5 Pistas sobre o Futuro do Marketing no Agro que Revelei no CRM Zummit

Palestrante no CRM Zummit com slides mostrando tendências de marketing para o setor agro.

Hoje tive a honra de fazer o keynote do CRM Zummit, o evento de marketing e vendas da Zoho Brasil. No palco compartilhei uma visão direta sobre onde o marketing do agro está caminhando e quais ações práticas já podem ser aplicadas por quem gerencia comunicação em agro indústrias, revendas, lojas de maquinários, indústrias de insumos e agritechs. Se você lidera campanhas, coordena times digitais ou precisa justificar investimentos em tecnologia, este conteúdo vai mostrar tendências acionáveis, erros comuns a evitar e métodos testados para aumentar eficiência e gerar leads qualificados. Vou conectar cenários de comunicação atuais com táticas de CRM, chasocial e leadcultura, entregando prioridades imediatas e um roteiro de 90 dias para começar. Prepare-se para sair com estratégias que trazem resultado mensurável, reduzindo desperdício de investimento e aproximando o time comercial do campo. Continue lendo para transformar conhecimento do evento em ações práticas para seu negócio no agro.

Cenário Atual da Comunicação no Agro e os Principais Desafios

Cenário Atual da Comunicação no Agro e os Principais Desafios

O que está acontecendo agora.

O setor agro vive uma contradição palpável. Há fome de tecnologia. Ao mesmo tempo, há resistência a mexer em processos que “sempre funcionaram”. Analistas e gestores se surpreendem: tem mais dados disponíveis do que nunca. Mas esses dados estão espalhados. Estão sujos. Estão sem dono.

Você passa horas limpando planilhas. Outro dia, vi um case: um gerente comercial respondendo a um lead que já tinha comprado três vezes. Não sabia. O histórico estava em outra planilha, no celular do vendedor, e em nota fiscal. Resultado: perda de credibilidade. Lead desperdiçado. O produtor irritado. Simples assim.

As dores são claras. Não são teóricas. São operacionais. E aparecem todos os dias em reuniões, em campo, nos grupos de WhatsApp.

Principais dores percebidas

  • Dados descentralizados e baixa qualidade de leads. Leads que chegam sem contexto. Sem vínculo com histórico de compras ou visitas técnicas.
  • Comunicação ainda massiva quando precisa ser consultiva. Mensagem genérica para quem exige técnica e contexto local.
  • Falta de mensuração clara do impacto por canal. Não se sabe se o investimento em digital trouxe venda, ou só engajamento.
  • Integração limitada entre CRM e operações de campo. Assistência técnica e ordens de serviço fora do fluxo comercial.

Essas dores não surgem por acaso. Há mecanismos por trás. E entender o porquê ajuda a priorizar onde meter a mão primeiro.

Por que isso acontece

  • Processos legados nas revendas e indústrias não foram redesenhados para a era digital. Sistemas antigos ainda ditam como registrar um pedido. E o processo de atendimento segue como antes.
  • Falta de governança de dados e definição clara de lead scoring. Ninguém combinou uma regra simples para diferenciar curiosidade de oportunidade real.
  • Separação entre quem planeja (marketing) e quem executa no campo (vendas/assistência técnica). Metas desalinhadas. Linguagens diferentes. Resultado: informações não fluem.

Conte uma história curta. Uma revenda grande, família tradicional, contratou ferramentas digitais. Gastou. Mas nada mudou. Por quê? Porque digital virou caixa preta: campanha linda, relatórios bonitos. Mas a força de vendas continuou usando agenda de papel. Não havia regra de qualificação. Não havia SLA.

O diagnóstico é simples. A execução é difícil. Porque mexer nisso envolve pessoas. Cultura. E, claro, miedo. Mas existem passos práticos e imediatos. Coisas que você pode fazer em 30 dias e que mostram resultado rápido.

Ações imediatas (prática 30 dias)

  • Mapear as fontes de dados: CRM, ERP, plataformas de ecommerce e planilhas de campo. Liste tudo. Simples lista. Quem gera o dado, onde fica, quem atualiza.
  • Definir um lead scoring simples. Por exemplo: interesse declarado; porte da fazenda; histórico de compra recente. Nada sofisticado. Coisa que todos entendam.
  • Implementar um processo de SLA entre marketing e vendas. Regras claras para follow-up. Notificação imediata. Responsabilidade definida.

