O Instagram está testando um controle de tópicos que permite ao usuário influenciar o que o algoritmo recomenda. Para analistas e gestores de marketing no agro isso significa uma nova camada de controle sobre alcance, segmentação e adequação de conteúdo para públicos como revendas, indústrias de insumos e agritechs. Dominar essa funcionalidade pode reduzir o desperdício de impressões, melhorar a qualidade dos leads e tornar investimentos em conteúdo mais previsíveis. Aqui você encontrará orientações práticas para configurar, testar e otimizar campanhas usando o controle de tópicos, com métricas e exemplos aplicáveis ao agronegócio. Leitura indicada para quem precisa tomar decisões rápidas sobre conteúdo, verba e mensuração, e para quem quer transformar testes em playbooks replicáveis dentro da operação de agromarketing.
Por que o novo controle de tópicos importa para o agro

O algoritmo do Instagram sempre foi um motor complexo. Ele mistura sinais de usuário, conteúdo e comportamento. E então decide o que recomendar. Agora tem algo diferente: o novo controle de tópicos. Usuários e criadores podem priorizar ou reduzir temas nas recomendações. Parece só um ajuste. Mas para o agro, muda jogo em duas frentes críticas: distribuição orgânica e eficiência de campanhas pagas.
Pense em uma feira: antes, você falava alto e esperava que os decisores notassem. Agora imagine que cada visitante consegue escolher quais estandes aparecem primeiro. Isso é o controle de tópicos. Você pode aparecer mais vezes para quem quer ouvir sobre mecanização. Ou ser empurrado pra trás se o público priorizar lifestyle. Fácil assim. Não é mágica. É um filtro direto no fluxo de recomendações.
Há dor real por trás dessa novidade. Quem gerencia verba e responsabilidade no agro precisa justificar investimento. ROI tem que aparecer. CPA tem que cair. Leads têm que ser qualificados. E, claro, o ruído precisa diminuir. Se marketing entrega leads fracos, a venda perde tempo. A área comercial resmunga. O produto não decola. Já vi isso. Você também.
Como o controle mexe com distribuição orgânica
- O sinal de tópico age como um filtro. Quando seu conteúdo é marcado ou inferido como parte de um tópico priorizado, ele entra em filas preferenciais de recomendação.
- Isso aumenta a chance de alcançar decisores específicos. Ex: técnicos de fazenda, gerentes de compras, consultores. Mais conversa relevante. Menos scroll aleatório.
- Mas há um porém: se o público não usar o controle, o efeito some. Dependência de adoção é real.
Resultado prático para quem faz conteúdo orgânico:
- Alcance mais qualificado. Seu post técnico sobre nutrição chega para quem quer esse assunto. Não para quem só curte fotos de campo bonitinhas.
- Menor ruído. Conversas adjacentes perdem espaço. Isso melhora a taxa de retenção e o tempo médio de visualização.
- Mais previsibilidade. Não tanto quanto uma campanha paga, mas melhor do que antes.
Como o controle afeta campanhas pagas
As campanhas pagas dependem de sinais comportamentais. O algoritmo aprende com cliques, visualizações e engajamento. Se o público prioriza tópicos, esses sinais se tornam mais claros. E isso reduz o ruído que mistura usuários não interessados com potenciais clientes.
- Menor custo por ação quando conteúdo e tópico conversam. Se você entrega anúncios alinhados ao tópico priorizado, a plataforma entende rapidamente que aquele criativo é relevante.
- Segmentação implícita. Em vez de doar verba para públicos grandes e incertos, você ganha um filtro adicional que melhora a qualidade das impressões.
- Contudo, cuidado: isso não substitui testes. Se você simplesmente “apostar” no tópico sem medir, pode perder alcance útil.
Principais impactos para analistas e gestores
- Alcance mais qualificado: priorize tópicos como mecanização, proteção de cultivos ou logística. Seu conteúdo vai mais direto aos decisores.
- Menor ruído: conversas de fitness ou lifestyle tendem a ser filtradas quando o tópico não é priorizado. Bom para B2B.
