Faltam 63 dias pra acabar o ano — execute o plano e garanta um 2025 melhor no Agro

Ilustração mostrando equipe de agromarketing planejando ações com um calendário indicando 63 dias restantes.

Faltam 63 dias pra acabar o ano e você prometeu que 2025 seria diferente. Agora não há espaço para distrações: cada ação conta para fechar metas, preservar leads e preparar um pipeline saudável para o próximo ciclo. Este conteúdo entrega passos concretos e aplicáveis ao setor agro — pensado para analistas e gestores de marketing de agro indústrias, revendas, lojas de maquinários, indústrias de insumos e agritechs. Você vai encontrar diagnóstico rápido do momento atual, um plano de marketing enxuto para os 63 dias finais e orientações para transformar essas ações em base sólida para o planejamento estratégico para agro 2025. Se precisa priorizar, otimizar orçamento ou acelerar conversões em campo, aqui estão soluções práticas, exemplos reais do agro e checklists prontos para execução. Leia com foco, escolha uma ação para começar hoje e garanta que a promessa de um 2025 diferente vire resultado mensurável.

Diagnóstico rápido e priorização para 63 dias

Diagnóstico rápido e priorização para 63 dias

Estávamos numa reunião pequena. Quatro pessoas. Uma planilha aberta e a sensação clara: o ano vai acabar em 63 dias. Não é crise, é janela. Uma janela para resolver o que ainda entrega resultado e para limpar o que só consome tempo. Respire. Vamos fazer um diagnóstico em até três horas. Rigoroso. Prático. Sem rodeios.

Primeiro passo: olhar os números com objetividade. Nada de achismos. Pergunte e responda rápido: qual a receita prevista para o trimestre? Quanto falta para bater meta? Abaixo, um checklist enxuto para rodar em 180 minutos:

  • Métricas essenciais — abra o relatório e confirme: receita prevista para o trimestre, taxa de conversão por canal, CPL (custo por lead) e taxa de retenção dos clientes-chave. Pegue os últimos 90 dias e compare com os 30. Rupturas aparecem rápido.
  • Compare performance por formato — campanhas digitais versus eventos presenciais. Feiras, revendas, encontros locais: qual trouxe leads que fecharam? Nem tudo que gera tráfego vira negócio.
  • Audite o funil — identifique gargalos de captação, nutrição ou fechamento. Exemplo: uma revenda com muito tráfego no site, mas poucas visitas técnicas. O problema pode estar no agendamento: formulário longo, resposta lenta, sem confirmação por WhatsApp. Pequena falha, grande impacto.
  • Recursos disponíveis — quanto sobra de orçamento? Quantas visitas comerciais a equipe consegue fazer por semana? Quantos slots de comunicação existem: e-mails, SMS, WhatsApp, rádio local? E estoque promocional? Liste tudo.
  • Público e segmentação — priorize contas por LTV. Grandes clientes de insumos, frotas que renovam máquinas, produtores que contratam frete/assistência com regularidade devem ser foco.
  • Risco e oportunidade — leads muito frios podem sumir até a entressafra. Mas há oportunidades óbvias: ofertas de fim de ano para peças; manutenção preventiva com entrega no início da safra.

Faça isso em ordem. Primeiro números. Depois funil. Em seguida, recursos. Por fim, públicos e riscos. Leva menos tempo que parece. Rápido e sujo. Mas eficaz.

Auditoria do funil: detalhe e ação

Olhe para cada etapa do funil. A captação está boa mas nutrição fraca? A nutrição é lenta e perde leads quentes? Ou o problema é o fechamento: propostas que não viram pedido? Exemplos reais ajudam a decidir rápido.

  • Captação: se o CPL está alto, identifique canais com CPL menor e aumente orçamento neles. Pause canais que gastam e não convertem.
  • Nutrição: sequências de e-mail com conteúdo técnico costumam funcionar. Mas no agro, o canal direto — WhatsApp e ligação da equipe técnica — converte rápido. Re-aponte recursos para essas ações.
  • Fechamento: revise o tempo médio entre proposta e decisão. Se é longo, implemente follow ups automáticos e chamadas comerciais proativas.

