Você acredita que o lugar onde nascemos determina até onde podemos chegar? A trajetória de Ramon Rocha Queiroz, conhecido como Ramon Dino, nascido no interior do Acre e hoje referência em narrativa e atuação digital no agro, prova o contrário. Nesta leitura você vai encontrar mais do que inspiração: verá como decisões táticas, construção de autoridade e a adoção de metodologias digitais geraram tração real em mercados rurais conservadores. Destinado a analistas e gestores de marketing que atuam em agroindústrias, revendas, lojas de maquinários, indústrias de insumos e agritechs, o texto conecta storytelling pessoal com playbooks práticos — segmentação, funil de leads, conteúdo local e mensuração por KPIs relevantes ao segmento. Ao final, terá ferramentas acionáveis para desenhar campanhas que convertem e fomentam pipeline, além de indicadores para justificar investimentos. Prepare-se para traduzir uma história de superação em ações de marketing que respeitam a cultura do campo e aceleram resultados comerciais.
Da Serra do Acre às Campanhas de Alto Impacto a jornada de Ramon Dino

**Contexto inicial: uma origem remota, vida real
Ramon Rocha Queiroz nasceu onde o mapa mostra poucas estradas, na serra do Acre. Terra de seringueiros, pequenos agricultores e muita história. Economia de subsistência. Poucos recursos. A cidade mais próxima é uma viagem. A internet chegava devagar. A escola era pública, professores dedicados, mas faltavam livros e laboratórios. O que havia em abundância era conversa na venda, experiência do campo, e uma relação direta com a terra.
Esse cenário moldou Ramon. Moldou não só o caráter. Moldou a visão de mercado. Ele aprendeu a observar: clima, safra, boiada, rede de confiança entre vizinhos. Estes eram os primeiros indicadores de comportamento. Ele via padrões onde outros viam rotina.
Desafios iniciais — acesso, rede e recursos
A primeira barreira foi a educação formal limitada. Ramon queria entender marketing. Não havia cursos na cidade. Não havia dinheiro para deslocamento. Ele deu o passo óbvio: buscar, sozinho. Livros, tutoriais, fóruns. Autodidata virou palavra de ordem. Ele fazia anotações à mão. Estudo à noite, entre ordenha e plantio. Pequenos sacrifícios, repetidos dia após dia.
Segundo desafio: infraestrutura. Conexão instável, equipamentos simples. Isso limitava formatos longos. Mas também o forçou a ser prático. Vídeo curto. Áudio direto. Texto objetivo. Teste rápido. Aprendeu a fazer mais com menos. O terceiro desafio: redes locais fechadas. No campo, quem indica tem poder. Quem tem respeito ganha cliente. Ramon entendeu isso cedo. Preferiu ouvir mais. Observou mais. Construiu confiança antes de tentar vender qualquer solução.
Momentos decisivos que mudaram tudo
Primeiro momento: a primeira campanha local que deu certo. Era para uma revenda de insumos. Simples: mensagem direta, imagens do campo local, depoimento de um produtor conhecido. Resultado? Vendas acima da média na semana. Não por mágica. Por estratégia. Ele validou a mensagem com líderes locais. Isso virou regra.
Segundo momento: uma parceria com um técnico agrícola da região. O técnico ajudou a conectar Ramon com produtores que aceitavam experimentar uma recomendação digital. A campanha foi um piloto. Aprendeu a ajustar a linguagem. A receptividade cresceu.
Terceiro momento: a decisão de profissionalizar processos. Ramon montou checklists. Testes A/B tornaram-se rotina. Ele passou a medir resposta por canal. E a priorizar canais onde o retorno era real, não só impressão. Pequenas vitórias. Acúmulo de credibilidade.
Decisões estratégicas — construção passo a passo
Aprendizado autodidata. Ele devorou conteúdos técnicos. Mas não ficou só na teoria. Aplicou no campo. Mediu. Ajustou. Se um formato não funcionava, mudava. Sem medo. Ele aprendeu a ler dados simples: cliques, comentários, número de ligações, visitas à loja.
Uso de redes sociais. Não por moda. Por utilidade. Ramon escolheu formatos que conversavam com o público rural. Vídeos de demonstração curtos. Áudios com passo a passo. Conteúdo prático. Nada de linguagem rebuscada. Mensagem certeira.
Parcerias locais. Ele nunca subestimou o poder de líderes de opinião no interior. Um técnico, um revendedor respeitado, um presidente de associação — sua recomendação valia mais que anúncio. Ramon construiu alianças. Ofereceu resultado antes de cobrar por serviços grandes.