- Custo por ação: anúncios otimizados por sinal de conteúdo costumam reduzir CPA quando combinados com o controle.
Sim, é promissor. Mas não é automático.
Empatia rápida. Sabemos o que pesa no seu dia: justificar verba, medir ROI, reduzir ruído nas campanhas B2B agrícolas. Você quer previsibilidade. E quer que o funil funcione. Este controle é uma ferramenta que pode aumentar previsibilidade. Mas exige método. Testes controlados. Hipótese e mensuração. Nada de “postar e esperar”.
Riscos e limitações que ninguém quer fingir que não existem
- Dependência de adoção pelo público. Se poucos usuários priorizam tópicos, o efeito será limitado. Simples assim.
- Overfitting de conteúdo. Focar só num tópico pode matar descoberta. Você perde segmentos novos.
- Dados iniciais voláteis. Métricas podem oscilar enquanto a plataforma ajusta o recurso.
- Sinal mal etiquetado. Se o sistema inferir tópico errado, você perde audiência valiosa.
- Falsa sensação de controle. Muitos acreditam que marcar tópico resolve tudo. Não resolve.
Esses riscos não aniquilam a oportunidade. Mas pedem cautela. O caminho é teste repetido. Documentar. Aprender.
O que medir desde já
Não invente métricas. Use o básico, mas com foco em qualidade.
- Alcance qualificado: tempo médio de visualização e completude de vídeos.
- CTR por tópico: clique dividido por impressões dentro de cada tópico priorizado.
- CPL e CPA: preço por lead ou por ação desejada. Compare entre rodadas com e sem priorização.
- Taxa de conversão em formulário: quantos completam o lead após chegar via tópico.
- Engajamento qualitativo: comentários de decisores, mensagens diretas com perguntas técnicas.
Uma história curta para ilustrar
Um cliente de médio porte fazia posts sobre máquinas e assistência. Alto volume. Pouca conversão. Eles investiam em tráfego, mas os leads vinham mornos. Testamos dois caminhos: conteúdo técnico profundo e posts genéricos de branding. Quando a opção de priorizar tópico apareceu, reforçamos o sinal técnico nos posts. Em semanas, o tempo médio de visualização subiu. Leads passaram a perguntar por especificações. CPL caiu. Não foi só sorte. Foi combinação de conteúdo certo, sinal claro e mensuração. E claro tivemos erros no caminho. Alguns vídeos foram inferidos como “lifestyle” e performaram mal. Corrigimos meta dados. Aprendemos.
Checklist inicial — para agir hoje
- Mapear 3–5 tópicos prioritários alinhados ao funil. Ex: manejo, insumos, máquinas, financiamento. Escolha com time comercial.
- Marcar posts e anúncios por tópico para rastreabilidade. Nada no escuro.
- Definir hipóteses de métrica: alcance qualificado, CTR, CPL. Teste com datas e metas claras.
- Documentar baseline atual. Sem baseline não há aprendizado.
- Preparar relatórios semanais. Pequenos ciclos.
Pequenas ações que geram aprendizado
- Comece com pastas e tags no gerenciador de conteúdo. Nomeie assim: mecanizacao, nutricao, protecao_cultivos.
- Parametrize links com utm_topic. Isso facilita atribuição fora da plataforma.
- Faça testes A/B controlados: mesmo criativo e público, variação no sinal de tópico.
O que evitar
- Não atire para todos os tópicos ao mesmo tempo. Foco é arma.
- Não mude hipóteses no meio do ciclo. Muda o efeito, distorce tudo.
- Não confie só em métricas de vaidade. Tempo médio de visualização e CPL falam mais.
Integração com suas rotinas de planejamento
Esse controle não vive sozinho. Ele é um componente do ecossistema de marketing. Integre com calendário editorial, CRM e pesquisa de mercado. Se precisa de referencia prática sobre estratégias e planejamento no agro, dê uma olhada em um guia que reúne boas práticas de agromarketing saiba mais sobre agromarketing.
