cultura” livre, padronize. Teste um fluxo de WhatsApp + e-mail. E defina um SLA para resposta comercial: 24 horas para leads qualificados. 48 no máximo.
Integração com conteúdo. Se você quer ver exemplos práticos de como conteúdo converte no agro, vale a pena ler sobre gerar vendas com conteúdo técnico prático. Tem passos úteis e exemplos de campo que ajudam a desenhar o fluxo de nutrição. Leia mais neste link: https://chasocial.com.br/gerar-vendas-com-conteudo-de-valor-no-agro/ .
Um ponto final, mas não definitivo: medir o que impacta receita permite justificar investimento. Isso torna as decisões menos baseadas em achismo. E escala com segurança financeira. Parece óbvio. Mas no dia a dia do campo, do cliente, do vendedor, nem sempre é o que acontece. A recomendação é prática: corte métricas de vaidade do dashboard. Deixe só as que pisam no caixa.
Pequeno aviso: se você só trocar ferramenta e não mudar processo, você terá dashboards mais bonitos e os mesmos problemas antigos. Processos + pessoas + métricas. Essa é a fórmula.
E por último, seja implacável com tagueamento. Se os leads não tiverem origem clara, você não tem mapa. Sem mapa, você não escala. Ponto.
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