Você já percebeu como uma marca no agro pode vender mais mesmo quando o produto é similar ao do concorrente? A diferença quase sempre não está na tecnologia nem no preço, mas na percepção que o mercado construiu sobre aquela marca. Para analistas e gestores de marketing do agronegócio isso muda a prioridade das ações: não basta ter um bom produto, é preciso posicioná-lo de forma que o cliente acredite que é a melhor solução. Aqui você encontrará 10 lições práticas do mestre do posicionamento de marca, adaptadas ao agro, com exemplos aplicáveis em Agro Indústrias, Revendas Agrícolas, Lojas de Maquinários, Indústrias de Insumos e Agritechs. Cada lição traz contexto do problema, ações concretas e táticas mensuráveis que podem ser implementadas com times enxutos. Ao final, terá roteiro claro para transformar percepção em vantagem competitiva e reduzir a sensibilidade do mercado a preço e rostos da concorrência.
Fundamentos: percepções que definem decisões de compra

Problema ou contexto
No agro as compras não nascem só de dados técnicos. Nascem de confiança. De hábito. De história. Um produtor olha para um saco, uma máquina, um insumo e pergunta: “isso me dá menos risco?”. Se a resposta for sim, ele compra. Se a resposta não for óbvia, ele prefere o conhecido. Simples assim. Marketing aqui não disputa especificações. Disputa sensações. Disputa a sensação de segurança.
Pense numa revenda em uma cidade do interior. Chega uma nova solução, prometendo rendimento igual. Mesmo assim, o revendedor empurra a marca já conhecida. Por quê? Risco percebido. Capacidade de atendimento. Tradicionalismo. Quando o risco parece maior, preço e performance perdem. A primeira lição é feia, mas libertadora: marketing é batalha de percepções, não de produtos. Aceitar isso muda tudo.
Há produtores que escolhem por recomendação do vizinho. Outros, pelo histórico de anos. E há o revendedor que olha margem e giro, mas também prioriza o fornecedor que responde rápido quando dá problema. Em muitos casos, o que pesa é menos a curva de rendimento e mais o que chamamos de “previsibilidade”. Se eu acredito que algo vai funcionar, eu arrisco. Se não acredito, não arrisco. Risco é o gatilho.
Soluções práticas (como agir hoje, amanhã)
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Mapeie percepções com voz real: vá além de planilhas. Faça 10 entrevistas qualitativas com produtores e revendas. Pergunte NPS. Faça 3 perguntas abertas. Pergunte o que fariam diferente se fossem você. Anote palavras que se repetem. Elas são pistas.
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Crie narrativas que reduzam risco: conte casos locais. Mostre hectares. Mostre números reais. Validação por líderes regionais pesa muito. Um depoimento técnico não vale tanto quanto um vizinho dizendo “usei, e funcionou no ano ruim”.
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Priorize um atributo-chave: escolha apenas um. Sim, um só. Assistência técnica rápida, garantia de reposição, estabilidade de rendimento — o que for mais relevante na sua região. Todas as mensagens, todos os pontos de contato, devem falar disso.
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Alinhe P&D com campo: resultados de laboratório são importantes, mas não bastam. Leve testes em campo, mostre variabilidade por safra, compare com as práticas locais.
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Protocolos visíveis de atendimento: crie KPIs simples. Tempo de resposta. Tempo até solução. Publique-os onde o cliente vê: folder, site, balcão.
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Use provas sociais mensuráveis: hectares tratados, máquinas vendidas em uma safra, número de revendas atendidas. Ninguém acredita em “melhor” sem número.
Como mapear percepções com método rápido
- Faça 10 entrevistas qualitativas (mix produtores e revendas).
- Use 3 perguntas abertas: qual a primeira palavra que vem à mente com nossa marca?; o que o faria trocar de fornecedor?; qual foi a última experiência positiva ou negativa aqui?.
- Calcule NPS com 50 respostas se possível. Não gaste meses, faça em 15 dias.
- Compile termos mais citados. Busque padrões regionais.
Nada de pesquisa sem ação. A coleta é só o começo. Se você não usar o que ouvir, piora a percepção.
Narrativas que reduzem risco — formato e exemplos rápidos
- Conte um caso por safra. Curto. Local. Com números.
- Mostre uma linha do tempo do atendimento: chamado, diagnóstico, solução. 24h, 48h, 7 dias.
