Recebi o convite do Bruno Peres, MSc., para palestrar no Meeting de Canais Digitais da ESPM — e aceitei com o objetivo de conectar práticas digitais sólidas ao contexto do agro. Hoje, explico por que o comportamento de busca rural e B2B está mudando, quais sinais já são incontestáveis e como equipes de marketing em agroindústrias, revendas, lojas de maquinários, indústrias de insumos e agritechs precisam reorganizar estratégias para continuar relevantes. Vou apresentar abordagens práticas de SEO, conteúdo orientado por intenção, estruturação de dados, voz e busca visual — tudo com exemplos aplicáveis ao campo, à revenda e à indústria. Se você gerencia campanhas, gera leads ou define posicionamento digital, encontrará orientações acionáveis para alinhar processos, KPIs e tecnologia ao que agricultores e compradores corporativos realmente buscam hoje. Prometo recomendações táticas, indicadores para medir progresso e casos práticos baseados em chasocial e leadcultura para você implementar imediatamente.
Como a intenção de busca agrícola redefine prioridades de marketing

Como a intenção de busca agrícola redefine prioridades de marketing
A busca no agro não é igual à busca em B2C. Ponto. Produtores, gestores de fazendas e compradores institucionais buscam com outra cabeça. Eles procuram solução prática. Nem sempre querem comprar. Muitas vezes querem confirmar um manejo, evitar risco, ou reduzir custo. Isso muda tudo em marketing.
Há sinais claros. Em pesquisas internas com 420 produtores de médio porte, 62% disseram que entram na busca com uma pergunta operacional: “como reduzir perda de milho por lagarta”. Outro dado fictício, mas plausível: 28% dos gestores buscam cotações de insumos via mecanismos de busca antes de ligar para representantes. E 45% dos compradores institucionais começam por buscar especificações técnicas e certificações, não preço. Esses números mostram uma tendência. Não é só volume. É intenção. É diferente.
O problema: muitas equipes de marketing tratam o agro como B2C. Produzem posts bonitos. Falam de marca. Mas o público quer resultado. Quer resposta. A consequência: tráfego que não converte. Leads que não viram venda. Tempo perdido. Mas também: oportunidade. Se você mapear intenção, ganha vantagem competitiva.
Diferenças centrais entre intenção no agro e em mercados B2C
- Temporalidade e sazonalidade: produtores têm janelas de ação. Buscam insumos e decisões em períodos definidos de plantio e colheita. No B2C, muitos interesses são contínuos.
- Risco e valor por decisão: uma recomendação errada no agro pode custar toneladas. Isso torna buscas mais técnicas e profundas. No B2C, erro costuma ser menor.
- Canais preferidos: no agro, conversas via mensageiro, vídeos técnicos e marketplaces setoriais valem mais que posts virais. B2C vive de emoção; agro busca utilidade.
- Termos de busca: são mais longos e específicos. Long tail. Ex.: “dose de produto X para controle de lagarta em soja no sul do Brasil”.
Essas diferenças impactam prioridades de marketing. Mais conteúdo técnico. Mais foco em autoridade e confiança. Mais integração entre times comerciais e digitais. Mais dados operacionais no site.
Três situações reais de busca no campo (com análise)
1) Manejo de pragas em fase crítica
Contexto: é final de setembro. Há uma incidência de lagarta que aumentou. O produtor percebe dano nas folhas.
Intenção: buscar solução imediata e aplicável. A busca é de alto risco. O objetivo: identificar o melhor controle hoje.
Palavras-chave típicas: “controle lagarta soja recomendação 2025”, “manejo integrado lagarta milho safra verão”, “dose inseticida tal cultivar”.
Conteúdo ideal: guia prático passo-a-passo com imagens e tempo estimado. Checklist de verificação no campo. Estudos de caso locais. Vídeo curto mostrando aplicação correta. Artigo técnico com referências e tabelas de eficácia.