Primeiros clientes. Vieram de boca a boca. Vieram também de testes bem montados. Cada piloto era documentado. Aprendeu a transformar um resultado isolado em case. Case virou prova social. Prova social virou contrato maior.
Lições práticas para analistas e gestores de agromarketing
Empatia com público rural. Entenda rotina e urgência. Um produtor não tem tempo para explicações longas. Precisa saber: vai funcionar? quanto custa? quando colho o retorno? Faça conteúdo que responda isso rápido.
Validação da mensagem local. Teste antes de escalar. Peça feedback direto. Ajuste termos técnicos para a realidade local. Uma palavra errada pode virar rejeição instantânea.
Testes A/B em canais regionais. Não copie formatos urbanos sem adaptar. Teste variações simples: imagem com trator local x imagem genérica; texto com jargão da cultura x texto técnico; horário de envio cedo x fim de tarde. Métricas: ligação gerada, agendamento de demonstração, venda concluída.
Construção de autoridade com conteúdo técnico e emocional. Mescle dados e histórias. Demonstração técnica para provar eficácia. História do produtor para gerar conexão. Conteúdo é autoridade quando resolve problema real.
Citação que resume a mentalidade
“Minha origem não me definiu. Eu decidi aprender, testar, e mostrar resultados. Se você prova, ganha confiança. Ponto.” — Ramon Dino
Curta. Direta. E firme.
Táticas aplicadas: antes e depois
| Canal | Abordagem (Antes) | Resultado (Depois) |
|—|—|—|
| Redes sociais gerais | Publicações genéricas, linguagem técnica distante | Conteúdo local, vídeos curtos do campo, aumento de engajamento e leads qualificados |
| WhatsApp / grupos | Mensagens em massa sem segmentação | Mensagens segmentadas por cultura e perfil, respostas diretas e agendamento de visitas |
| Parcerias locais | Contatos eventuais, sem sistematizar | Programas de indicação com técnicos e revendas, crescimento de contratos regionais |
Exemplos de ajustes práticos executados
-
Mensagem: de “produto X melhora produtividade” para “Veja como a família Silva reduziu perdas em 15% na soja”. O impacto é imediato. Relato local gera mais confiança.
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Formato: de vídeo longo a vídeo de 45 segundos mostrando aplicação e resultado. Mais views. Mais compartilhamentos. Mais perguntas diretas.
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Canal: troca de investimento entre plataforma com alto custo e poucos retornos para grupos locais de WhatsApp. Custos caíram. Conversões subiram.
Como Ramon transformou satisfação em escala
Ele registrou cada experiência. Criou um pequeno banco de provas. Fotos, depoimentos em áudio, números de tabela. Quando precisou ampliar, tinha material. Isso acelerou venda para revendas e cooperativas. O ciclo foi: piloto — prova — escala. Não é glamouroso. É rígido. Funciona.
Processo de teste e iteração
Ramon sempre começou com um MVP de campanha. Pequeno orçamento. Segmentação geográfica restrita. Mensagem validada com um grupo de produtores. Coleta de feedback. Ajuste. Escala se funciona. Sem isso, campanhas grandes viram desperdício.
Ele documentava hipóteses. Ex.: “Se mostrarmos aplicação prática em 30 segundos, teremos +20% de ligações”. Testava. Comprovava. Repetia. Testes simples, mas consistentes.
Tons e linguagem: técnico e humano
Ramon faz questão de equilíbrio. Parte técnica: dados sobre produtividade, recomendações de aplicação. Parte humana: depoimentos, desafios da família, humor local. Isso gera identificação. E confiança. A técnica abre a porta. A emoção fecha o negócio.
Ferramentas mentais que ele recomenda
- Comece pequeno. Sempre. Teste antes de ampliar. Nada de apostas cegas.
- Priorize prova social local. Um vídeo do vizinho falando sobre resultado vale mais que mil anúncios.
- Mensure o que importa: leads qualificados, agendamentos, vendas. Não se perca em vaidade.
Para quem quer se aprofundar nas técnicas adaptadas ao agro, existe material prático e guias que ajudam a montar calendários e pilotos. Uma leitura útil é a página sobre estratégias digitais voltadas ao agro, que traz frameworks aplicáveis estratégias digitais para o agro.
Erros que Ramon viu repetidamente
- Copiar campanhas urbanas sem adaptar. Resultado: baixa performance.