O próximo passo é operacional. Você precisa de um fluxo replicável para converter hipótese em aprendizado mensurável. No capítulo seguinte vamos apresentar um passo a passo para configurar e testar o controle de tópicos. Mas antes: entenda que esta ferramenta exige disciplina experimental. Sem isso, ela vira ruído, e o problema persiste.
Resumo em uma frase curta: o controle de tópicos dá um filtro que melhora qualidade de alcance. Mas só funciona se você testar, medir e alinhar com comercial. Sem essa disciplina, vira moda. E moda passa, problema fica.
Siga o checklist. Comece pequeno. Documente tudo. E não esqueça: mensuração é prioridade. Sem dados, é só achismo.
Como configurar e testar controle de tópicos na prática

Se você leu o capítulo anterior, já tem a razão e o mapa mental. Agora é hora de sujar as mãos. Experimento mesmo. Não é só clicar e ver o número subir. É disciplina. E também um pouco de paciência.
Comece com um objetivo claro por tópico. Não vagueie. Quer liderança de opinião em mecanização? Ou gerar leads para revendas? Ou reduzir churn de clientes de insumos? Cada tópico tem público, formato e KPI. Escreva isso. Em uma planilha simples. Ou até num caderno. Mas anote.
Planejamento é o momento de formular hipóteses. Uma hipótese simples: se eu priorizar o tópico “mecanizacao” em recomendações, vou subir o tempo médio de visualização entre decisores de máquinas e reduzir CPL. Segunda hipótese: priorizar “proteção_cultivos” melhora a conversão de formulários técnicos. Hipóteses curtas. Testáveis.
Defina KPIs primários e secundários antes de qualquer alteração. Não mude a métrica no meio do teste. Primárias podem ser: alcance qualificado (tempo médio de visualização) ou CPL. Secundárias: CTR, taxa de conversão em formulário. Coloque metas numéricas. Ex.: baixar CPL em 20% ou aumentar tempo médio de visualização em 15%.
Agrupe os ativos por tópico. Crie pastas no gerenciador de criativos e marque com tags como “mecanizacao”, “nutricao”, “protecao_cultivos”. Isso facilita relatórios, e evita que um criativo certo caia na campanha errada. O erro clássico: misturar criativos e perder sinal. Evite isso.
Agora o setup do teste. Use A/B testing com um desenho controlado. A ideia: mesmo criativo, mesmo público, única variável é o sinal de tópico. Quando a interface do gerenciador permitir, selecione priorizar ou reduzir tópicos. Se não houver essa opção, entregue o sinal via metadata no post ou via naming convention do criativo. O importante: isolar o sinal.
Cronograma: duas semanas por run como mínimo. Sim, duas semanas. Por quê? Dá tempo para o algoritmo estabilizar e reduzir ruído de dias com pico de uso. Faça pelo menos três runs por hipótese antes de decidir. Teste em duas regiões diferentes quando possível. Isso reduz overfitting local.
Distribua verba igual entre variações no início. Não faça ajustes nos primeiros 48-72 horas, a menos que veja um erro grave. Depois desse período, monitore diariamente e registre tudo. Registro é essencial. Se algo der errado, você precisa reproduzir o erro. Nunca delete dados brutos.
Execução em campo. Rotina diária de leitura de painéis. Foque em variações de alcance e custo. Verifique: existe aumento de alcance qualificado? CTR se manteve? CPL subiu? Se um tópico reduz alcance de maneira consistente, faça rollback parcial. O termo “rollback parcial” quer dizer: pause 50% do orçamento naquela variação e realoque para o controle. Documente na planilha a razão e a hora do ajuste.
Pequena história real: uma equipe testou “mecanizacao” com vídeo de demo versus controle. Na primeira semana, o alcance caiu 18% mas CPL também caiu 25%. Eles continuaram mais uma semana. Resultado: aprenderam que alcance menor, porém mais qualificado, gerou vendas. Nem sempre mais alcance é melhor. Nem sempre. Aprenderam rápido porque tinham hipótese clara.