- Use líderes regionais para endossar. Eles carregam confiança.
Pequenas coisas importam. Um vídeo de 30 segundos com o revendedor explicando como foi o atendimento vale mais que um whitepaper técnico.
Priorizar um atributo — como escolher
Escolher é doloroso. Marcas querem ser tudo pra todo mundo. Errado. Identifique qual atributo gera menos risco na cabeça do comprador.
- Pergunte-se: o que tira o sono do produtor? Falha técnica? Falta de assistência? Variabilidade do rendimento? Escolha o que resolve o maior medo.
- Teste com 3 mensagens: foco em preço; foco em suporte; foco em performance. Veja qual gera mais interesse em revendas. Modo prático.
Uma vez escolhido, transforme esse atributo em regra. Tudo que fizer, respira aquele atributo. Site, PDV, pós-venda, briefing comercial. Repita até cansar.
Exemplo aplicado (história, não slide)
Num armazém de insumos no interior de Mato Grosso havia frustração. Produtores queriam confiança mais que fórmulas. A revenda tinha equipe técnica competente, mas a comunicação estava cheia de jargão. Um dia o gerente decidiu testar outra abordagem. Em vez de listar doses e coeficientes, eles colocaram uma promessa simples no balcão: resposta em 24 horas para chamados de campo.
Implementaram um protocolo. Mensagem nova nas etiquetas. Equipe treinada. Um formulário rápido pelo WhatsApp. No primeiro mês, um produtor teve problema em uma aplicação. Foi atendido, o revendedor esteve no campo dentro de 20 horas. Resolveram. O produtor contou a outro que contou a outro. Em quatro meses as recomendações aumentaram. As vendas daquela linha cresceram 8% entre produtores de soja. Não foi sorte. Foi percepção mudada. A mesma técnica. A mesma eficácia. Mas agora havia menos risco percebido.
O segredo não foi a promessa. Foi cumprir a promessa. Muitos podem prometer, poucos cumprem. E isso vira vantagem competitiva.
Checklist de implementação (prático, faça já)
- [ ] Realizar 10 entrevistas qualitativas com clientes e revendas.
- [ ] Aplicar NPS entre clientes ativos (50 respostas ideal).
- [ ] Definir 1 atributo de posicionamento por linha de produto.
- [ ] Criar 3 provas sociais locais (depoimentos, casos, números de uso).
- [ ] Estabelecer protocolo de atendimento com KPIs visíveis.
- [ ] Treinar equipe de campo e PDV para falar o atributo escolhido.
Não deixe em planilha. Coloque no quadro da equipe. Revisão semanal por 30 dias.
Insights extras (coisas que raramente dizem em apresentação)
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Percepção é escalável. Um atributo repetido em diferentes pontos de contato soma. O produtor vê o mesmo motivo no site, no folheto e no atendimento. A ideia cresce.
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Evite dispersão. Marcas que tentam ser tudo perdem tudo. Uma ideia forte é melhor que cinco medianas.
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Credibilidade demora para construir e acaba rápido. Cada falha pública corrói a percepção. Tenha protocolos para minimizar erros e planos de resposta claros quando algo dá errado.
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A linguagem importa. Use termos locais, safra, variedade, pragas da região. Isso dá credibilidade instantânea.
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Não confunda prova social com vaidade. Números sem contexto não convencem. “10 mil hectares tratados” é pouco sem: onde, quando, com quais resultados?
Pequenas ações, grande efeito
- Um roteiro de venda de 30 segundos que sempre termine com o atributo-chave funciona mais do que um manual de 30 páginas.
- Uma plaqueta no balcão com o tempo médio de atendimento gera menos perguntas no PDV. Menos atrito, mais confiança.
- Um relatório simples pós-atendimento que o produtor recebe por WhatsApp mostra cuidado. Faz com que o cliente sinta-se acompanhado.
Riscos comuns ao ignorar percepção
- Focar só em features técnicas. Resultado: a mensagem não conecta com o motivo de compra.
- Multiplicar atributos. Resultado: ninguém lembra de nada.
- Não medir atendimento. Resultado: promessa não cumprida vira problema maior.
Evite-os com disciplina.