- Não ouvir líderes locais antes de lançar. Resultado: rejeição.
- Não medir telefonemas ou atendimentos em campo. Resultado: subestimação de conversão real.
Trecho curto de aplicação operacional
Ramon recomenda: faça um teste em uma micro-região. Tempo: 4 semanas. Objetivo: gerar 10 demonstrações técnicas. Métrica principal: taxa de conversão demonstração->venda. Ajuste mensagem, canal e horário. Repita.
Conexão final com campanhas de agromarketing
A história dele mostra algo simples. Origem não determina destino. Decisão, método e adaptação sim. Para analistas e gestores: aplique empatia, valide localmente, teste rápido e documente. É assim que campanhas de alto impacto nascem. Pequenas mudanças. Grande resultado.
Estratégias digitais que funcionam no agro aplicadas por Ramon Dino

Ramon sempre disse que origem não define destino. Vem da serra, aprendeu na prática, e adaptou táticas digitais para um público que vive na terra. Não é teoria. É método. Aqui estão as estratégias que ele testou no campo, organizadas em passos claros para analistas e gestores de agromarketing que precisam executar — já.
1) Pesquisa de audiência rural e segmentação por cultura/produtor
1.1 Mapear territórios. Comece com dados públicos: safras, climas, calendários de plantio. Depois corra para o campo. Conversa direta com técnicos vende mais que planilha.
1.2 Segmentação prática (exemplo):
- Cultura: soja, milho, café, pecuária.
- Perfil: produtor familiar (<200 ha), médio (200–2000 ha), empresarial (>2000 ha).
- Papel: decisor técnico, comprador, assistente técnico.
1.3 Ferramenta mínima viável: um formulário curto, três perguntas-chave, e uma chamada telefônica de 5 minutos. Teste por 2 semanas. Coleta rápida supera a pesquisa perfeita.
2) Conteúdo técnico localizado (formatos e temas)
Ramon aprendeu que conteúdo técnico deve ser local. Tema certo, no momento certo, gera confiança.
- Formatos que funcionam: vídeos curtos de demonstração, checklists para safra, áudios para ouvir no trator, infográficos impressos para reuniões locais.
- Temas prioritários: calagem, manejo de pragas locais, economia de insumos, provas de campo em propriedades semelhantes.
- Regras práticas: um tema por peça, linguagem simples, sempre com chamada para ação técnica (pedido de amostra, agendamento de demonstração).
Recomendação operacional: grave demonstrações no campo. Use 2 cortes: 30 segundos e 3 minutos. Um para alcance, outro para quem quer detalhe.
3) Distribuição omnichannel
Ramon monta rede. Não depende de um canal só. Vai onde o produtor está. Aqui a ordem prática.
3.1 WhatsApp: canal primário para comunicação direta. Mensagens curtas, áudio do técnico, figura com recomendação local.
3.2 Grupos de assistência técnica: espaço para provas de campo e dúvidas. Moderação ativa do técnico é essencial.
3.3 YouTube curto: testou formato vertical com prova de resultado em 30–60s. Alto alcance orgânico quando a história é real.
3.4 Instagram e LinkedIn para contas corporativas: Instagram para brand e provas visuais; LinkedIn para relacionamento B2B (distribuidores, cooperativas).
Tabela comparativa de canais
| Canal | Alcance | Custo médio (por engajamento) | Adequação ao público agro |
|—|—:|—:|—|
| WhatsApp | Alto em conversas 1:1 | Baixo | Muito Alto para follow-up e vendas rápidas |
| Grupos de assistência técnica | Médio | Baixo | Alto para prova social e credibilidade local |
| YouTube curto | Alto orgânico | Médio | Alto para explicar resultados em vídeo |
| Instagram/LinkedIn corporativo | Médio/Alto | Médio | Bom para marca e contatos B2B |
4) Nutrição de leads e integração com CRM
Ramon sempre integrou o fluxo com um sistema simples. Não precisa entrar em complexo, mas precisa rastrear.
- Primeiro passo: capture dados mínimos (nome, cultura, tamanho, consentimento).
- Segundo: classifique o lead (quente, morno, frio).
- Terceiro: definir trilhas de nutrição por segmento (ex.: produtores de soja recebem série de 4 conteúdos sobre manejo).
Operacional: automatize mensagens iniciais no canal preferido. Use templates de áudio e texto. Registre interações no CRM. Para quem quer se aprofundar em práticas de integração, veja uma referência prática sobre integração com CRM no agro.