Faça isso sem pedir orçamento gigante. Faça com planilha, workflow do CRM ou até automação básica. O objetivo é reduzir o tempo que um lead fica sem atenção.

Exemplo prático — use sinais sociais e comportamento técnico

  • Use interações em grupos e redes sociais regionais para identificar pautas e problemas reais dos produtores. Observe. Anote. Transforme as dores sinalizadas em temas de conteúdo e ofertas técnicas.
  • Transforme comportamento em critérios de qualificação: downloads de conteúdo técnico, pedidos de amostras, participação em eventos locais. Esses sinais devem aumentar a pontuação do lead automaticamente.

Não precisa de IA complexa. Basta combinar fontes e regras. Por exemplo: se um produtor baixa uma ficha técnica e solicita amostra, soma pontos. Se ele também participou do webinar regional, soma mais. A partir de um limiar, passa para contato ativo do vendedor.

Uma tabela rápida resume bem o que fazer primeiro:

| Problema | Causa comum | Solução inicial |
|—|—:|—|
| Leads sem follow-up | Falta de SLA | SLA 24-48h com notificações no CRM |
| Dados inconsistentes | Várias fontes | Regra única de prioridade de dados |

O resultado esperado: redução do lead waste e melhoria nos rates de conversão em 30-60 dias. Não é mágica. É disciplina.

Algumas observações práticas que quase ninguém fala

  • Mensurar é desapegar. Você terá que aceitar que muitas iniciativas não deram retorno. Risco mínimo: eliminar desperdício. Risco real: ficar parado porque tem medo.
  • Governança de dados não é só TI. É um contrato entre marketing, comercial, logística e assistência técnica. Assine esse contrato.
  • Comunicação consultiva exige repertório técnico regional. Não adianta enviar conteúdo genérico durante a janela de aplicação de um defensivo. Conteúdo precisa falar de região, clima, e prática agrícola.

Integração com o campo: ponto crítico

Operações de campo são a linha de frente. Visitas técnicas e ordens de serviço carregam sinal de intenção. Se esses registros não alimentam o CRM, perde-se uma das melhores fontes de qualificação.

Pense assim: cada visita técnica é uma oportunidade de transformar atividade em dado. O técnico que esteve no talhão pode registrar: problema detectado, recomendação, follow-up sugerido. Esses campos são ouro para o comercial. Mas exige processo. Treinar e padronizar. E garantir que a informação chegue rápida ao CRM.

Comunicação massiva x consultiva: um erro estratégico

Ainda vejo campanhas distribuindo a mesma mensagem para produtor pequeno e produtor com cultura intensiva. É desperdício. O produtor quer solução precisa. Quer dados que validem a recomendação. Quer confiança.

Por isso, segmente. Separe por cultura. Separe por porte. Separe por fase do ciclo. Use conteúdo técnico quando necessário. Use linguagem simples quando a pauta for comércio rápido.

Mensuração: comece com o essencial

Não complique. Escolha poucas métricas que expliquem o comportamento:

  • Taxa de conversão lead>oportunidade
  • Tempo médio de contato inicial (SLA)
  • Custo por lead qualificado
  • Valor médio por cliente conquistado

Essas métricas já mostram muito. São suficientes para quebrar silos e direcionar investimento.

Pequenas mudanças, impacto grande

Implemente um SLA de 24-48h. Crie um campo obrigatório no CRM que indique a origem do lead. Faça uma rotina semanal de revisão de 10 leads críticos entre marketing e comercial. Isso muda o jogo.

Um cuidado: não transforme tudo em processos pesados. O objetivo é acelerar decisão. Se a regra atrapalhar, simplifique.

História curta de um ajuste simples

Uma equipe colocou um campo obrigatório: “última visita técnica”. Depois de 30 dias, cruzaram isso com dados de compra. Descobriram que produtores com visita técnica nos últimos 90 dias tinham taxa de conversão 2x maior. A decisão: priorizar contato desses leads. Resultado prático em 60 dias: apostas mais certeiras nas ofertas.