Um caso curto: uma revenda aumentou agendamentos de visita técnica apenas cortando um campo do formulário. Simples. A taxa de passagem do site para a visita técnica subiu 35% em duas semanas. Às vezes a solução é técnica, às vezes é processo. Observe com atenção. Não complique.

Priorize por impacto e esforço

Aqui entra a matriz que você já conhece. Sim, a velha matriz impacto x esforço. Use-a agora. Liste ações possíveis e classifique em quatro quadrantes:

  • Alto impacto / Baixo esforço — implementar primeiro. São as vitórias rápidas.
  • Alto impacto / Alto esforço — planeje; talvez não caibam em 63 dias.
  • Baixo impacto / Baixo esforço — execute se sobrar tempo.
  • Baixo impacto / Alto esforço — descarte.

Exemplos práticos de alto impacto/baixo esforço no agro:

  • Inspeção gratuita de máquinas para clientes ativos. Custo baixo. Conversão alta. Agenda, visita, proposta. Fecha rápido.
  • Campanha de recompra de insumos com desconto por volume para produtores com compras nos últimos seis meses. Mensagem direta. Oferta clara.
  • Reativação por WhatsApp para leads que abriram proposta nos últimos 60 dias. Script curto. Chamada técnica.

Ferramenta prática: planilha e checkpoints

Não invente sistemas novos. Monte uma planilha simples com colunas: ação, impacto estimado, esforço, responsável, deadline nos próximos 21 dias. Faça a coluna de status: pendente, em andamento, concluído. Revise toda sexta-feira em reunião de checkpoint rápida, 15-30 minutos.

Sugestão de colunas:

  • Ação
  • Objetivo (ex: gerar X propostas)
  • Impacto estimado (alto/médio/baixo)
  • Esforço (horas ou custo)
  • Responsável
  • Deadline (0-21 dias)
  • Status

Defina responsáveis claros. Sem dono, sem entrega. E mantenha o foco nas 21 dias iniciais. O que não entrar nesse ciclo, não será prioridade agora.

Segmentação e conta por conta

Se você tem base grande, segmente. Mas faça rápido. Priorize por LTV. Grandes volumes de compra merecem ações diretas. Pequenas contas com potencial podem esperar, a menos que o esforço seja mínimo.

  • Crie listas: top clientes (LTV alto), clientes médios, leads quentes, leads frios.
  • Para top clientes: ofertas de inspeção e bundles de peças + assistência.
  • Para leads quentes: contato direto da equipe técnica, agendamento imediato.
  • Para leads frios: economia de recursos. Mensagens automáticas com oferta limitada, só se houver esforço baixo.

Risco vs oportunidade — pense curto e médio prazo

Riscos claros têm que ser mapeados. Leads que esfriarem durante a entressafra podem demorar meses para voltar. A resposta: priorize qualificações e ofertas de curto prazo que geram ação agora. Por outro lado, oportunidades como renovação de frotas e contratos de manutenção podem ser alavancas para o início de 2025.

  • Risco: campanhas que geram muitos leads superficiais mas saturam a equipe. Evite inundar o time com tarefas sem retorno.
  • Oportunidade: ofertas de fim de ano para manutenção e peças. Promova bundles que facilitem a decisão.

Pequenas ações, grande retorno

Nesta janela de 63 dias, escolha poucas ações e execute bem. Prefira três prioridades. Faça-as muito bem.

Exemplos de ações concretas e rápidas:

  • Oferta de vistoria técnica gratuita para clientes com histórico de compra nos últimos 12 meses. Baixo custo por visita. Alta chance de venda.
  • Campanha de recompra com desconto por volume. Mensagem segmentada por histórico de compras.
  • Landing page simples com agenda de vistoria e oferta limitada. Link direto para o time comercial.

Lembrete operacional: scripts e mensagens

Prepare scripts curtinhos para equipe de campo e para SDRs. Cada canal deve ter sua mensagem. O script do WhatsApp é curto: saudação, referência à compra anterior, oferta e chamada para ação clara. O script de ligação técnica deve focar em diagnóstico e agenda.

Medir tudo. Sempre.

Mensure diariamente CPL e taxa de conversão por campanha. Não espere semanas. Ajuste rápido. Se algo não converte, interrompa e realoque recursos. Pequenas mudanças no assunto do e-mail, no horário de ligação, na oferta, costumam produzir variação grande.