5) Métricas críticas para justificar investimentos
Você precisa falar números. Ramon fez dashboards enxutos. Eles servem para convencer dono da revenda ou diretoria.
- CPL (Custo por Lead): calcule por campanha e por cultura.
- CAC por vertical: some custo de comunicação, equipe técnica e incentivos por venda na vertical.
- Taxa de conversão de demonstração técnica: quantos agendamentos viram venda nos 60 dias.
- Tempo médio de conversão: indicador poderoso para planejamento de estoque.
Maneira prática de uso: peça relatórios semanais. Compare CPL entre regiões. Corte canais que duplicam custos sem conversão.
6) Modelos de teste (MVP de campanha, pilotos regionais)
Ramon sempre testa pequeno, aprende rápido. Pilotos regionais reduzem risco.
- MVP de campanha: 1 produto, 1 cultura, 1 região, 4 semanas. Meta: 25 leads qualificados. Se atinge, escala. Se não, iterar.
- Piloto regional: selecione 3 municípios com características distintas. Rode a mesma campanha. Compare desempenho em 8 semanas.
- Regra de ouro: faça um post mortem após cada piloto. O erro mais caro é repetir a mesma hipótese sem testar.
Exemplo prático de campanha para uma revenda de insumos
Briefing:
- Objetivo: gerar 60 leads qualificados e 18 demonstrações técnicas em 8 semanas.
- Produto foco: solução para manejo de praga X na cultura de milho.
- Diferencial: apoio técnico local, condição comercial por demonstração.
Público-alvo:
- Produtores de milho, 200–1500 ha, nas regiões A e B.
- Tomadores técnicos e assistentes técnicos de revendas.
Calendário de 8 semanas (resumido):
- Semana 1: coleta de lista local, envio de 1ª mensagem via WhatsApp, post no Instagram com vídeo curto.
- Semana 2: publicação de prova de campo no YouTube curto, abertura de grupos de assistência técnica.
- Semana 3: disparo de áudio técnico via WhatsApp para leads, convite para demonstração.
- Semana 4: piloto presencial com 3 produtores, gravação de material.
- Semana 5: remarketing para interessados, segunda onda de posts, entrada de post patrocinado regional.
- Semana 6: agenda de demonstrações, follow-up por CRM, envio de checklist pré-demostração.
- Semana 7: realização das demonstrações técnicas, coleta de feedback.
- Semana 8: análise de resultados, oferta comercial limitada para participantes, relatório para diretoria.
Canais e metas:
- WhatsApp: 300 contatos alcançados, 120 conversas, 60 leads qualificados.
- Grupos técnicos: 3 grupos, 60 participantes ativos.
- YouTube curto: 3 vídeos, 20k impressões, 4000 visualizações de 30s.
- Instagram: 8 posts + stories, aumento de seguidores locais em 10%.
Métricas finais desejadas:
- CPL ≤ R$ XX (ajuste por contexto).
- Conversão demonstração → venda: ≥ 30%.
Modelo de decisão após 8 semanas: escala se CPL e taxa de conversão baterem metas. Caso contrário, ajuste público ou criativo.
Dicas práticas e erros comuns que Ramon flagrou
- Não subestime o áudio. Produtor escuta mais que lê. Grave notas de voz curtas.
- Prova local vence campanha nacional.
- Evite perguntas longas no formulário. Pergunta curta gera resposta.
- Não misture mensagens comerciais com conteúdo técnico em massa. Separe trilhas.
Checklist para implantação em 30 dias
- Mapear 3 culturas/regiões prioritárias.
- Montar formulário curto e roteiro de chamada (2 semanas).
- Produzir 2 vídeos curtos e 1 áudio técnico.
- Criar grupos de assistência técnica e convite inicial.
- Configurar fluxo de nutrição no CRM e tagueamento por cultura.
- Rodar MVP: 1 produto, 1 região, 4 semanas.
- Medir CPL, CAC por vertical e taxa de conversão de demonstração técnica.
- Fazer post mortem e ajustar creative/segmentação.
Siga os passos. Execute com disciplina. Corte o que não converte. Escale o que dá resultado. Ramon fez assim. Funciona. E se algo falhar, volte, teste e corrija. Link prático e leitura complementar: confira estratégias específicas no blog para adaptar campanhas ao agro.
Pronto. Vá para o campo e comece. Não espere a perfeição.