Conteúdo e pauta: onde busco os sinais?

Vá aos grupos locais. Ouça nos canais regionais. Monitore palavras-chave. E-mails de suporte técnico são fonte riquíssima. Transforme esses sinais em conteúdo que responde perguntas específicas. Isso alimenta a nutrição e aumenta a qualidade do lead.

Se quiser se aprofundar na relação entre CRM e processos do agro, há um material útil que discute práticas e estruturação. Leia mais sobre CRM no agro.

Próximo passo lógico

A partir daqui, o foco deve ser operacional: definir jornadas, automações e rotinas que gerem resultado. Não pule essa etapa. A tecnologia sozinha não resolve. O que resolve é alinhar pessoas, processos e regras simples.

Por fim, um lembrete direto: comece pequeno. Priorize impacto. Teste. Ajuste. Vá para o próximo nível quando tiver dados que comprovem o efeito. A resistência existe. Mas com passos claros, você transforma dados desconexos em pipeline que fecha negócios.

Estratégias Práticas para Implementar CRM e Otimizar Leads

Estratégias Práticas para Implementar CRM e Otimizar Leads

Partindo do diagnóstico anterior, vamos à ação. Você já sabe onde estão os vazamentos. Agora precisa de passos claros e executáveis. Implementar ou otimizar um CRM no agro é mais processo que tecnologia. Parece óbvio. Mas não é tratado assim na maioria das revendas e indústrias. Aqui eu descrevo um roteiro de 90 dias. Priorize impacto e custo. Mostre resultado rápido. Ganhe legitimidade para mudanças maiores.

  1. Auditoria de dados e definição de campos obrigatórios no CRM

Faça isso no dia 1. Reuna amostras das principais fontes: planilhas, ERP, formulários de campo, plataformas de e‑commerce e o CRM atual. Liste duplicatas, campos vazios e formatos inconsistentes. Defina campos obrigatórios mínimos para um lead qualificado. Ex.: nome, CPF/CNPJ, cultura principal, tamanho da área, último contato, fonte do lead. Simples. Não invente campos desnecessários. Se um campo não será usado em 90 dias, não peça. E padronize valores: nomes de culturas, unidades, etapas do ciclo. Crie regras de preenchimento. Metadados. E um dono para cada fonte de dados.

  1. Definição de jornadas: produtor novo, produtor recorrente, revenda parceira

Mapeie o caminho típico de cada perfil. Não mais que 3 jornadas iniciais. Cada jornada deve ter gatilhos claros. Ex.: download de ficha técnica -> entrada em nutrição técnica. Pedido com histórico -> agrupar em fluxo de fidelização. Revenda parceira -> fluxo com alertas de estoque e condições comerciais. Liste pontos de decisão: quando um lead vira oportunidade, quando precisa de visita técnica, quando exige proposta formal. Tudo isso traduzido em regras no CRM.

  1. Automação de nutrição para cada jornada (email, WhatsApp, SMS) com conteúdos técnicos e casos regionais

Automação não é luxo. É escala. Para produtor novo, envie sequência educacional curta: 3 mensagens em 10 dias com conteúdo técnico prático. Para recorrente, priorize cross-sell e lembretes de safra. Para revenda, foco em preço, logística e disponibilidade. Use conteúdo regional: casos de sucesso por município ou dados de aplicação adaptados a cada cultura. Mensagens curtas. Teste formatos: texto técnico, vídeo de campo curto, checklists. Integre o histórico do lead para personalizar assunto e horário de envio.

  1. Treinamento prático com squads de vendas para uso diário do CRM

Não adianta ferramenta e processo sem uso. Faça sessões hands‑on com times reais. Simule follow-up, registre uma visita, lance uma ordem de serviço. Construa micro‑routines: abrir o CRM ao começar o dia, registrar o primeiro contato, atualizar estágio ao fim da visita. Treine scripts, mas deixe espaço para adaptação. Monte squads mistos: comercial, assistência técnica e marketing. Treinos curtos. Semanais. Reforce o SLA.

