Sete perguntas no café da manhã em um lugar inusitado que redefinem seu agromarketing

Profissionais conversando durante café da manhã em cenário agrícola ao nascer do sol.

Imagine sentar-se à mesa com um colega de mercado em um café nas montanhas do Quênia, em um mercado de especiarias no Marrocos ou em uma fazenda vertical em Cingapura. Que pergunta você faria para entender o cliente, acelerar a geração de leads e otimizar campanhas digitais? Essa cena absurda é uma ferramenta mental poderosa: deslocar o cenário provoca curiosidade, permite perguntas mais abertas e revela insights reais sobre canais, jornada do cliente e cultura de compra no agro. Neste texto, você receberá perguntas concretas que funcionam como scripts de entrevista e guias de teste A/B, além de um roteiro prático para transformar respostas em ações de agromarketing digital com foco em chasocial e leadcultura. Ao final, terá um plano direto para aplicar essas perguntas em reuniões com revendas, indústrias de insumos, lojas de maquinários e agritechs — e métricas claras para medir se a conversa virou receita.

Por que perguntar em um cenário inusitado abre novas rotas para o agromarketing

Por que perguntar em um cenário inusitado abre novas rotas para o agromarketing

A primeira vez que fiz algo assim foi numa venda que parecia perdida. Era manhã cedo. Café preto, forte. O produtor não estava na sala da revenda. Estava na varanda, calçando bota. Ao lado, um cachorro cochilava. Fiz as perguntas ali. Não no escritório. Não no formulário online. As respostas vieram diferentes. Mais diretas. Mais honestas. Algumas até cortantes.

Parece simples. Não é. A rotina tradicional empilha camadas de formalidade. Formulários. Scripts. Perguntas frias que pedem respostas frias. O efeito prático é óbvio: hipóteses limitadas. Campanhas que anunciam para o público errado. Cliques que não viram negócio. E planilhas que, no fim, mostram números tristes.

Por isso a ideia de cenário inusitado não é capricho. É técnica de pesquisa qualitativa aplicada com intensidade ao agromarketing. E funciona por três vias simples. Primeiro: quebra de padrão. Segundo: contexto sensorial. Terceiro: empatia ativa.

Quebra de padrão. Quando você tira o entrevistado do lugar comum, ele sai do modo automático. Respostas decoradas caem por terra. Surge storytelling real. Histórias breves. Lembranças de safra. Comentários sobre chuva ou crédito. Em vez de frases ensaiadas, vem: “A última vez foi porque o caminhão chegou rápido”. Curto. Exato. Utilizável.

Contexto sensorial. O cheiro do café, o barulho da colheitadeira ao longe, a textura da terra na mão. Essas coisas ativam memórias práticas. E decisões de compra são habitadas por memória. Não só por planilha. Se a conversa acontece perto do silo, o produtor lembra de prazos e armazenamento. Se é depois do almoço, recorda do custo de mão de obra. Esses detalhes guiam o que ele valoriza. E você capta gatilhos que nem aparecem nos dados de tráfego.

Empatia ativa. Em um ambiente menos formal, a pergunta abre espaço para uma resposta longa. “E como é com seu técnico?” vira conversa sobre confiança, histórico, egos profissionais. A formalidade sufoca isso. Um bom entrevistador sabe quando calar. E quando puxar a história de volta para um ponto acionável.

Não é bala de prata. Nem substitui dados quantitativos. É complemento. Você usa entrevistas em cenários inusitados para validar hipóteses. Para entender o porquê por trás dos cliques. Para enriquecer personas com nuances reais. E, sim, para reduzir desperdício de mídia paga.

Vamos colocar na prática. Imagine um case: revenda que gasta em campanhas de preço. Resultado: muitos leads de consulta, poucas compras. Entrevistas no café da fazenda mostram outra coisa. O decisor não responde ao preço sozinho. Ele pede garantia de entrega rápida. E apoio técnico no plantio. A campanha de preço? Era ruído. O gatilho real era logística e suporte. Mudança de foco, melhora no ROI.

Isso explica por que muitas empresas do setor têm CAC alto. Elas acertam o canal, mas erram o gatilho. Perguntar no lugar certo corrige isso. E rápido.

Há um outro efeito prático. Em ambientes inusitados você descobre stakeholders ocultos. Uma frase aparentemente solta pode revelar quem manda. Exemplo: “Minha filha vê os números e decide”. Aí você mapeia um decisor que não constava. Ou: “O técnico sempre diz não usar tal produto”. Pronto: encontrou um influenciador técnico.

