7 Lições do Hey Lovable que vão acelerar seu agromarketing

Ilustração de profissionais do setor agro em um evento presencial, trocando contatos e vendo demonstrações.

Você esteve entre as mais de 800 pessoas que acompanharam Alexandre Messina no maior encontro presencial sobre Lovable — e a energia foi real: “This picture is not AI generated” arrancou risos e conexões. Se você atua como analista ou gestor de marketing no agro, este conteúdo é para você. Aqui reunimos insights práticos e aplicáveis, extraídos do evento e adaptados para estruturas típicas do setor: agroindústrias, revendas agrícolas, lojas de maquinários, indústrias de insumos e agritechs. O objetivo é claro: transformar aprendizado em ações que gerem leads qualificados, melhorem conversões e reforcem relacionamentos com canais. Vou mostrar como aproveitar ativações presenciais, táticas digitais e a cultura de geração de leads para montar um plano executável nos próximos 90 dias. Prepare-se para passos objetivos, ferramentas e métricas que realmente importam para o agro — sem jargões vazios, apenas aplicabilidade imediata.

Entendendo o impacto do Hey Lovable no ecossistema Agro

Entendendo o impacto do Hey Lovable no ecossistema Agro

800 pessoas no mesmo espaço.

Era cedo, corredores com café e credenciais. Você já esteve nessas rodas: gerente de revenda com agenda até a próxima safra, diretor de agroindústria contando janelas de entrega, founders de agritechs procurando o primeiro cliente que valide o produto no campo. A cena do Hey Lovable não foi só conversa bonita. Foi um laboratório — e deu sinais claros do que funciona quando o objetivo é converter reconhecimento em oportunidade qualificada.

Você sabe do problema. Ciclos longos de decisão. Muitos stakeholders nas revendas. Público espalhado por estado, município, rota. Isso cria fricção. Muito tráfego digital vira nada. Leads ficam em limbo. A pessoa do comercial às vezes nem recebe o contexto certo. E mais: existe um tempo sensível conectado à safra. Perdeu a janela, perdeu o negócio.

Por que isso importa para você? Porque no agro a venda de alto valor depende de relação pessoal. Revendas e lojas de máquinas vendem confiança. Agroindústrias precisam sincronizar campanhas com calendário de safra e rotas de distribuição. Agritechs precisam de provas locais, casos de uso perto do produtor. Tudo isso faz eventos presenciais serem mais que uma vitrine. Eles funcionam como aceleradores do pipeline.

No Hey Lovable vimos cenas repetidas que explicam isso. Não eram coincidências.

  • Quanto mais curta e objetiva a demonstração, maior a taxa de interesse. Uma ativação com 5 minutos e um formulário de três perguntas converteu muito melhor que stands amplos com panfletos. Curto. Direto. Perguntas certas.
  • Kits digitais pós-evento mudaram a partida. Entrega imediata, material que ajuda a revenda no campo, aumentou follow-up em território em 25%. Não mágica. Processo.
  • Testemunhos de produtores locais funcionaram melhor que qualquer anúncio. É prova social com sotaque regional. Quem ouve entende que aquilo funciona onde mora.

Essas observações não são teoria. São práticas que diminuem o vazio entre conversa e reunião técnica.

O sintoma que vi: times de marketing trabalham isolados das rotas de campo. Calendário de conteúdo não conversa com roteiro de visitas da revenda. Resultado: conteúdo é genérico, e vendedor precisa reinventar o pitch no carro, na estrada, no portão. Pior: leads frios se perdem.

Pausa. Um exemplo rápido.

Um gerente de vendas me contou: “Fizemos 40 contatos no evento. Mas só 8 receberam o kit certo. Os outros 32 só receberam e-mail genérico.” Ele perdeu 24 horas. Depois semanas. Resultado? Visita agendada só para depois da safra. O negócio esfriou. Era evitável. Simples, prático, irritante.

O que o evento fornece de verdade é contexto. Contexto reduz decisão. Contexto dá insumo para vendas usarem em uma conversa curta. Contexto é localidade, prova, hora, dor. O que falta é operacionalizar isso rápido.

Como isso se traduz em mudanças concretas no seu trabalho? Em dois vetores.

Primeiro, mindset. Encerrar o conceito de “participação”. Não dá pra só montar stand. O evento precisa ser pensado como ponto de entrada no pipeline. Pense assim: presença gera sinal; sinal precisa virar ação. A ação precisa ter dono. Simples assim.

Segundo, processos. Ferramentas e rotineiros que transformam sinal em oportunidade. O evento mostrou que combinações simples resolvem a maior parte das perdas: captura rápida, triagem automática, entrega personalizada. Não é tecnologia exótica. É disciplina.