  1. Relatórios semanais de pipeline e taxa de conversão por campanha

Relatório simples. Não quer gráficos bonitos — quer clareza. Mostre número de leads por origem, taxa lead>oportunidade, tempo médio até primeiro contato, conversão por campanha. Entregue número absoluto e percentual. Use esse relatório em revisão semanal com comercial e marketing. Decida ações corretivas. Ajuste automações e mensagens com base nos dados.

Táticas de baixo custo e alto impacto

  • Segmentação por cultura e etapa do ciclo de safra para campanhas sazonais. Campanha correta no momento certo vende mais. Não mande promoção para todo mundo.
  • Scripts e templates para atendimento em campo que alimentem o CRM imediatamente. Um template de mensagem de WhatsApp que o técnico usa já cria ou atualiza o lead. Menos retrabalho. Mais dados limpos.
  • Integração mínima: chatbot ou formulário que já crie leads qualificados no CRM. Comece pequeno. Um formulário que valide cultura e porte já reduz leads inúteis.

Métricas essenciais para acompanhar

  • Taxa de conversão lead>oportunidade: a espinha dorsal. Se cair, avalie qualidade de lead e SLA.
  • Tempo médio de contato inicial (SLA): metadata crítica. 24 horas é meta inicial realista.
  • Custo por lead qualificado: mesmo em operações B2B, mensurar custo importa.
  • Valor médio por cliente conquistado: fecha o ciclo e justifica investimento.

Exemplo aplicado

Uma revenda do Centro-Oeste fez assim: definiu três jornadas. Implementou automação simples por cultura. Aplicou SLA de 24h. Treinou o time por 4 semanas. Resultado? Em três meses, 35% mais oportunidades qualificadas. Ciclo de vendas caiu 18%. Não foi mágica. Foi disciplina. Foi disciplina de processo, não só ferramenta.

Leadcultura e sinais de campo

Transforme interação técnica em pontuação automática. Um webinar técnico? +20 pontos. Ficha técnica baixada? +15. Visita técnica registrada? +40. Use triggers para escalonar o contato. Exemplo: lead com >50 pontos vai para contato comercial em 24h. Integre sinais de campo: visitas técnicas, ordens de serviço, histórico de aplicação. Esses eventos descrevem comportamento real. Coloque‑os como atributos do lead. Eles valem mais que cliques em email.

Scripts, templates e comportamento em campo

Crie scripts práticos. Ex.: roteiro de 6 perguntas que o técnico faz ao chegar na fazenda. Cada resposta alimenta um campo no CRM. Use templates de mensagens para agilizar follow-up. Um técnico pode enviar um resumo por WhatsApp de 3 frases que já registra o resultado da visita. Simples. Rápido. E efetivo.

Automação prática que funciona

Automação não precisa ser complexa. Comece com três sequências: aquisição, nutrição e reengajamento. Ajuste o tempo entre mensagens por safra. Mensagens curtas. Links para conteúdo técnico local. Use vídeos de campo de 1 minuto quando possível. O objetivo: mover o lead um estágio adiante ou identificar necessidade de visita técnica.

Governança e donos de processo

Nomeie responsáveis por cada jornada e fonte de dados. Uma pessoa responde por deduplicação mensal. Outra pela qualidade das campanhas. Sem dono, nada acontece. Crie regras claras: quem aprova templates, quem monitora SLA, quem ajusta pontuação.

Gatilho para ação

Hoje mesmo: reserve 90 minutos semanais com comercial e marketing. Revise 10 leads críticos no CRM. Ajuste scripts com base no que encontrar. Faça isso por 4 semanas. Vai gerar mudanças imediatas.

Erros comuns — e como evitá‑los

  • Pedir campos demais no primeiro contato. Resultado: lead abandonado. Solução: colete o mínimo viável.
  • Automação sem persona. Mensagens genéricas não convertem. Solução: segmente por cultura e etapa de safra.
  • Treinamento teórico. O time precisa usar o CRM no dia a dia. Treino prático, simulações reais.

Reforço prático com um link útil

Se quiser referência técnica sobre conceitos e aplicações de CRM no agro, veja este material prático: CRM no Agro — guia prático. Pode ajudar a convencer líderes e alinhar termos.