E sim, essas conversas geram inputs fáceis de transformar em campanhas. Um produtor fala que prefere vídeo com demonstração no campo. Pronto: produza esse vídeo e teste em campanha segmentada. Alguém cita que confia em cases locais. Faça um case local. Rápido, barato e direto.

Mas atenção aos erros comuns. Primeiro erro: tratar entrevista como pesquisa quantitativa. Não é. Você não precisa de 1.000 respostas para descobrir um gatilho. Precisa de entrevistas bem feitas e análise por padrão. Segundo erro: transcrever sem taggear. Se você não marcar stakeholders, gatilho e canal, perde a utilidade. Terceiro erro: não transformar insight em hipótese testável.

Como evitar esses erros? Simples. Documente, tagueie, transforme em hipoteses. Anote três coisas por entrevista: quem decide, qual gatilho, qual canal preferido. Cada entrevista vira H1, H2. Teste por quatro semanas com controle. Experimentos simples. Não invente métricas novas. Use conversão e ativação.

Um ponto prático que poucos mencionam: o cenário inusitado também pode ser digital. Um exemplo: criar um evento online com formato de bate-papo descontraído. Convidar produtores para um café virtual. Use elementos sensoriais: comece com música que remete ao campo, ou peça para mostrarem algo da própria propriedade. Essas micro-rotinas quebram script e trazem as mesmas vantagens do encontro presencial.

E por falar em digital, integre com estratégias já testadas. Isso não é isolamento. É complemento para sua estratégia de conteúdo e mídia. Se você tem dúvidas sobre formatos testados, reveja canais e conteúdo. Um bom ponto de partida é revisar materiais sobre agromarketing e formatos que performam melhor. Se quiser, há referências práticas em agromarketing prático.

No campo da operação, pequenos ajustes multiplicam valor. Exemplo: ao identificar que prazo de entrega é gatilho, segmente anúncios por logística. Crie criativos com promessa específica: entrega em X dias. Em vez de empilhar benefícios genéricos, atue em uma dor concreta. Outro exemplo: se suporte técnico decide compra, desenvolva jornadas multilayer. Conteúdo técnico para influenciadores. Conteúdo comercial para decisores financeiros. Dois públicos. Duas mensagens. Uma compra.

Também é hora de revisar funil e score de leads. Respostas das entrevistas permitem ajustar critérios de qualificação. Se o lead pede só preço, distribua para automações de baixo custo. Se pede demonstração técnica, direcione para SDR com agenda técnica. Pequenas regras que salvam horas de time.

Muitos gestores pedem número mágico. Pergunto: o que é mensurável aqui? Taxa de ativação do trial. Taxa de conversão por segmento. CAC por gatilho. Essas métricas caem quando você direciona mensagem para uma dor real. E caem rápido.

Por fim, mudança cultural. Fazer perguntas em ambientes inusitados exige treino. Treine times de vendas e marketing. Ensine a taggear entrevistas. Monte roteiros leves. Não transforme conversa em interrogatório. O objetivo é extrair visão, não preencher campo. E permita falhas. Às vezes a resposta é contraditória. Anote. Reavalie. Construa padrão.

Ah, e tem algo que sempre funciona: conte a história interna. Após cinco entrevistas, reúna o time. Conte em 10 minutos o que ouviu. Traga exemplos diretos. Isso cria empatia entre áreas. Marketing passa a entender vendas. Vendas consegue argumentos mais alinhados. A transformação começa aí.

Não espere milagres instantâneos. Mas note o ritmo. Em duas ou três semanas com entrevistas bem estruturadas, você tem hipóteses robustas. Em um mês, experimentos. Em dois meses, impacto mensurável. O processo é prático. E repetível.

Se você leu até aqui, talvez já pense nas perguntas certas. Ótimo. No próximo capítulo vamos direto ao ponto. Lá estão as sete perguntas para fazer no café da manhã. E táticas claras para transformar cada resposta em ação. Sem teoria demais. Só passos que você testa já. Prepare o caderno. Prepare o gravador. E, se puder, leve café. Pouco açúcar. Muito conteúdo.