Comunicação interna: poupe tempo

Se a equipe de vendas não sabe das ofertas, não funciona. Comunicação curta. Checklist de ações, responsáveis, e metas diárias. Reuniões curtas. Nem todo detalhe precisa ser documentado, mas tudo precisa ter dono.

Integração com pós-venda

Mantenha o foco em fechar e em manter. Pós-venda bem feito aumenta retenção. Se você quiser um bom guia sobre isso, veja este material sobre pós-venda fortalecido no agronegócio: https://chaagromkt.com.br/pos-venda-fortalecido-no-agronegocio/. Use os aprendizados para converter vendas iniciais em contratos de longo prazo.

Resultado esperado em 63 dias

Se você seguir o roteiro, espere: redução do CPL, aumento de propostas enviadas e fortalecimento do pipeline para o primeiro trimestre de 2025. Não espere milagres. Espere clareza e foco. Decida o que executar hoje. Elimine o resto.

Notas finais, sem enrolação

  • Três horas para diagnosticar. Não mais.
  • 21 dias para validar as primeiras ações.
  • Reuniões semanais de checkpoint.

Faça o óbvio bem feito. Pequenos ajustes na jornada do cliente, ordens claras, e priorização por impacto costumam ser a diferença entre terminar o ano no zero e já entrar 2025 com pipeline robusto. Vá lá. Execute. Hoje.

Plano de marketing prático para os 63 dias finais

Plano de marketing prático para os 63 dias finais

Com o diagnóstico pronto, é hora de executar. Rápido, objetivo e com dinheiro entrando. Não é hora de repensar tudo. É hora de agir no que já foi priorizado.

Imagine uma revenda que, em setembro, viu a previsão trimestral cair. O time reuniu dados em três horas, priorizou inspeções e campanhas de recompra. Não inventaram nada novo. Fizeram o básico muito bem. Em 63 dias fecharam pedidos que empurraram o faturamento e criaram processo para 2025. Dá pra repetir. Eu vou te mostrar o roteiro de 9 semanas. Dividido. Simples. Sem rodeios.

Bloco 1 — Curto prazo (0–21 dias)
Objetivo: gerar receita rápida e qualificar pipeline.

  • Faça uma lista com clientes ativos nos últimos seis meses. Segmente por tipo de compra.
  • Ação 1: promoções direcionadas por segmento. Desconto na troca, bônus por fidelidade. Oferta clara. Validade curta. Mensagem direta ao decisor na revenda ou no produtor.
  • Ação 2: reativação de leads quentes. WhatsApp primeiro. Depois ligação técnica. Scripts curtos. Abordagem consultiva. “A vistoria aponta X — tem peça?”. Evita pitch longo. Vende solução.
  • Ação 3: landing page para agendamento de vistoria técnica. Oferta limitada: inspeção gratuita ou preço promocional para peças. CTA único. Agenda visível. Equipe técnica preparada para confirmar em 24h.

Tarefas diárias: 1) medir número de agendamentos; 2) calcular CPL; 3) taxa de conversão agendamento → venda. Reunião de 15 minutos ao final do dia com comercial e técnico. Ajuste rápido do script.

Dica operacional: roteiros curtos para SDRs e técnicos. Ex.: “Bom dia, sou da [revenda]. Vistoria gratuita esta semana. Tem 15 minutos?” Se dizem que não, agende push para próxima semana e envie prova social.

Bloco 2 — Médio prazo (22–42 dias)
Objetivo: aumentar conversão e preparar entregas logísticas.

  • Ação 1: campanha de conteúdo técnico. Conteúdo curto e objetivo para agrônomos e gerentes de loja. Mostre cases de revenda ou loja de maquinários. Provas sociais são fundamentais. Post, e-mail e folheto digital. Público: leads que já agendaram ou demonstraram interesse.
  • Ação 2: webinars de 30 minutos sobre manutenção preventiva. Agenda focada: problema, diagnóstico, solução e CTA para orçamento. Não mais que 30 minutos. Envio de material pós-evento com proposta simplificada.
  • Ação 3: ajuste de CRM. Marque follow ups automáticos. Crie gatilhos: agendamento sem conversão em 7 dias ativa SMS, em 14 dias notifica técnico para ligação.