Notas finais sem soar final

O objetivo desses 90 dias é ganhar tração. Montar bases. Mostrar números. Validar hipóteses. Depois, escala. Pilotos com IoT, integração com ERP e testes A/B vêm depois. Primeiro passe: dados limpos, jornadas definidas, automação funcional, equipe treinada e relatórios semanais. Faça pouco, mas faça bem. E repita.

Agora, ponha no calendário. Comece com auditoria de dados. Não adie. Tempo é safra. E resultado se mede.

Tendências e Próximos Passos que Você Deve Priorizar

Tendências e Próximos Passos que Você Deve Priorizar

Lembro de uma reunião no começo da safra. Estavam todos na sala: comercial, assistência técnica, marketing. Um produtor entrou na conversa por vídeo e falou duas frases que mudaram tudo. “Me manda só o que serve pro meu talhão. E mostra quando tiver falta no estoque.” Simples. Direto. Aquele pedido é a síntese do que vem pela frente no agromarketing: personalização com contexto de campo, informação técnica prática e oferta ligada ao momento certo. E não adianta só falar bonito. Tem que gerar resultado comercial.

Algumas tendências já estão batendo à porta. Não são moda passageira. Vão redesenhar como você vai planejar campanhas, priorizar tecnologia e medir impacto. Preste atenção. E priorize execução.

Tendências a observar, em poucas palavras

  • Personalização por propriedade e histórico de aplicação. Não trate fazenda como segmento genérico. Trate como conta.
  • Uso de dados de sensoriamento e IoT para mensagens contextuais. Quando o sensor acusa estresse, sua mensagem tem relevância real.
  • Conteúdo técnico em formatos curtos e regionais. Vídeos de campo, micro-casos, checklists locais. Informação útil, rápida, acionável.
  • Integração entre CRM e ferramentas de logística e estoque. Oferta só vale se o produto está disponível.

Essas tendências se cruzam. A personalização só funciona com dados limpos. Mensagens contextuais só funcionam com integrações em tempo real. Conteúdo técnico só gera conversão se vem no momento certo. Entendeu o ponto? É operação.

Checklist de priorização (por impacto)

  1. Governança de dados e modelos de lead scoring (alto impacto) — Não dá pra personalizar se os dados são ruins. Defina dono dos dados. Campos obrigatórios. Regras de qualidade. Modele pontuação com sinais de campo.
  2. Microsegmentação regional e por cultura (alto impacto) — Faça clusters por talhão, clima e histórico de produtividade. Comunicações mais curtas. Mensagens mais rápidas. Resultado: maior taxa de conversão.
  3. Conteúdo técnico orientado à tomada de decisão (médio impacto) — Não é só informação. É suporte à decisão. Checklists, micro-vídeos e scripts para o técnico em campo.
  4. Pilotos de integração com telemetria e ERP (médio/alto) — Comece pequeno. Um modelo de dados. Uma rota de oferta automática baseada em estoque. Teste.

Priorize governança primeiro. Sem isso, os outros passos viram ruído. Parece óbvio. Mas eu já vi times pular isso. E falhar.

Como aplicar cada tendência — passos práticos

  • Personalização por propriedade: crie um identificador único por propriedade. Capture histórico de aplicação e eventos técnicos. Alimente o lead score com isso. Se o produtor aplicou X no último ciclo, ajuste a oferta. São variantes simples de regra que geram impacto real.
  • Mensagens contextuais com IoT: defina gatilhos mínimos. Ex.: sensor de umidade < X → disparo de conteúdo sobre manejo; telemetria registra entrada de máquina → oferta de peças ou serviços. Não invente gatilhos complexos logo de cara. Comece com 2 ou 3.
  • Conteúdo técnico curto e regional: produza pautas com a assistência técnica. Grave no campo. 60-90 segundos. Mostre o problema e a solução rápida. Publique em canais que seu público usa hoje. Repita.
  • Integração CRM + logística/estoque: implemente um endpoint simples que retorne disponibilidade por SKU por região. Exiba essa disponibilidade na jornada. Oferta com produto em falta é perda imediata.

Pequenas integrações geram grandes mudanças. Não é preciso um projeto monstro. Piloto, valide, escale.