Tabela comparativa rápida (para decisão)
| Atributo de Marca | Percepção Comum | Ação Recomendada |
|——————-|—————–|——————|
| Preço baixo | Opção econômica | Posicionar como custo-benefício com provas de performance |
| Assistência técnica | Baixa confiança | Protocolos claros e KPIs de atendimento |
| Durabilidade | Difícil de provar | Testes em campo e garantia estendida |
Use essa tabela como ponto de partida em reuniões de produto. Ela ajuda a parar de discutir features e começar a discutir credibilidade.
Como ligar percepção ao dia a dia comercial
- Treine as equipes de vendas com scripts curtos. 3 argumentos. Não mais que isso.
- Padronize a resposta a anomalias. Tempo é moeda. Se demorar demais, a percepção vira negativa.
- Use material local: fotos de safra, depoimentos de vizinhança, dados regionais. Se precisar, veja guias de conteúdo visual para o setor para melhorar o material.
Se quer um ponto de partida prático para fortalecer relacionamentos, leia sobre práticas de relacionamento no agronegócio. Vai ajudar a desenhar as interações com clientes de forma mais consistente: https://chaagromkt.com.br/relacionamento-no-agronegocio/.
Medição — não confie só na intuição
- Meça NPS antes e depois de mudar a mensagem.
- Acompanhe taxa de conversão em PDV por semana.
- Calcule tempo médio de atendimento e compare com meta.
- Revise provas sociais trimestralmente e atualize com novos casos.
Muitos acham que percepção é intangível. Não é. Dá para transformar em indicadores.
Pequenos testes para começar amanhã
- Troque uma linha de um folder por uma promessa clara (o atributo escolhido). Medir: conversão no PDV em 30 dias.
- Publique um caso local curto nas redes. Meça engajamento e solicitações de contato.
- Crie um protocolo de resposta via WhatsApp e registre o tempo. Meta: 24 horas para primeiro retorno.
Testes rápidos, custo baixo, aprendizado alto.
Últimas notas antes de seguir
Percepção vence técnica quando risco é o fator decisivo. Se você entender isso, ganha vantagem. E vantagem no campo se espalha por boca a boca, por rede de revendas, por decisões de compra futuras. Não é só marketing. É negócio.
Repita. Meça. Ajuste. E, por favor, entregue o que promete. Sem isso, toda estratégia de percepção desanda. Pode ser bonita no slide, mas no campo a verdade aparece rápido. E aí, só resta reputação para consertar — bem mais caro que construir desde o começo.
Execução e Medição: defender o posicionamento com dados e canais certos

Havia uma indústria que dizia ser “a mais confiável”. Em feiras, nas prateleiras e nos folders. Mas no campo, o vendedor falava outra coisa. O técnico também. Resultado: posicionamento fraco. Percepção fragmentada. Parece familiar? Posicionamento sem execução consistente morre rápido. Não por falta de ideia. Por falta de disciplina.
Começa com uma falha simples. Mensagens desconexas em canais diferentes. Um comercial que promete margem. Um painel técnico que promete rendimento. Um pós-venda silencioso. A venda acontece. Talvez. Mas a marca não entra na cabeça do cliente. E sem percepção dominante, o preço vira questão. Competição vira preço. Você perde margem.
Você pode ter a melhor história de benefício. Já falamos sobre isso no capítulo anterior — transformar atributos em narrativas que o cliente conta pra si. Mas história sem prova é conversa. Execução é onde a história vira fato. Medição é onde a história vira evidência.
Alinhe canais ao funil. Isso não é só marketing 101. No agro, funciona assim: distribuidores e revendas precisam de conteúdo técnico. Eles testam e recomendam. Produtores querem prova social e redução de risco. No ponto de venda, quem decide compra se sente seguro; então entregue oferta de teste, demonstração ou serviço. Cada canal tem papel no funil. Distribuidores no topo e meio. PDV e testes no meio e fundo. Conteúdo técnico (guias de aplicação, estudos de caso por talhão) no topo. Provas sociais (depoimentos, dados de variabilidade por talhão) no meio. Ofertas concretas — trials, demonstrações, garantia — no fundo. Simples. Mas raramente aplicado com disciplina.
Pense assim: o canal é um ator no palco. Ele precisa do script certo. O script precisa do dado certo. O dado demonstra o benefício. Repetir isso em três canais cria consistência. Consistência vira barreira de entrada.