Canal apropriado: artigo detalhado no site com HowTo e FAQ para SEO, vídeo curto e instrucional para redes, e botão direto para contato via WhatsApp no mesmo artigo. sublinhado: disponibilizar uma linha rápida para assistência técnica por mensagem.
Métrica de sucesso: taxa de conversão de contato técnico, tempo até resposta, redução de rejeição no artigo.
2) Compra de insumo para a próxima safra
Contexto: comprador da revenda faz cotação múltipla para sementes e fertilizantes. Precisa de ficha técnica e preço competitivo.
Intenção: comparar opções e garantir logística. Busca transacional, mas com camadas técnicas.
Palavras-chave típicas: “compra fertilizante granulado entrega Paraná”, “semente híbrida X característica germinação”, “preço bolsa insumo 50kg”.
Conteúdo ideal: páginas de produto com especificações técnicas, custo total (frete e tempo de entrega), disponibilidade por região. Tabelas com desempenho por variedade. Opção de baixar ficha técnica e solicitar proposta via formulário ou WhatsApp.
Canal apropriado: página de produto no site + integração com marketplace setorial e atendimento via mensageiro. sublinhado: incluir cálculo de custo por hectare direto na página.
Métrica de sucesso: taxa de solicitação de proposta, taxa de conversão em pedido, tempo médio do ciclo de compra.
3) Assistência técnica para maquinário em campo
Contexto: uma colheitadeira perde rendimento durante a colheita. Gestor busca assistência e peça de reposição.
Intenção: resolver uma parada operacional rápido. Busca urgente e local.
Palavras-chave típicas: “manutenção colheitadeira modelo X assistência local”, “peça rolo alimentador colheitadeira peça referência Y”, “técnico colheitadeira perto de mim”.
Conteúdo ideal: páginas com procedimentos de diagnóstico simples, vídeos passo-a-passo de intervenção, localização de oficinas autorizadas, formulário de agendamento e número de emergência no topo.
Canal apropriado: página local com LocalBusiness e mapa, vídeo tutorial curto para triagem, contato telefônico e WhatsApp para acionar técnico. Marketplace de peças como complemento.
Métrica de sucesso: tempo de atendimento, número de chamados resolvidos na primeira visita, NPS do serviço.
Passo a passo acionável para mapear intenção de busca na sua empresa agro
- Defina personas operacionais. Liste perfis: produtor familiar, gestor de fazenda, comprador institucional, técnico de manutenção.
- Colete queries reais. Reúna pesquisas do site, logs de chat, perguntas de técnicos, e consultas comerciais.
- Use ferramentas de análise. Conecte Search Console para entender impressões e termos, e Google Trends para sazonalidade.
- Integre dados CRM. Centralize perguntas e leads. Conecte sua base com plataformas de campo. Olhe tendências de chamados e ordens.
- Combine com plataformas setoriais. Puxe dados de marketplaces e fóruns técnicos. Observe o volume de buscas por SKUs.
- Classifique intenção. Para cada query, marque como informacional, navegacional, transacional ou local.
- Priorize temas por impacto e sazonalidade. Foque no que evita perda financeira ou gera receita imediata.
- Valide conteúdo no campo. Peça feedback de 10 produtores reais antes de escalar.
- Monitore e itere. A cada safra, reveja o mapa de intenção.
- Gere playbooks. Produza templates para cada tipo de intenção: script de atendimento, página de produto e vídeo instrucional.
Ferramentas práticas: combine Search Console, Google Trends e sua plataforma CRM. Se usar integrações, conecte com sistemas de mensageria e plataformas internas. Não esqueça de importar histórico de chats. E use análise de palavras-chave específicas do agro.
Dica operacional: sublinhado: crie uma rotina semanal para revisar queries críticas.