Cultura de leads e conteúdo local como motor de crescimento no setor agro

Quando a equipe da revenda X chegou numa visita técnica, o produtor já conhecia o produto. Não só conhecia. Ele tinha visto um vídeo curto do vizinho testando a aplicação. E tinha um PDF com resultados locais no celular. Resultado: a demonstração técnica virou venda no mesmo mês. História simples. Mas é o tipo de coisa que muda metas e salário.
Existe um termo prático que usamos aqui: leadcultura. É mais que métricas. É um comportamento organizacional. É criar processos onde cada peça de conteúdo tem papel definido no funil. E tem outra palavra que usamos internamente: chasocial. Mistura de canal direto, assistência técnica e social local. É a cola que conecta conteúdo técnico e histórias humanas.
Leadcultura significa: gerar leads consistentes, qualificar rápido, nutrir com valor técnico, e humanizar com relatos locais. Sem isso, campanhas são tiros no escuro. Problema comum no agro: conteúdo técnico demais, frio. Ou só histórias emocionais, sem prova. Tem que casar os dois.
Chasocial é tática. É levar o conhecimento técnico para onde o produtor confia. Grupos de assistência técnica. Mensagens em listas de WhatsApp. Vídeos curtos filmados em propriedades próximas. Um post do técnico local explicando a variação de produtividade. Tudo permeado por credibilidade. Quando técnico fala, o produtor escuta. Quando um colega compartilha, ele confia.
Como combinar conteúdo técnico com humano, de forma prática?
- Use demonstrações e provas de conceito locais como isca inicial. Convide produtores vizinhos para ver. Filma rápido. Poste curto.
- Conte a história do produtor que testou. Mostre números comparativos. 30 segundos. 2 minutos. Texto curto para WhatsApp.
- Integre resultados técnicos ao CRM. Se um lead viu a prova de conceito, marque no histórico. Isso muda o fluxo de nutrição.
A seguir um playbook tático, em 6 passos, para implantar essa cultura em revendas e times regionais.
1) Definição de ICP (Perfil de Cliente Ideal)
- Comece com dados reais: cultures, tamanho da propriedade, ticket médio, maturidade tecnológica.
- Use três perfis: piloto (produtor que testa), replicador (vizinho que segue), comprador (decide compra).
- Exemplo: ICP para região de grãos: propriedade 200–800 ha, gerente com 30–50 anos, busca redução de custo operacional e ganhos de produtividade.
2) Mapa da jornada do comprador
- Faça um mapa simples: descoberta → consideração → avaliação → decisão → pós-venda.
- Defina conteúdo por etapa: artigos técnicos e infográficos na descoberta; provas de conceito e estudos de caso na consideração; demonstrações agendadas e POC na avaliação; propostas técnicas na decisão; acompanhamento técnico pós-venda.
- Use chasocial para manter presença local em todas as etapas.
3) Pontos de contato técnicos
- Defina canais e formatos: demonstração presencial, webinar técnico curto, vídeo de POC, ficha técnica local, checklist de aplicação.
- Marque responsáveis. Técnico de campo: demonstração. Marketing: materiais e tráfego. Vendas técnicas: qualificação.
- Priorize prova de conceito local. É o que acelera decisão.
4) Gatilhos de nutrição
- Crie gatilhos automáticos no CRM: visualizou POC → agendar demo; abriu 3 emails técnicos → atribuir SDR técnico; participou de webinar → enviar convite para POC.
- Use sequências curtas. 3 a 5 toques. Mensagens diretas e com prova local.
- Mensure tempo entre gatilhos. 48–72 horas é padrão para follow-up técnico.
5) SLAs entre marketing e vendas técnicas
- Defina SLAs claros: marketing entrega leads qualificados (SQL) e tem até 24 horas para notificar vendas. Vendas técnicas tem 72 horas para entrar em contato e 7 dias para agendar demonstração.
- Estabeleça critérios de qualificação: área, necessidade, disponibilidade para POC, orçamento.
- Registre tudo no CRM. Sem histórico, sem garantia.
6) Dashboards de acompanhamento
- Monte dashboards por etapa do funil. Meça: leads gerados, MQLs, SQLs, demos agendadas, POCs concluídas, propostas enviadas, conversões.
- Atualize semanalmente. Use painéis por região e por técnico.
Meta numérica para uma revenda média (ex.: meta mensal):
- 250 leads qualificados (leads que atendem ICP e demonstraram interesse)
- 40 demonstrações agendadas
- 12 vendas concluídas
Esses números implicam taxas de conversão. Exemplo prático:
- De 250 leads qualificados, 40 aceitam demonstração → 16% conversão de qualificado para demo.