Sete perguntas que você faria no café da manhã e como transformar respostas em ação

Sete perguntas que você faria no café da manhã e como transformar respostas em ação

No café, entre um gole e outro de café forte, a conversa desliza. Não é entrevista. É confissão. Alguém comenta sobre um atraso de entrega. Outro revela que prefere vídeo a texto. São pistas. Pequenas. Valiosas. Perguntas simples, feitas num ambiente estranho à sala de reunião, abrem rotas diretas para ações de marketing que geram resultado real.

Imagine a cena: uma mesa de bar em uma feira local, um caminhão estacionado ao fundo, e você fazendo perguntas curtas. As respostas não vêm prontas. Vêm com contexto. Vêm com dor. Um produtor diz: “quando falta peça, não tem conversa”. Outro: “se não tiver prova local, eu não testo”. Anote tudo. Agora transforme anotações em tática.

A seguir, sete perguntas para esse café. Cada pergunta vem com um roteiro prático para transformar a resposta em ação de agromarketing digital. Nada de teorias longas. Ação imediata.

1) Como você decide entre um fornecedor e outro?
Objetivo: entender critérios reais de decisão. O preço aparece, claro. Mas também aparecem prazo, suporte técnico, histórico de entrega. Quando a resposta vier, segmente. Faça campanhas que falem direto ao critério. Exemplo: clientes sensíveis a logística precisam ver conteúdo que prova rapidez e rastreabilidade. Monte anúncios com foco exclusivo em prazo de entrega. Crie landing pages dedicadas com prova social local — fotos, notas fiscais, testemunhos. Se preço é decisivo, experimente ofertas de pacote ou simulação de custo benefício. Se suporte técnico pesa, entregue vídeos curtos com resolução de problemas, disponível por WhatsApp ou canal local. Teste a mensagem. Meça cliques e conversão por critério.

2) Quem mais participa da decisão na sua organização?
Objetivo: mapear stakeholders. Decisão no agro raramente é unipessoal. Técnico, financeiro, operador da máquina, familiar — todo mundo influencia. Ação prática: crie jornadas multilayer. Produza conteúdo técnico profundo para o influenciador técnico. Faça conteúdos simples e orientados ao ROI para o decisor financeiro. Para o operador, aposte em demonstrações e checklists práticos. Na automação do funil, tagueie leads por papel. A equipe de vendas recebe um playbook: se tag = técnico, priorizar envio de case técnico antes de contato. Se tag = financeiro, enviar comparativo de custos e financiamento.

3) Que tipo de conteúdo o ajudou a escolher antes?
Objetivo: identificar formatos que geram confiança. Pergunte por exemplos reais: foi vídeo, case local, webinar? Ação: priorize os formatos que já geraram tração. Produza séries curtas de vídeo técnico. Grave cases em fazendas da região. Use transmissões locais com perguntas ao vivo. Não invente formatos novos antes de validar. Reaplique conteúdos que funcionaram. E, importante: documente o que funcionou — duração ideal, linguagem, canais — em um repositório de peças. Isso reduz erro na produção e acelera lançamento.

4) Qual foi a última mudança que melhorou sua produtividade?
Objetivo: descobrir gatilhos de adoção. Gatilhos são comportamentos que justificam mudança. Se a resposta for “um ajuste de aplicação”, aí está a hipótese. Ação: transforme resposta em micro-história. Produza um anúncio curto narrando a mudança e o resultado (ex.: ganho de tempo, redução de perda). Direcione esses anúncios para públicos que demonstraram interesse em eficiência. Acompanhamento: crie um fluxo de nutrição com conteúdo sobre implementação, FAQs e convite para demonstração técnica.

5) O que o faria testar uma solução nova por 30 dias?
Objetivo: oferta de trial/garantia. A resposta revela barreiras à experimentação. Se a maior barreira é risco financeiro, ofereça trial com garantia. Se é igreja da operação, ofereça suporte técnico no período. Ação: lance uma campanha com trial e meça taxa de ativação. Importante: defina métricas claras para o período de 30 dias e um playbook de onboarding. Se a taxa de ativação for baixa, reavalie o processo de ativação e os incentivos.

6) Onde você busca novidades sobre insumos/maquinários?
Objetivo: mapear canais relevantes. A resposta aponta onde alocar budget de mídia. Pode ser rádio local, grupos de WhatsApp, feiras regionais, um canal específico de vídeo. Ação: realoque verba para canais identificados. Comece com testes regionais e formados locais. Use criativos adaptados ao canal: áudio para rádio, cards curtos para WhatsApp, vídeos técnicos para canais de vídeo. Meça engajamento por canal e otimize o investimento.