Logística: organize entregas, estoque de peças, equipe técnica e janelas de atendimento para janeiro. Garanta frete e montagem. Se não, promise quebra. Prazo de entrega vende. Simples assim.

Métricas-chave deste bloco: taxa de comparecimento em webinars, taxa de conversão pós-webinar, tempo médio entre orçamento e fechamento. Documente cada hipótese: o que você acredita que vai funcionar e como vai medir.

Bloco 3 — Finalização (43–63 dias)
Objetivo: fechar vendas e construir base para 2025.

  • Ação 1: ofertas de bundle. Pacotes de insumos + assistência técnica. Preço atrativo. Comunicação clara: o que entra, o que não entra. Urgência: última oportunidade do ano.
  • Ação 2: onboarding para novos clientes. Check-ins nas primeiras 30 dias. Sequência de 3 contatos: 7, 21 e 45 dias. Foco em satisfação e upsell técnico.
  • Ação 3: relatório consolidado de KPIs e lições aprendidas. Use para construir o planejamento estratégico de 2025.

No fim do bloco, reúna comercial, operações e produto. Passe a régua: o que deu certo, o que não deu. Separe ações táticas que viram processo. Documente. Sem documento, não existe aprendizado real.

Tabela rápida: ações rápidas vs estratégicas

| Ação | Tempo para implementar | Impacto esperado |
|— |—: |—: |
| Inspeção técnica gratuita | 7 dias | Alta conversão imediata |
| Webinar técnico | 14 dias | Médio, gera leads qualificados |
| Bundle promocional | 21 dias | Alta receita e fidelização |

Não deixe a tabela só no papel. Monte um quadro visual na sala de vendas. Marque responsável e prazo. Se algo não andar, pare e reavalie. Menos é melhor.

Dicas operacionais rápidas

  • Scripts por canal: WhatsApp = 1 frase de abertura + 2 benefícios + CTA. Telefone = script técnico com perguntas fechadas. Email = assunto direto e 3 bullets.
  • Segmente por safra e porte. Pequeno produtor não compra pacote de grande fazenda. Mensageiro errado, venda perdida.
  • Mensure diariamente: CPL e taxa de conversão por campanha. Semana a semana. Não espere o fim do mês.

Exemplo aplicado

Uma revenda rodou inspeções gratuitas. Em 30 dias converteu 28% dos agendamentos em vendas de peças e serviços. CPL caiu 35%. O que fizeram diferente:
1) confirmação do agendamento em menos de 2 horas;
2) técnico com autorização para propor solução imediata;
3) oferta de parcelamento simples.

Foram escolhas operacionais, não mágicas. E funcionou.

Como organizar o time na prática

  • Dia 0: kickoff de 60 minutos. Revisão rápida do diagnóstico e metas para 21 dias.
  • Semanal: checkpoint de 30 minutos. O que foi entregue, barreiras, próximos passos.
  • Responsáveis claros. Um dono por ação. Não passe canetas.

KPIs para acompanhar (mínimo)

  • Número de agendamentos (diário)
  • CPL por canal (diário)
  • Taxa de conversão agendamento → venda (semanal)
  • Receita incremental por ação (semanal)
  • Tempo médio da proposta ao fechamento (semanal)

Documente as hipóteses validadas. Exemplo: “webinar reduz tempo de fechamento em 25%”. Se não confirmar, descarte.

Scripts e mensagens (resumido)

  • WhatsApp reativação: “Olá [nome], sou da [revenda]. Temos uma vaga para vistoria sem custo esta semana. Posso agendar?” Curto. Polido. Direto.
  • Ligação técnica: “Identificamos que a peça X costuma falhar no período Y. Podemos checar e oferecer substituição com desconto. Quer agendar?”
  • Email pós-webinar: 3 bullets com benefícios e link para orçamento.

Use linguagem que o produtor entende. Nada de jargão técnico demais. Mas mostre autoridade. Isso fecha.

Erros comuns e como evitar

  • Prometer prazo que não consegue cumprir. Resultado: cliente frustrado e reputação manchada.
  • Campanha ampla demais. Segmentação é tudo.
  • Não preparar logística. Venda que não entrega vira problema grande.