KPIs de percepção. Vendas importam, claro. Mas não delegue toda a mensuração a faturamento. Medir percepção relaciona marca a comportamento. Algumas métricas práticas:
- NPS por segmento (revenda, produtor). Não um NPS genérico, mas segmentado.
- Lembrança de marca dirigida. Pergunte: “qual marca você indicaria para tal situação?”
- Preferência por revenda. Qual revenda tem maior predisposição a recomentar seu produto?
- Intenção de recompra. Em painéis trimestrais acompanhe se a intenção sobe ou cai.
- Conversão de testes para venda. Quanto de uma demonstração vira contrato?
- Tempo médio de fechamento por segmento. Produtor grande fecha diferente de pequeno produtor.
Essas métricas conectam percepção com resultado de negócio. Se intenção de recompra sobe, mas vendas não, tem problema operacional. Se NPS cai, reveja comunicação e entrega.
Rotina de governance. Sem uma rotina, tudo vira ponto de atrito. Crie encontros mensais entre marketing, comercial e pós-venda. Agenda fixa. Dados na mão. Decisões claras. Exemplo de pauta:
- Revisar mensagens ativas em cada canal.
- Checar lead quality e origem de leads.
- Avaliar feedback do campo (técnicos e revendas).
- Priorizar ajustes nos scripts e materiais.
- Validar resultados de testes e próximos passos.
Cada reunião deve sair com owners e prazos. Sem dono, não existe execução. Nomeie um responsável por cada ajuste de mensagem. Um por cada campanha. Um por cada piloto de campo.
Como medir bem sem enlouquecer. Dados demais mata a ação. Dados de menos mata o posicionamento. Equilíbrio. Comece com três painéis essenciais:
- Painel de percepção mensal: NPS segmentado, lembrança de marca dirigida, intenção de recompra.
- Painel de conversão por funil: visitas, demonstrações, propostas, fechamento. Separado por segmento.
- Painel de qualidade da entrega: retorno técnico, reclamações, tempo de resposta do pós-venda.
Não adianta ter dois mil indicadores no Excel. Foque nos que influenciam decisões.
Coletando dados no campo. Integre telemetria, resultados de aplicação e relatórios de talhão ao CRM. Parece óbvio. Mas raramente é feito de forma limpa. Um técnico faz uma demonstração e manda PDF por WhatsApp. Outro registra num caderno. Resultado: perda de prova. Digitalize. Padronize. Exija fotos georreferenciadas, notas de aplicação e resultado por talhão. Esses dados alimentam provas reais. Provas reais viram depoimentos sólidos. Depoimentos sólidos geram preferência.
Para quem não tem estrutura: comece com formulários simples no celular. Uma foto, um número de produtividade por talhão, nome da revenda e coordenadas. Não precisa de sofisticação técnica de primeira. Precisa de disciplina.
Proteja seu posicionamento. Consistência é barreira de entrada. Treine canais autorizados. Produza um playbook de marca para revendas. Inclua scripts curtos. Roteiros de 30 segundos para PDV. Checklist para demonstração em campo. Um playbook não é luxo; é defesa. Sem isso, qualquer revenda vende do jeito dela. E isso dilui a promessa que você trabalhou meses para construir.
Treine com frequência. Micro-treinamentos curtos funcionam melhor. Sessões presenciais curtas antes da safra. Webinars com casos reais em pós-venda. Recompense revendas que seguem o playbook. Pequenos incentivos movem comportamento.
Exemplo aplicado (mais detalhes). Uma Agritech resolveu defender seu posicionamento técnico como “redução de risco por variabilidade”. Antes: promessa na home do site, pouco conteúdo em campo. Depois: roteiro.
- Montaram demonstrações por talhão com sensores básicos.
- Coletaram dados de variabilidade em três safras.
- Integram telemetria ao CRM.
- Produziram um kit de prova: infográfico por talhão, depoimento do técnico da cooperativa e um resumo executivo para diretor da cooperativa.
O resultado foi claro. O argumento deixou de ser abstrato. Não era mais “reduz o risco”. Era: “reduziu variabilidade média em X% no talhão Y”. Com dados, fecharam contratos SaaS com cooperativas grandes. O truque não foi só o dado. Foi a maneira como o dado foi distribuído aos decisores certos. Eles receberam o resumo executivo. O técnico recebeu o relatório com números. O vendedor recebeu scripts para usar no PDV. Consistência outra vez. E retorno rápido.