Como desenhar as variações:
- Variação A (controle): mesmo criativo, público, sem priorização de tópico.
- Variação B: mesmo criativo, público, priorizar tópico técnico (ex: mecanizacao).
- Variação C: mesmo criativo, público, priorizar tópico institucional (ex: marca/branding).
Mantenha o criativo estático. Alterar criativo e tópico ao mesmo tempo significa perder causalidade.
Use a tabela comparativa abaixo como referência rápida:
| Cenário | Objetivo | Métrica chave | Quando usar |
|—|—:|—:|—|
| Priorizar tópico técnico | Leads qualificados | CPL | Venda B2B para revenda |
| Priorizar tópico institucional | Branding | Alcance e engajamento | Indústrias e agritechs |
| Não priorizar (controle) | Benchmark | CTR e conversão | Testes A/B |
A tabela é um atalho, não uma regra rígida. Adapte ao seu funil.
Boas práticas de conteúdo por tópico. Não é só o sinal, é o que você entrega junto.
- Produza deep content para tópicos técnicos. Vídeos de 3-5 minutos. Carrossel com dados. Esse formato educa e qualifica o lead.
- Use stories e reels curtos para demonstrações de uso em campo. Mostre resultados concretos. Testemunho de técnico. Um antes/depois é ouro.
- Integre CTAs claros por etapa do funil. Para topo: download de ficha técnica. Meio: agendamento de demo. Fundo: solicitação de visita. Seja direto. Não complique.
Pequeno truque de copy para B2B agro: comece as legendas com a dor do decisor. Em seguida, entregue uma evidência técnica. Termine com CTA operacional. Curtas frases. Impacto.
Medição prática. Não invente métricas novas no meio do caminho.
- Parametrize UTM com o tópico. Exemplo: ?utmsource=instagram&utmmedium=post&utmcampaign=campanhaX&utmtopic=mecanizacao
- Crie relatórios semanais automatizados com segmentação por tópico. Extrai o dado do gerenciador e junte com CRM. Se o lead chegou via form, marque o tópico no CRM.
Automatize extração de dados. Um relatório manual é ok no piloto. Mas para escalar, automatize. Planilha com macros. Ferramenta de BI. O que importa é que cada lead tenha o campo ‘tópico’ preenchido.
Anote isso: o campo utm_topic será sua melhor amiga. Se você não parametrize, perde a trilha causal.
Interpretação dos resultados. Seja crítico. Pequenas flutuações são normais. Diferencie ruído de sinal.
- Se CTR sobe, mas CPL sobe também, talvez você esteja atraindo tráfego menos qualificado. Reavalie a segmentação.
- Se alcance cai e CPL cai, você ganhou qualidade. Teste escala gradual de verba.
- Se nenhum indicador mexe, repense a hipótese ou o criativo.
Quando escalar. Escale devagar. Aumente verba em 20-30% por vez e observe. Não dobre orçamento de uma vez. Ganhos iniciais podem evaporar com escala brusca.
Documente aprendizados em um playbook interno. Nome do tópico, formatos que funcionaram, público-alvo e mensagens. Liste também os KPIs que validaram o teste. Assim quem herdar a conta não recomeça do zero.
Erros comuns que já vi:
- Mudar criativo durante o teste e assumir que o tema funcionou. Resultado: não sabe qual variável gerou efeito.
- Não marcar UTM por tópico. Resultado: atribuição perdida.
- Rodar com verba insuficiente. Resultado: sinal fraco, conclusions fracas.
- Ignorar sazonalidade do campo. Safra, pragas, eventos agronômicos mexem com engajamento.
Se quiser um passo a passo curto para rodar o primeiro teste A/B, tem um guia prático que explica desde a montagem das variações até a análise estatística básica. Veja o guia de testes A/B. É um bom complemento.
Notas sobre qualidade do dado. Sempre capture o mesmo período da semana para cada run. Comparar segunda a domingo com quarta a terça pode distorcer por hábitos de uso. Use períodos equivalentes. E quando comparar regiões, alinhe safra e calendário de eventos locais.