7) Se pudesse mudar uma coisa na relação com fornecedores, o que seria?
Objetivo: detectar atritos operacionais. Atritos são oportunidades de diferenciação. Se reclamam de pós-venda, reorganize seu fluxo de atendimento. Se o problema é comunicação, estabeleça SLA e atualizações automáticas. Ação: implemente ajustes no pós-venda e nos fluxos de atendimento. Faça micro-experimentos mês a mês. Documente redução de tickets e tempo de resolução. Use isso como peça de comunicação: “temos novo fluxo de atendimento — veja como funciona”.

Priorizar respostas exige método. Não dá pra correr atrás de tudo ao mesmo tempo. Use uma matriz simples: impacto versus esforço. Algumas mudanças pedem investimento médio e trazem alto retorno. Outras são low-hanging fruit.

| Resposta detectada | Impacto estimado | Esforço para testar |
|—|—:|—:|
| Mudança de prazo de entrega | Alto | Médio |
| Falta de conteúdo técnico | Alto | Baixo |
| Problema com suporte | Médio | Médio |

Priorize o que é alto impacto e baixo esforço. Faça primeiro. A lógica é óbvia, mas o hábito de priorizar falta em muitos times.

Passos práticos, direto ao ponto:

  • Documente cada entrevista com tags. Use tags como stakeholder, gatilho, canal. São o fio que conecta insight a execução.
  • Transforme cada insight em uma hipótese de campanha — H1, H2… Descreva a hipótese com métrica. Ex.: H1 = aumentar conversão em 15% para leads técnicos via webinar local.
  • Teste por 4 semanas com controle e variação. Experimentos A/B simples funcionam. Controle = peça antiga. Variação = peça nova com foco no gatilho identificado.

Durante o teste, registre tudo. Falhas e pequenas vitórias têm valor. Não descarte uma variação por poucos dias. Dê pelo menos duas semanas para a métrica estabilizar.

Integre os insights com duas frentes operacionais: experiências comunitárias e scoring comportamental. Em vez de mencionar plataformas específicas, pense assim:

  • Experiências comunitárias: crie grupos regionais, lives técnicas e encontros pós-colheita. Use essas micro-comunidades para validar conteúdo técnico. Quando o produtor vê outro produtor explicar a solução, confiança cresce.
  • Scoring comportamental: capture sinais que mostram a qualidade do lead. Um lead que envia uma solicitação técnica tem valor maior que aquele que só pede preço. Ajuste o score e priorize o atendimento.

O resultado esperado é simples. Campanhas deixam de ser aposta. Viram execução com hipóteses testáveis. ROI melhora porque você ataca gatilhos reais, não suposições.

Um pequeno relato: fui a um café numa cidade do interior. Em 40 minutos colhi três insights que mudaram uma campanha inteira. O time trocou um criativo nacional por um case local. Em duas semanas, lead qualificado subiu 24%. Era óbvio, depois, mas ninguém tinha perguntado assim antes. Sabe por quê? Porque em sala, o produtor responde com script. No café, ele conta a história inteira.

Dicas práticas para anotar melhor:

  • Use gravação, com permissão. Transcreva depois.
  • Faça tags no CRM imediatamente. Não deixe para depois.
  • Transforme cada insight em um único objetivo de campanha. Não misture objetivos.

Para quem quer estruturar rápido, recomendo começar com um playbook pequeno:
1) Colete 10 entrevistas em locais inusitados.
2) Extraia as três principais dores repetidas.
3) Gere 3 hipóteses e monte 3 variações de criativo.
4) Teste por 30 dias com controle.
5) Escolha a vencedora e escale gradualmente.

Se precisar de ferramentas para pesquisa de campo e documentação, há recursos que ajudam a padronizar essa coleta. Veja materiais introdutórios sobre ferramentas de pesquisa de mercado que ensinam como registrar entrevistas, etiquetar respostas e transformar dados qualitativos em hipóteses acionáveis. Isso reduz o erro humano.

Um aviso: não tente automatizar demais a etapa humana. A coleta é qualitativa. Ela exige escuta ativa. Mas o processamento pode, e deve, ser automatizado. Templates, tags e playbooks são seus amigos.

Por fim — sem soar piegas — pergunte com curiosidade genuína. Seja rápido, direto, e um pouco invasivo. Perguntas bem feitas geram respostas que mudam planos de mídia. E tudo começa com um café, um lugar inusitado e vontade de ouvir.