Plano de 90 dias — execução prática. Use como rascunho e adapte ao seu tamanho.
Semana 1-2: Auditoria de mensagens
- Levante todos os pontos de contato: site, materiais técnicos, PDV, scripts de venda, posts.
- Identifique 5 mensagens chaves que devem ser consistentes.
- Mapear gaps entre canais.
Semana 3-6: Produzir pacotes de provas e scripts
- Criar pacotes de prova social por segmento (produtor, revenda, distribuidor).
- Produzir scripts de PDV e roteiros de demonstração em campo.
- Treinar os primeiros 20 pontos de contato (vendedores-chave, líderes de revenda).
Semana 7-12: Lançar testes de campo e ajustar mensagens
- Rodar pilotos de demonstração em 10 talhões.
- Coletar telemetria e feedback de revendas.
- Ajustar mensagens com base nos resultados.
- Atualizar playbook e escalar treinamentos.
Os entregáveis ao final de 90 dias: playbook inicial, 10 demonstrações com dados padronizados, painel básico de KPIs e uma lista de 5 revendas piloto treinadas.
Como transformar dados em narrativa convincente. Dados frios não vendem. Numbers são pontos de apoio. Construa narrativas com três elementos:
- Contexto: diga o problema real que o produtor sente. Ex: variabilidade de rendimento no talhão.
- Evidência: mostre o dado por talhão, comparação com controle.
- Ação: proponha a próxima etapa clara — teste, contrato, garantia.
Um slide, uma foto do talhão, e uma linha clara de conclusão. Não mais que três frases por slide.
Medição recomendada com precisão. Defina como vai medir antes do piloto. Por exemplo:
- NPS por segmento: pesquisa curta, pergunta única + razão. Envie três meses após a venda.
- Taxa de recomendação em PDV: perguntar ao cliente no caixa se foi recomendado por alguém.
- Conversão de testes: número de demonstrações ÷ contratos fechados em 90 dias.
- Tempo médio de fechamento: acompanhar desde primeiro contato até assinatura, por segmento.
Padronize formulário e calendário de coleta. Sem rotina, dados viram ruído.
Governança de dados e responsabilidade. Quem cuida dos dados? Marketing? Comercial? Um comitê? Aqui vai uma regra prática: os dados táticos (leads, conversão) ficam com Comercial como fonte primária. Os dados de percepção (NPS, lembrança) ficam com Marketing. Dados técnicos e de telemetria ficam com Técnico/Pós-venda. Mas todos acessam um dashboard comum. Transparência evita disputa interna.
Reuniões mensais devem ser curtas, objetivas e com decisões. Nada de apresentações longas. Leve apenas exceções e decisões. Combine ações e prazos.
Insights extras e armadilhas comuns.
- Não espere perfeição do primeiro piloto. Melhore rápido. Pequenas vitórias geram confiança.
- Cuidado com vanity metrics. Curtidas não pagam fatura.
- Integre dados de campo ao CRM para alimentar provas reais. Isso amplia credibilidade.
- Proteja seu posicionamento com treinamento e playbook para revendas.
- Use micro-experimentos: altere apenas uma variável por piloto. Assim você sabe o que funcionou.
Algo que poucos fazem: trate o pós-venda como parte ativa do funil de posicionamento. Pós-venda enfraquecido apaga o melhor discurso. Se quiser, leia sobre práticas de pós-venda mais estruturadas neste texto sobre pos-venda fortalecido no agronegócio. Vai ajudar a fechar o ciclo entre promessa e entrega.
No fim, posicionamento se defende com rotina. Pouco drama, muita disciplina. Mensagens alinhadas, canais com scripts, dados que provem a história. Reuniões curtas e donas claras. E sempre: uma prova real para cada afirmação. Sem prova, é opinião. Com prova, é preferência.
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Sobre
Mentoria de Ben Martin Balik: programa intensivo para analistas e gestores do setor agro que inclui diagnóstico de posicionamento, playbook de mensagens, treinamentos para equipes comerciais e de campo, templates para provas sociais e acompanhamento por 12 semanas. Objetivo: transformar percepção em vantagem competitiva com ações práticas e mensuráveis para Agro Indústrias, Revendas, Lojas de Maquinários, Indústrias de Insumos e Agritechs.