Por fim, mantenha a curiosidade. Um teste pode fracassar. Ótimo. Fracasso bem documentado é aprendizado valioso. Refaça com ajustes. A disciplina experimental reduz o tempo entre hipótese e escala.
Siga o fluxo: planejar, configurar, rodar, medir, iterar. Replicável. Mensurável. E sim, dá trabalho. Mas com esse método você converte hipótese em aprendizado útil. E escala o que realmente funciona para o público agrícola.
Medição otimização e casos de uso para o setor agro

Havia uma revenda no interior que decidiu apostar no novo controle de tópicos. Pouco a pouco, os leads começaram a aparecer. Não foi sorte. Foi método. Eles sabiam o que medir. E mais importante: sabiam como reagir quando algo dava errado.
A métrica certa depende do objetivo. Não é filosofia. É prática. Se seu objetivo é geração de leads B2B, CPL deve estar no topo da sua planilha. Se busca reconhecimento para uma agritech, então foque em alcance eficiente e tempo médio de visualização. Para educação de mercado, conte os cliques nas fichas técnicas e o engajamento nas séries de conteúdo.
Uma matriz simples ajuda a decidir rápido. Use ela como mapa, não como dogma:
- Objetivo: geração de leads B2B — Métrica primária: CPL. Estratégia: priorizar tópicos técnicos + criativos com prova social de revendas.
- Objetivo: reconhecimento de marca para agritechs — Métrica primária: alcance eficiente e tempo médio de visualização. Estratégia: priorizar tópicos institucionais.
- Objetivo: educação de mercado (insumos) — Métrica primária: engajamento e cliques em ficha técnica. Estratégia: séries de conteúdo por tópico com CTAs incorporados.
Esses são atalhos. Mas atenção: sem segmentação por tópico você perde contexto. O que funciona para “mecanizacao” pode falhar em “nutricao”.
Conto rápido. Uma fabricante de pulverizadores rodou dois vídeos iguais em público similar. Mudou apenas o sinal de tópico. Resultado: CPL caiu 30% quando o tópico foi técnico. Não era milagre. Era correspondência entre conteúdo e necessidade.
O processo de otimização contínua tem quatro etapas e poucas surpresas.
- Coleta. Agrupe dados por tópico, por criativo e por público. Não misture tudo numa mesma pasta. Parametrize com UTM. Organize planilhas por tópico, não por campanha.
- Análise. Compare CPL, CTR e taxa de conversão entre tópicos usando períodos equivalentes. Faça tabelas semanais. Olhe variações absolutas e relativas.
- Iteração. Refine criativos que têm baixa conversão. Mantenha o tema claro. Troque apenas um elemento por vez. Teste hipótese.
- Escala. Aumente verba nos pares tópico+criativo que entregam ROI positivo. Suba gradualmente. Meça impacto marginal.
A prática exige disciplina. Não escale por intuição. Escale por sinal.
Exemplos que funcionam no campo. Curto e direto.
- Revenda agrícola: teste tópico “protecao_cultivos” com vídeos de aplicação e depoimentos. Meça CPL vs controle. Faça follow-up rápido com vendedor.
- Loja de maquinários: priorize tópico “mecanizacao”. Promova demonstrações em campo. CTA: agendamento de test drive. Use formulários simples.
- Indústria de insumos: crie uma série educativa por tópico “nutricao”. Objetivo: reduzir churn e gerar leads técnicos. Use carrosséis com dados e gráficos simples.
Cada caso pede um experimento diferente. Mas as etapas se repetem. Coleta. Comparação. Ajuste. Escala.
Métricas avançadas que valem o tempo.
- Atribuição: combine modelos. Use first-click para entender o ponto de primeiro contato. Use time-decay para valorizar conteúdos recentes. Compare ambos. Se possível, mantenha um modelo last-click para benchmarking.
- Valor do lead: calcule LTV estimado por tópico. Não gaste igual com leads de alto e baixo valor. Priorize onde o LTV compensa o CPL.
Se matricular um lead sem saber seu valor é desperdício. Teste, calcule e priorize.