Dicas avançadas para agromarketing (use com cuidado)

  • Use ABM (Account Based Marketing) para clientes estratégicos. Monte playbooks específicos para grandes contas. Inclua assistência técnica dedicada e propostas comerciais customizadas.
  • Integre feedback de assistência técnica ao ciclo de conteúdo. Cada visita técnica vira insumo para micro-casos. Isso vira prova social técnica. Produtor confia mais em caso local.
  • Teste ofertas de campo com A/B. Parcelamento? Bundling? Ofertas sazonais? Meça elasticidade do preço em situações reais. Não chute. Teste.

Essas táticas elevam o nível da conversa com o cliente. Mas exigem disciplina. Documente cada hipótese e resultado.

Roteiro prático de 6 meses (exemplo)

  • Meses 0-1: Auditoria de dados e definição de lead scoring. Faça a lista de campos obrigatórios. Defina regras de limpeza. Modele pontuação com 5 sinais iniciais.
  • Meses 2-3: Automação por jornada e treinamentos operacionais. Configure fluxos para produtor novo, produtor recorrente e conta estratégica. Treine comercial e assistência técnica.
  • Meses 4-6: Pilotos com dados de campo e integração básica IoT/ERP. Conecte um sensor ou uma API de estoque ao CRM. Dispare duas campanhas com gatilhos reais.

Faça checkpoints mensais. Revise hipóteses. Ajuste. E recomece.

Indicadores que você deve acompanhar desde o piloto

  • ROI por campanha, medido por receita incremental atribuída.
  • Redução de churn entre clientes B2B e aumento do ticket médio.
  • Tempo até primeira ação após gatilho IoT.
  • Taxa de conversão por microsegmento regional.

Se você não consegue medir, então não é experimento. Simples assim.

História rápida que ilustra a diferença

Uma revenda do Sul começou com um piloto simples. Integraram o estoque da loja à jornada do CRM. Antes, o cliente recebia ofertas sem checar disponibilidade. Depois, só recebia ofertas com SKU disponível em sua região. Resultado em 60 dias: aumento no fechamento de pedidos e menos frustração das visitas técnicas. O comercial respirou aliviado. Foi um esforço pequeno. Mas de alto impacto.

Erros comuns — e como evitar

  • Tentar personalizar sem governança. Resultado: mensagens erradas, perda de confiança. Solução: regras simples e validação contínua.
  • Medir vaidade, não resultado. Curtidas não pagam nota fiscal. Foque em receita e churn.
  • Pilotar tudo ao mesmo tempo. Resultado: nenhum piloto anda. Priorize e cadencie.

Pequenos hacks operacionais que funcionam

  • Transforme visitas técnicas em ativos: crie um template curto que o técnico preenche. Esse template vira conteúdo e sinal de qualificação.
  • Use microsegmentos para anúncios locais. Menos gasto, mais relevância.
  • Tenha um SLA claro entre assistência técnica e comercial. Se o produtor pedir suporte, resposta em X horas. Mensure.

Resultados esperados, na prática

  • Mensuração clara do ROI por campanha. Você precisa saber quanto cada campanha trouxe de valor líquido.
  • Redução de churn entre clientes B2B e aumento de ticket médio. Mais relevância = mais fidelidade.
  • Maior alinhamento entre marketing, vendas e assistência técnica. Isso reduz ruído e acelera a jornada do produtor.

Se isso soa ambicioso, comece com um sprint de 30 dias. Escolha um microsegmento. Faça um piloto com um gatilho e uma oferta. Veja o impacto. Depois replicate.

Uma observação final, direta: adote uma postura experimental. Mensure. Aprenda. Escale. A diferença entre campanhas que só consomem orçamento e campanhas que geram crescimento está na disciplina de execução. Sim, disciplina. E humildade para ajustar.

Se quiser se aprofundar em referências práticas sobre agromarketing e estratégias aplicadas no setor, há material útil que pode ajudar a desenhar o próximo ciclo de testes: https://chasocial.com.br/agromarketing/

Agora vá lá e execute. Teste o gatilho que mais tem potencial. Anote tudo. Reúna comercial e assistência técnica semanalmente. Poucos minutos por semana, muita diferença no final da safra. E lembre-se: tecnologia é apenas ferramenta. Quem converte é a execução bem alinhada à realidade do campo.

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