- Das 40 demos, 12 fecham → 30% taxa de conversão demo→venda.
- CAC estimado: se investimento mensal na campanha regional é R$ 30.000, CAC por venda = 30.000 / 12 = R$ 2.500.
Tabela de KPIs por estágio do funil:
| Estágio | Indicador | Meta mensal (revenda média) | Observação |
|—|—:|—:|—|
| Topo (Geração) | Leads qualificados (ICP) | 250 | Entrada do funil, inclui leads de tráfego e eventos |
| Meio (Engajamento) | Convite para demonstração aceito | 40 | Gatilho: POC visto ou webinar assistido |
| Fundo (Avaliação) | Demos/P0C completadas | 40 | Deve incluir relatórios locais |
| Decisão | Propostas enviadas | 18 | Follow-up ativo pós-demo |
| Fechamento | Vendas concluídas | 12 | Meta final mensal |
| Pós-venda | Recompra/Referência | 3-5 | Produtores que recomendam para vizinhos |
Como calcular ROI em campanhas regionais
1) Some todos os custos diretos: criação de conteúdo local, deslocamento técnico, verba de tráfego, ferramentas e comissão.
2) Some receita incremental atribuível à campanha (vendas fechadas no período que usaram POC ou conteúdo específico).
3) ROI simples = (Receita incremental – Custo da campanha) / Custo da campanha.
Exemplo numérico:
- Receita média por venda: R$ 25.000
- Vendas atribuídas à campanha: 12 → Receita = 300.000
- Custos da campanha: conteúdo R$ 6.000, tráfego R$ 12.000, deslocamento técnico R$ 7.000, ferramenta/CRM R$ 5.000 → Total = R$ 30.000
- ROI = (300.000 – 30.000) / 30.000 = 9 → 900% de retorno.
Importante: atribuir receita exige rastreabilidade. Tag no link, campo no CRM indicando origem da oportunidade. Sem isso, ROI vira palpite.
Melhores práticas (rápido, direto):
- Priorize provas de conceito locais. São o atalho para confiança.
- Use conteúdos curtos e replicáveis. Vídeo de 60–90s funciona melhor em grupos locais.
- Integre técnico e marketing no CRM. Sem isso, nutrição falha.
- Mensure qualidade, não só quantidade. Leads qualificados importam mais que volume.
- Teste e otimize continuamente. Piloto regional antes de escalonar.
SLA operacional — exemplo prático:
- Lead chega qualificado → Marketing marca no CRM e notifica por grupo interno em até 2 horas.
- Vendas técnicas contata em até 48 horas. Se não houver contato, marketing re-aciona e classifica lead como churn.
- Agendamento de demo deve ocorrer em até 7 dias. POC concluída em até 30 dias.
Dashboard essenciais a acompanhar:
- Leads por origem (regional, tráfego, evento)
- Taxa de conversão por etapa
- Tempo médio para agendamento de demo
- CAC por origem
- ROI por campanha regional
Dica operacional: crie um painel semanal com três métricas principais. Simples. Quem não olha não melhora.
Orçamento e alocação de recursos (recomendação prática)
- Conteúdo local (produção de POC, vídeos, PDFs técnicos): 35% do orçamento. Priorize material que o técnico possa usar em campo.
- Tráfego e amplificação (anúncios regionais, impulsionamento, grupos patrocinados): 40%. Teste várias mensagens por micro-região.
- Ferramenta e CRM (integração, automação de nutrição, dashboards): 15%. Sem dados, sem prova.
- Treinamento e deslocamento técnico (capacitação do time e visitas): 10%.
Exemplo: orçamento mensal R$ 30.000 → Conteúdo R$ 10.500; Tráfego R$ 12.000; Ferramenta R$ 4.500; Treinamento/Deslocamento R$ 3.000.
Pequenos atalhos que funcionam:
- Use um checklist de pré-demo para técnica. Menos surpresa.
- Grave rapidamente o depoimento do produtor pós-demo. 60 segundos. Já é prova.
- Faça follow-up por voz no WhatsApp. A resposta é mais rápida.
Se quiser um bom ponto de partida, confira materiais sobre práticas de agromarketing que já consolidam formatos e distribuição local. https://chasocial.com.br/agromarketing/
Implantar cultura de leads no agro não é truque. É disciplina. Processos claros. POCs locais. Histórias reais. E métricas que não mentem. Faça, meça, ajuste. Repita. Rápido.
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Mude de vida agora https://agromkt.com.br
Sobre
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