Algumas pegadinhas que vejo todo mês:
- Medir só alcance. Resultado: campanhas bonitas, vendas fracas. Alcance é bom, mas precisa combinar com uma ação clara.
- Trocar muitos elementos por teste. Resultado: confusão. Se mudar imagem, copy e CTA, você não sabe o que funcionou.
- Ignorar sazonalidade agrícola. Safra altera comportamento. Compare janelas equivalentes.
Ferramentas simples reduzem trabalho. Parametrize UTMs por tópico. Automatize relatórios semanais. Crie dashboards com segmentação por tópico e por criativo. Assim você vê o que acontece antes de decidir aumentar verba.
Na prática, implemente isso em três camadas:
- Operacional: tags, UTMs, relatórios automáticos.
- Tático: ciclos de testes de 2 semanas, variações controladas.
- Estratégico: playbook por tópico replicável entre regiões.
E por falar em playbook, entregue isso ao board com clareza. Um checklist direto resolve.
Checklist de entrega para o board
- Resultados por tópico em tabela comparativa. Mostre CPL, CTR, taxa de conversão e LTV estimado.
- Recomendações de verba para escala. Liste incrementos recomendados e impacto esperado.
- Playbook interno. Nome do tópico, formatos que funcionaram, público-alvo, mensagens, exemplos de criativos e CTAs.
Não se esqueça de incluir uma seção de riscos. Explique limitações da amostra e planos de mitigação. Board gosta de transparência. E gosta de números fáceis.
Agora, sobre replicação entre regiões. Isso é crítico. O que funciona no sul pode falhar no cerrado. Por isso formalize:
- Um template de teste por tópico.
- Padrões mínimos de criativo e copy.
- Regras de parametrização de UTM.
Quando você formaliza, o processo vira ativo da empresa. Não é mais tática isolada. Virou vantagem competitiva.
Quer um atalho prático? Monte um relatório semanal com essas abas:
- Visão geral por tópico. CPL, CTR, conversão.
- Performance por criativo dentro de cada tópico.
- Tendências semanais. Aumento ou queda de desempenho.
- Recomendações de ação. Pare, ajuste ou escale.
Se preferir um guia mais amplo sobre agromarketing digital, dá uma olhada no material que explica estratégias e práticas do setor. Veja este recurso como base: Agromarketing.
Pequena nota técnica sobre testes: rode pelo menos duas semanas por run. Isso reduz ruído. Se a audiência é pequena, estenda o período. E mantenha um controle absoluto das variações de orçamento.
Para equipes pequenas, priorize dois tópicos por trimestre. Faça bem feito. Não troque tudo a cada semana. Consolide aprendizado. Depois escale.
Um ponto final sobre linguagem e formato. Tópicos técnicos pedem deep content. Vídeos de 3 a 5 minutos e carrosséis com dados funcionam melhor. Para demonstração de máquinas, use short reels e stories. Sempre entregue um CTA claro. Baixar ficha técnica. Agendar demo. Pedir visita ao campo.
Por fim: compile tudo num playbook. Nome do tópico. Formatos. Público. Mensagens. Métricas a acompanhar. Processo de teste. E um roteiro de escalonamento.
Replicar isso entre regiões e parceiros é o que transforma controle de tópicos em vantagem. Dá trabalho no começo. Depois vira rotina. E os resultados aparecem. Rápido se você for disciplinado. Lento se improvisar. Escolha disciplina.
Quer fazer parte da maior cuminidade de profissionais de agromarketing do Brasil? Junte-se a nós e aprenda a aplicar recursos como o controle de tópicos do Instagram com o Mentor Ben Martin Balik
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Sobre
Mentoria especializada com Ben Martin Balik que combina experiência em agromarketing, metodologia de testes e playbooks práticos. A oferta inclui sessões semanais de mentoria, revisão de campanhas, templates de teste A/B por tópico, configuração de rastreamento (UTM, dashboards) e acesso a uma comunidade de gestores e analistas do setor para troca de resultados e boas práticas.