Integração com pós-venda

Onboarding e primeiros 45 dias são o que transformam venda em cliente recorrente. Um bom fluxo de pós-venda aumenta retenção e abre espaço para upsell. Leia mais sobre práticas de pós-venda e relacionamento, especialmente para o agro, em um guia prático que já publicamos: Pós-venda fortalecido no agronegócio. Use esse material para montar a sequência de check-ins.

Pequenos ajustes que fazem diferença

  • Confirmação de chamada por SMS 30 minutos antes.
  • Checklist técnico impresso para o técnico levar ao campo.
  • Oferta extra no fim da vistoria: peça com desconto se fechar no mesmo dia.

O que medir no final dos 63 dias

  • Receita incremental atribuível às ações.
  • CPL médio por canal.
  • Taxa de conversão por oferta.
  • Número de clientes onboarded com sucesso.
  • Lições aprendidas e hipóteses validadas.

Transformar ação em processo

Se uma ação deu resultado, transforme em playbook. Treine o time. Automatize no CRM. Sem isso, o efeito some.

Última palavra prática (sem drama)

Execute agora. Não espere o período ideal. Dose ações por blocos. Priorize o que converte rápido e alimenta o pipeline. Documente tudo. Faça do encerramento de 2024 o alicerce do seu 2025.

Consolidando resultados e preparando o planejamento estratégico para agro 2025

Consolidando resultados e preparando o planejamento estratégico para agro 2025

Os últimos 63 dias não são só para fechar vendas. São a chance de transformar ações táticas em vantagem estratégica duradoura. Pare e olhe os números. Simples assim.

Mensuração e aprendizado. Reúna tudo. Campanhas, custo por venda, tempo de conversão, tickets médios. Não precisa de dashboard olímpico. Um painel enxuto ajuda mais que dez planilhas soltas. Priorize três métricas claras: receita incremental por ação, CPL por canal, e taxa de conversão por oferta. Coloque essas métricas lado a lado. Compare com o baseline. Identifique picos e vales.

Como organizar isso, na prática? Exporte 30, 60, 90 dias de dados por campanha. Calcule o incremental. Pergunte: essa campanha gerou receita além do esperado ou só canibalizou vendas futuras? Some tempo de conversão: lead → contato técnico → proposta → venda. Onde houve gargalo? Onde o produtor desistiu? Anote hipóteses. Documente. Marque o que foi validado e o que precisa de nova rodada de testes.

Pequeno exemplo: uma campanha de inspeção técnica teve custo alto por lead, mas converteu rápido para vendas de peças. Resultado: CPL alto, CAC razoável, alta receita incremental. Hipótese validada: inspeções qualificam o cliente e aceleram fechamento. Anote isso. Repita.

Dica prática: crie um card por hipótese. Cada card contém: métrica chave, resultado esperado, resultado real, e ação para 2025. Esses cards viram input direto para o planejamento.

Retenção e relacionamento. Depois do fechamento vem a hora decisiva. Onboarding mal feito gera churn. Onboarding bem feito abre portas para upsell. Foque em sequências de contato. Três checagens simples reduzem churn: 7, 21 e 45 dias. Primeiro contato: confirmação e agenda do onboarding. Segundo: checagem de uso, dúvidas técnicas, promessa de suporte. Terceiro: avaliação do resultado e oferta de pacote adicional.

Nada sofisticado. Mensagens claras. Chamadas curtas. Um script para técnicos, outro para vendas. Integre esses contatos no CRM. Automatize notificações. Se o time de campo achar repetitivo, transforme em checklist impresso. Importa que seja feito.

Programa de fidelidade. Não precisa ser fidelidade com pontos complexos. Comece com crédito para próxima compra ou prioridade em atendimento técnico. Ofereça, por exemplo, 5% de crédito na próxima compra para clientes que fizerem manutenção preventiva no prazo. Isso empurra comportamento. Fidelidade é comportamento repetido. E comportamento se dirige com incentivo simples.

E o pós-venda? É onde muitos perdem clientes. Se quiser exemplos e boas práticas de pós-venda no agro, há leituras úteis sobre como fortalecer esse front. Veja um guia prático de pós-venda que ajuda a estruturar processos e reduzir churn: pós-venda fortalecido no agronegócio.