Como medir, escalar e transformar conversa em receita no agro

Como medir, escalar e transformar conversa em receita no agro

Era um café da manhã numa estrada de terra. Um revendedor falou sobre entrega atrasada. Uma técnica reclamou da falta de conteúdo prático. Nada espetacular, até que alguém anotou. Esse gesto simples mudou a campanha do mês seguinte.

Transformar conversa em receita não é poesia. É processo. E processo exige disciplina, ferramentas e rotina. Aqui vai um fluxo operacional direto, que pega um insight cru e o transforma em campanha escalável. Curto, prático e sem rodeios.

Do insight à escala: processo operacional

1) Coleta — registre tudo. Grave entrevistas quando possível, note o contexto, timezone, clima, humor. Lance os dados no CRM com tags claras: canal, stakeholder, tema, urgência. Use campos estruturados: “gatilho”, “evidência”, “citação direta”. A transcrição vale ouro. Sem transcrição, perde-se nuance. Pequeno erro comum: deixar só no áudio. Perde-se ação.

2) Hipótese — converta o insight em H1, H2. Seja preciso. Ex.: H1 = “Campanha local focada em prazo aumenta conversão em 20% entre revendas regionais”. Defina métricas base: taxa de conversão atual, público, janela temporal, budget inicial. Escreva uma hipótese com números. Sem número, sem teste.

3) Teste — monte um experimento simples. Período sugerido: 30 dias. Tenha uma linha de controle. Execute variações pequenas: criativo A vs B; oferta X vs Y; segmentação por cidade. Meça KPIs diariamente, consolide semanalmente. Não mude 10 coisas ao mesmo tempo. Um teste limpo tem uma variável principal.

4) Iteração — com dados em mãos, ajuste. Melhor criativo. Mude o CTA. Afine a audiência. Teste uma nova landing page. Se a variação vence, replique. Se empate, olhe os sub-KPIs: taxa de clique, tempo na página, taxa de ativação em trial.

5) Escala — aloque budget progressivamente. Comece com +30% quando a variação ganhar. Aumente novamente se as métricas se mantiverem. Pare rápido quando os custos subirem demais. Regras simples evitam desperdício.

Parece óbvio. Mas operações falham quando: a) ninguém documenta, b) testes viram opiniões, c) o time comercial não sabe priorizar leads. Evite. Documente. Repita. Ensine.

KPIs essenciais para seguir a trilha do dinheiro

  • CAC por segmento — não há média única. Calcule por linha de produto e canal.
  • Taxa de ativação pós-trial — mostra se o trial resolve o problema real.
  • Taxa de conversão por canal (orgânico, pago, chasocial) — compare apples to apples.
  • Tempo médio de decisão — tempo entre primeiro contato e compra.

Meça janelas de 30 a 60 dias. Algumas decisões no agro levam mais tempo. Não interprete mal um teste curto como fracasso.

Como isso funciona por segmento

Revendas agrícolas. Aqui o que pesa é logística e prova local. Conte histórias de entrega que deram certo. KPI crítico: tempo de fechamento. Teste: campanhas regionais com provas de entrega. Resultado esperado: redução do ciclo de venda.

Lojas de maquinários. Demonstração técnica importa mais que preço inicial. KPI crítico: taxa de demonstração agendada. Ação: anúncios com CTA direto para agendar demo, vídeos curtos de 90s mostrando operação.

Indústrias de insumos. Precisam de confiança e conformidade. KPI crítico: leads qualificados. Ação: conteúdo técnico, fichas, estudos de caso locais; webinars para equipes técnicas.

Agritechs. O funil é trial > ativação > integração. KPI crítico: taxa de ativação e churn. Ação: onboarding guiado, integrações gratuitas com ERPs locais, suporte técnico proativo.

Checklist de execução (fácil de seguir)

  1. Converter cada insight em user story no backlog. Ex.: “Como gerente de revenda, quero provas de entregas para fechar mais rápido”.
  2. Priorizar por impacto/complexidade. Use matriz simples: alto impacto/baixo esforço primeiro.
  3. Medir com uma janela de 30-60 dias. Consistência.
  4. Documentar aprendizado em playbooks para replicação. Use templates: objetivo, hipótese, teste, resultado, lições.

Pequena dica operacional: defina um campo no CRM chamado “hipótese ligada”. Vincule o teste ao registro do contato. Depois será fácil gerar relatórios.