Histórias ajudam a entender.

Havia um produtor que só ouviu sobre uma solução no intervalo de almoço. Ele foi ao stand por curiosidade. Recebeu uma demonstração de 7 minutos. Preencheu um QR com três respostas. Em 30 minutos, um consultor local recebeu o lead, com notas e histórico. Em 24 horas, houve visita técnica. Resultado: teste em campo antes do fim da semana. A motivação? Tempo, contexto, e acompanhamento rápido. Sem isso, teria virado só mais um e-mail.

Outro caso: uma revenda pequena usou depoimentos de produtores da mesma região em posts nas redes. Não era só post. Era convite para quem participou no evento pedir a ficha técnica. Era social proof transformado em ação. A taxa de resposta do WhatsApp subiu. O comercial ganhou credibilidade instantânea.

Percebeu o padrão? O evento provê três coisas essenciais: intenção, prova social e urgência.

Intenção: o lead veio até você. Ele já tem um grau de atenção.
Prova social: testemunhos locais validam a solução para o contexto do produtor.
Urgência: calendário de safra cria janelas que forçam decisão.

Junte isso e a conversão sobe. Mas, atenção: essas coisas só viram resultado se houver um desenho operacional claro. Capturar intenção sem processo é desperdício.

Algumas lições práticas aprendidas no evento, contadas sem rodeio:

  • Simplicidade ganha. Formulários longos sufocam. Três perguntas bem colocadas dão contexto suficiente.
  • Tempo é rei. Responda em 24 horas. Metas agressivas geram vantagem competitiva.
  • Localidade importa. Use cases com terroir. Produtor confia mais em quem mostra exemplo da mesma roça.
  • Entregue material útil ao vendedor. Vídeo curto, ficha técnica e roteiro de conversa. Isso reduz erros no campo.

Existem nuances. Nem toda demonstração precisa ser técnica. Às vezes, uma conversa franca sobre dor de transporte, logística, ou prazo já abre caminho para fechar teste. O evento mostrou que empatia com a rotina do produtor rende mais que slides bonitos.

Também vi resistência. Algumas equipes acreditam que tudo precisa ser escalado digitalmente, e que o presencial é secundário. Erro. O presencial cria provas e pistas que alimentam o digital. É um ciclo. O evento não substitui campanhas digitais. Ele as enriquece. Use ambos com propósito.

Se você quer que o impacto do evento gere receita, pense em pequenas regras operacionais. Não são técnicas milagrosas. São disciplina de execução.

  • Identifique antes do evento quem são suas duas personas prioritárias. Isso foca esforços.
  • Tenha um mecanismo mínimo para capturar intenção com contexto. Pode ser QR, formulário curto, ou cartão digital. Só isso já muda a qualidade do lead.
  • Planeje a entrega pós-evento com segmentação regional. Material geral mata conversão.

Não se trata de mais conteúdo. Trata-se de conteúdo certo, no momento certo, com dono certo.

E sim, o digital entra para escalar o follow-up. O que aprendi é que uma sequência de mensagens curtas e contextuais funciona. Mensagens com vídeo de 60 segundos e ficha técnica segmentada fazem o vendedor parecer mais preparado. Faz o produtor sentir que não perdeu tempo. Interessou? Se quiser ver como o conteúdo pode gerar vendas, há mais insight útil em um guia que aborda exatamente isso, como gerar vendas com conteúdo de valor em campo: gerar vendas com conteúdo de valor no agro.

Pausa. Um detalhe operacional que mata muitas iniciativas: a falta de alinhamento com a rota do comercial. Se o conteúdo chega para o vendedor depois do ciclo de visitas, é tarde demais. Se o comercial não sabe qual lead precisa de visita técnica, ele improvisa. Improviso é risco.

Por isso digo: veja o evento como catalisador, não como final. O que ele entrega são sinais que pedem workflow. Pessoas conversam. Sistemas precisam traduzir essas conversas em tarefas para vendas. O timing tem que ser agressivo. Responsabilidade clara. Métricas definidas.

Métricas que importam para acompanhar o impacto do evento:

  • Tempo médio de resposta: monitore. Meta: menos de 24 horas.
  • Taxa de qualificação inicial: quantos leads viram oportunidades. Busque 20-30%.
  • Conversão por rota/região: compare territórios, entenda onde a prova social funciona melhor.

Essas métricas não são teto. Mas dão direção. Você consegue ver o retorno do evento quando números sobem, e não apenas quando pessoas curtiram sua foto.