Planejamento estratégico para agro 2025. Use o que aprendeu nos últimos dias para priorizar. Não comece com ideias vagas. Defina: segmentos rentáveis para investimento em mídia; produtos com maior margem e sazonalidade; estrutura de times e tecnologia necessária. Seja prático. Liste prioridades por impacto e esforço.

Segmentos: identifique os 20% de clientes que trouxeram 80% da margem. Esses merecem atenção e mais mídia. Não trate todos os produtores igual. Safra, porte, histórico de compra, propensão ao upsell — tudo conta.

Produtos: mapeie margem vs sazonalidade. Alguns itens vendem sempre, outros só em janelas. Construa um calendário comercial alinhado à safra e à logística de entrega. Se um produto tem alta margem e demanda concentrada em três meses, planeje estoque e campanhas antes do pico.

Times e tecnologia: defina o que é essencial. CRM com automações simples, sequências de onboarding, e um painel de analytics para CPL e conversão. Não compre tudo. Priorize ferramentas que entreguem automações repetíveis. Pense em integração entre vendas, pós-venda e operação. Uma automação que aciona um técnico quando um novo cliente compra equipamento é ouro.

Roadmap trimestral 2025. Não deixe metas vagas. Traduza objetivos em números, responsáveis e OKRs simples. Por exemplo:

  • Q1: reduzir CPL em 15% nos canais digitais; responsável: marketing; OKR: gerar 400 leads qualificados. Recursos: budget inicial alocado.
  • Q2: aumentar upsell em 10% entre clientes novos; responsável: comercial; OKR: 30% dos novos clientes recebem oferta de bundle. Recursos: scripts e treinamento técnico.
  • Q3: lançar programa educacional trimestral para geração de demanda; responsável: marketing/comercial; OKR: 3 webinars com 200 inscritos cada.
  • Q4: estabilizar churn em <8% ao mês; responsável: customer success; OKR: completar 90% dos onboardings com check-ins 7/21/45 dias.

Cada meta precisa de número e dono. Sem isso, vira esperança.

Transição tática → estratégico. Um caso real simples: uma indústria de insumos notou que webinars traziam leads com alto LTV. Resultado prático: leads de webinar compravam pacotes maiores e renovavam contratos. A decisão: transformar um evento isolado em programa trimestral de educação técnica com parceiros. Orçamento realocado, indicadores definidos e calendário fechado. Não foi mágica. Foi transformar evidência em processo.

Pense assim: uma ação tática que funciona vira canal. Mas só se você medir, documentar e padronizar. Repita. Escale.

Checklist final antes do ano acabar. Não deixe para o último dia. Faça agora:

  • Consolidar KPIs e enviar relatório executivo. Seja objetivo: 1 página com os três números principais e duas lições acionáveis.
  • Alocar budget inicial para os 3 primeiros meses de 2025. Reserve verbas para experimentos e para canais que já provaram retorno.
  • Agendar reuniões estratégicas com comercial, produto e operações nas duas primeiras semanas de janeiro. Leve os cards de hipótese.

Plus operacional: revise o CRM para garantir automações de follow up ativo. Verifique integrações com sistemas logísticos. Teste os fluxos de onboarding com um cliente real antes de rodar em massa. Pequenos ajustes agora evitam retrabalho caro depois.

Algumas notas finais, práticas e diretas. Documente tudo. Não confie em memória. Use templates para “casos de sucesso” e “lições aprendidas”. Transforme conhecimento em playbook. Treine dois ou três colaboradores para serem os guardiões desse playbook.

Evite armadilhas comuns. Não multiplique métricas. Três métricas bem rastreadas valem mais que quinze mal medidas. Não centralize tudo em uma pessoa. E não deixe orçamento parado esperando consenso perfeito. Defina prioridades, mesmo que com número provisório.

O tempo é curto. Mas as decisões agora determinam os primeiros meses de 2025. Se você transformar execução em dados e processos, a promessa de um 2025 diferente ganha alicerce. Faça as perguntas certas: o que validamos? O que replicamos? O que cortamos? Quem é responsável?

Feito isso, o primeiro trimestre não será improviso. Será execução escalável. E execução escalável é vantagem competitiva. Simples, mas exige disciplina. Vá em frente. Comece pelos três pontos: mensuração, retenção e planejamento. E não esqueça: documen­te, automatize, e delegue.

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