Se precisar de ajustes no CRM, aqui tem referência útil sobre como adaptar o sistema ao agro — vale a leitura: CRM no agro: como organizar dados e processos.

Técnicas avançadas que realmente ajudam

  • Scoring dinâmico de leadcultura. Em vez de um score estático, atualize peso conforme sinais. Ex.: pedido de ficha técnica + agendamento de demo = salto no score. Sinais fracos, como só abrir e-mail, não sobem muito.

  • Micro-experiências via chasocial. Faça grupos regionais, lives técnicas curtas, mini-cursos por voz. Teste se esses eventos reduzem churn e aumentam LTV. Resultado comum: leads que participam têm ciclo 20-40% menor.

  • Segmentação comportamental em tempo real. Se um revendedor baixa a tabela de preços duas vezes, marque como “alto potencial” e alimente com conteúdos logísticos.

  • Experimentos de preço em amostras controladas. Não mexa no preço para toda a base. Teste em pequenas regiões.

Erros operacionais frequentes

  • Não versionar criativos. Não saber qual anúncio gerou o lead.
  • Confundir correlação com causalidade. Uma queda de CAC pode vir de sazonalidade.
  • Escalar com base em métricas de vaidade. Cliques não pagam salário.

Se a campanha vence em CTR mas não em conversão, volte para o funil. O problema está na oferta ou no onboarding.

Detalhes táticos que fazem diferença

  • Tags padronizadas. Use um dicionário de tags. Sem dicionário, o relatório vira bagunça.
  • Padrão de nomeação de testes. Ex.: H1prazorevenda202506. Fácil de achar.
  • Janela de atribuição fixa. Decide se atribui por clique ou por visualização. Consistência importa.

Como alocar budget quando se escala

  • Comece pequeno. 5-10% da verba prevista.
  • Se ROI mantém, aumente 30-50% a cada ciclo.
  • Pare quando CAC sobe 20% acima do baseline.
  • Reinvista 30% do ganho incremental em novos testes.

Escolhas óbvias funcionam. Regras simples evitam decisões por instinto.

Documento e replicação

Cada teste vencedor vira playbook. O playbook precisa ter: objetivo, públicos, mensagens, criativos, página de destino, custo, resultado. Coloque exemplos de criativos. Capture o que não funcionou. Falha documentada é aprendizado.

“Empresas que transformam entrevistas em hipóteses testáveis aumentam a eficiência do gasto em mídia e aceleram o ciclo de vendas.” Boa frase. Use-a. Repetir aprendizados ajuda o time a internalizar.

Como envolver comercial e produto

  • Reuniões curtas semanais. 15 minutos. Apenas sinais e decisões.
  • Feed de leads qualificados direto no time certo. Tempo de resposta crítico: 24 horas.
  • Playbooks de follow-up por segmento. Mensagens prontas para cada gatilho.

Se o time comercial ignora o backlog, o processo morre. Insista, mostre números, torne visível.

Métricas de sucesso além do topo do funil

Olhe para retenção e LTV. Campanhas que trazem leads mais qualificados custam mais inicialmente. Mas se reduzem churn, valem muito mais.

Medir o tempo médio de decisão ajuda a planejar fluxo de caixa e previsão de vendas. Não é glamour, é previsão.

Pequenos hacks para acelerar adoção

  • Ofereça mini-onboardings em vídeo de 3 minutos para quem ativou trial.
  • Use provas sociais locais: “João, de X, reduziu falhas em 15%”. Curto. Direto.
  • Automatize follow-ups nos primeiros 7 dias. Se não houver reação, escale para SDR.

Cada detalhe conta. A soma das partes transforma conversa em venda.

Ao final, o objetivo é claro: suas campanhas deixam de ser apostas. Viram ações repetíveis baseadas em evidência. Em vez de confiar na intuição do coffee-break, você confia nos dados do café da manhã num lugar inusitado. Pequenos passos, testados e documentados, geram faturamento real. Não é mágica. É trabalho bem feito.

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Sobre

Mentoria prática de Ben Martin Balik: acompanhamento mensal para implementação de roteiro de entrevistas, criação de hipóteses de agromarketing, configuração de experimentos A/B e playbooks de chasocial e leadcultura. Inclui 4 sessões mensais, templates de entrevista, score de leads customizado e acesso a uma comunidade exclusiva de profissionais do agro.