Se quiser transformar presença em pipeline, lembre-se: o Hey Lovable mostrou que não basta estar. É preciso operacionalizar o pós. Processos simples, disciplina de execução e conteúdo local fazem a diferença.

No próximo capítulo vou detalhar ações práticas, prontas para implementação em 90 dias. Aí entram passos, checklists e um roteiro direto para reduzir o tempo entre o primeiro contato e a conversão. Até lá, guarde uma ideia central: presença gera sinal. Seu trabalho é transformar sinal em ação, com rapidez e clareza. Simples. Difícil de fazer sem disciplina. Mas possível.

Estratégias práticas para converter presença em oportunidades

Estratégias práticas para converter presença em oportunidades

Você viu. Sentiu. Conversou. Agora precisa converter tudo aquilo em negócio real. Fácil dizer, difícil fazer. Mas existem caminhos diretos. Técnicas testadas no evento que cortam passos desnecessários. Solução direta e aplicável. Pouco fricção. Resultados rápidos.

No pavilhão, uma demonstração curta podia selar uma conversa. Mas o que transforma conversa em visita técnica, em proposta, em venda? Ruptura entre intenção e ação. É aí que entram as micro-jornadas, automações simples e conteúdo hiper-relevante. Vou ser prático. E vou mandar direto o que funciona.

Passos essenciais — ordem e propósito claros

  • Pré-evento: segmente por persona e território. Não envie convite genérico. Escolha duas personas prioritárias por campanha. Divida territórios por rota. Envie convites com horário sugerido para demonstração local. Junto, um formulário com três perguntas rápidas: interesse principal, safra/temporalidade, prazo de decisão. Perguntas assim esclarecem se o lead é oportuno agora ou só prospect para depois. Simples. E você filtra 50% do ruído.

  • No evento: capture intenção com QR codes distribuídos em áreas de demonstração. Cada QR aciona um workflow automático: mensagem inicial por WhatsApp + e-mail com resumo da demo. O segredo: o primeiro contato já oferece agendamento de visita técnica em um slot local. Não peça que o lead responda ali. Ofereça. Agende. A conversão depende mais da oferta clara do próximo passo do que da conversa no estande.

  • Pós-evento: entregue conteúdos personalizados. Um vídeo de 60–90 segundos direto ao ponto. Mostre um caso local parecido com o lead. Anexe uma ficha técnica enxuta. Caminho: vídeo curto primeiro; depois ficha técnica; por fim, proposta de visita com calendário. Reforce prova social do produtor regional. Isso reduz dúvidas e aproxima decisão.

Pequenos detalhes que fazem diferença

  • As três perguntas do pré-evento: escreva-as com linguagem do campo. Nada técnico demais. Exemplo: “Qual sua maior dor nessa safra?”, “Qual o tamanho da área/escala?”, “Quando costuma decidir sobre novos insumos?”. Perguntas assim revelam orçamento e timing.

  • Mensagens automáticas: personalize linhas iniciais. Ex.: “Oi João, lembra da demo do dia X? Temos 2 vagas para visita na sua região na próxima semana.” Curto. Direto. Humano. Evite spam. Se possível, ofereça callback imediato via ligação.

  • Vídeos de 60–90s: roteiro enxuto, três blocos: problema, solução local, próxima ação (agendar visita). Mostre cara, mostre campo. Voz real, não locução fria. Use legendas. Muitos assistem em ambiente barulhento.

Checklist operacional — para não esquecer nada

  • Defina 2 personas prioritárias por campanha.
  • Crie 1 landing page por rota/região. Não misture rotas distintas na mesma LP.
  • Configure automação para triagem em até 24 horas.
  • Treine time de vendas e revendas no script de agendamento.
  • Prepare templates de WhatsApp e e-mail para follow-up imediato.

Tabela comparativa de canais — escolha certo, para cada objetivo

| Canal | Objetivo principal | Métrica rápida | Melhor prática |
|—|—:|—:|—|
| Ativação presencial | Gerar confiança e prova social | Leads qualificados por hora | Demonstração curta + formulário |
| Conteúdo digital | Nutrição e escala | Taxa de abertura e cliques | Vídeo curto + CTA para agendamento |
| WhatsApp | Conversão direta | Resposta em 24h | Mensagem personalizada + opção de ligação |

Use cada canal para a função que ele serve. Não tente fazer o WhatsApp ser plataforma de nutrição em massa. Ele é para conversas que fecham.

Exemplos de aplicação — leve para campo

  • Leadcultura: crie micro-jornadas onde o lead recebe primeiro um case local. Depois vem proposta de visita. Por fim, lembrete com duas opções de data. Resultado: intenção vira reunião. Simples, mas exige disciplina operacional.

  • Chamada social: no evento, incentive participantes e parceiros a postar com a hashtag oficial. Recolha essas postagens como prova social. Depois, envie ao lead um pacote com o post local + vídeo curto. Isso transforma alcance em credibilidade. Use essas provas dentro do CRM como gatilho de qualificação.

Padrões de mensagens que funcionam

  • Abertura: nome do lead, referência ao local ou pessoa conhecida, proposta de próximo passo. Ex.: “Carlos, vi você na demo sobre controle de praga. Tem 30 minutos na quinta para uma visita técnica na sua fazenda?”.

  • Follow-up: lembrete em 48 horas, com material adicional. Envie o vídeo de 60s + ficha técnica. Pergunta simples no final: “Quer que eu confirme a visita?”.

KPIs que importam — foque no que move receita

  • Tempo médio de resposta: <24h. Se você responde em 48h, perde 30–50% da janela de interesse.
  • Taxa de qualificação inicial: objetivo 20–30% dos leads capturados. Isso é um bom benchmark para eventos B2B no agro.
  • Conversão para oportunidade: acompanhar por rota/região. Algumas rotas performam melhor — ajuste recursos.

Como medir rapidamente

  • Capture a hora do preenchimento do formulário do evento.
  • Conte o tempo até o primeiro contato humano ou automação.
  • Anote se houve agendamento de visita. Essa etapa é a mais crítica.

Operacionalidade: quem faz o quê

Disciplina. Alinhamento. Sem isso, nada funciona. Marketing captura. Vendas agenda. Revendas executam demos. Suporte técnico prepara material. Acorde um SLA: resposta em 24 horas. Treine. Faça rodízio de responsáveis. Tem que haver dono por rota.

Táticas rápidas para regiões com presença fraca

  • Teste hiperlocalização: pequenos anúncios com clipes de 30s de produtores locais. Gasta menos e tem CAC inferior se houver alguma prova social.
  • Parcerias de campo: combine com uma revenda local uma demo conjunta. Ela traz cliente, você traz material técnico.
  • Reaproveitamento: transforme depoimentos colhidos no evento em clipes para anúncios. Pouco custo, alto retorno.

Erros comuns e como evitar

  • Fazer follow-up genérico. Evite. A pessoa esteve no evento, lembre-se disso.
  • Esperar que o lead procure. Não vai. Ofereça o próximo passo.
  • Multiplas mensagens sem coordenação. Unifique fluxos. Use um CRM para evitar duplicidade.

Fluxo prático em 24–72h (modelo)

  1. Lead preenche formulário no estande. Hora zero.
  2. Automação envia WhatsApp + e-mail em até 1 hora. Mensagem com opção de agendar.
  3. Se não houver resposta em 24h, segunda mensagem com vídeo curto e ficha técnica.
  4. Se ainda não houve resposta em 48–72h, encaminhar para representante local para tentativa direta.

Essa cadência aumenta a probabilidade de fechar a visita técnica.

Notas sobre mensuração e otimização

  • A/B teste assunto de e-mail e texto inicial do WhatsApp.
  • Meça qual vídeo gera mais agendamentos: o com depoimento, ou o com demonstração técnica?
  • Analise por rota: onde a taxa de agendamento é melhor? Repita o que funciona.

Integração com conteúdos educativos

Use conteúdo para qualificar antes da visita. Um curto artigo ou infográfico prepara o lead. Se quiser, veja ideias sobre como transformar conteúdo em vendas no blog, por exemplo a página sobre gerar vendas com conteúdo de valor onde há táticas que complementam esse fluxo: https://chasocial.com.br/gerar-vendas-com-conteudo-de-valor-no-agro/ .

O ponto final? Disciplina e velocidade. As ações são simples. Demandam execução. Se você treinar times, preparar assets e cumprir SLA, a presença vira pipeline mensurável. E vira receita.

Siga as micro-jornadas. Automatize o óbvio. Repetir bem é o que escala. E sim, vai dar trabalho. Mas aí está a diferença entre um estande que faz barulho e um estande que gera negócio.

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Sobre

Mentoria com Ben Martin Balik: programa prático para gestores e analistas de agromarketing, com diagnóstico de pipeline, roteiro de 90 dias personalizado, templates para automação, playbooks de ativação presencial e suporte em execução. Ideal para Agro Indústrias, Revendas Agrícolas, Lojas de Maquinários, Indústrias de Insumos e Agritechs que querem transformar eventos e ativações em receita mensurável.