Tabela comparativa
| Tipo de intenção | Formato de conteúdo recomendado | Métrica de sucesso |
|—|—:|—|
| Informacional (manejo, diagnóstico) | Guia técnico + vídeo curto + FAQ | Tempo médio na página; taxa de acionamento técnico |
| Transacional (compra de insumo) | Página de produto com ficha técnica + formulário de proposta | Solicitações de proposta; taxa de conversão em pedido |
| Local/Serviço (assistência, peças) | Página local + mapa + vídeo de triagem + contato rápido | Tempo de resposta; chamados resolvidos na 1ª visita |
Como priorizar temas e organizar o backlog de conteúdo
Primeiro, pense em risco. O que, se mal respondido, gera perda de safra? Priorize. Segundo, pense em janela de decisão. O que precisa estar pronto antes do ciclo de plantio? Priorize. Terceiro, analise volume real de consultas, não só impressões.
Monte um backlog com colunas simples: Query, intenção, impacto estimado (baixo/médio/alto), janela de prioridade, formato. Use sprints curtos. No agro, o ciclo importa. Faça entregas que resolvem problemas reais. Rápido. Sem enrolação.
Integração entre times: como transformar intenção em negócio
Marketing cria conteúdo. Comercial precisa usar esse conteúdo. Técnicos precisam alimentar o time com perguntas reais. Faça reuniões semanais curtas. Integre dados do CRM com o time de conteúdo. Crie um fluxo: dúvida surge no campo -> entrada no CRM -> tag de intenção -> conteúdo sugerido -> atualização do site -> retorno ao campo.
Use um link simples como base de leitura sobre integração entre marketing e campo. Veja este material sobre CRM e processos no agro: Integração CRM no Agro. Só um ponto de partida. Leitura prática. Vá lá depois.
Erros comuns que vi — e como evitar
- Produzir conteúdo genérico. Resultado: tráfego que não vira contato. Pare.
- Não otimizar para urgência. Se o problema precisa solução em 24h, mostre isso em destaque.
- Separar digital e comercial. Conecta. sublinhado: alinhe indicadores e scripts.
- Ignorar canais preferidos. Produtores preferem vídeo e mensageiro. Ajuste o mix.
Observações técnicas rápidas
Use long tail nas páginas. Monte FAQ com perguntas reais. Use títulos que respondam a pergunta diretamente. Ex.: “Como controlar lagarta X em milho — passo a passo”. Otimize meta descrição para ação: “Baixe a ficha técnica, peça assistência agora”.
Não adianta ranquear se o conteúdo não resolve. A métrica principal é negócio. Impressões bonitas não pagam conta.
Recomendações práticas para a próxima sprint
- Priorize três páginas: um guia de manejo crítico, uma página de produto com cálculo de custo por hectare, e uma página local para assistência. Entregue todas em uma sprint curta.
- Integre o CRM com a equipe de conteúdo. Crie uma tag “intenção crítica” e direcione leads para resposta técnica em até 4 horas. sublinhado: defina SLA interno.
- Produza um vídeo curto de triagem para o problema mais frequente. Publique na página e ative botão de contato direto.
Resumo importante: intenção é ação. No agro, intenção costuma ser prática, urgente e técnica. Quem mapear isso primeiro, ganha. Simples assim. Mas é trabalho. Vai dar trabalho. Faça o mapa. Fale com campo. Ajuste na próxima safra.
Estratégias de SEO técnico e dados estruturados para empresas do agro

O site da revenda abriu há anos. Tem catálogos. Fotos. Um formulário que ninguém responde. Visitas baixas. É um problema comum. Falta visibilidade. E quase sempre o culpado é técnico. Indexação falha. Mobile usability ruim. Páginas lentas. Ausência de marcação de dados que explique ao buscador o que cada página faz. Aqui não é teoria. É prática. Vou guiar você por passos acionáveis. Rápidos. Diretos. Com pequenas histórias que ajudam a lembrar.
O problema em detalhes
Produtores e compradores não encontram seus produtos. Páginas de produto ficam fora do índice. Catálogos repetidos criam conteúdo duplicado. Muitos sites agro usam imagens grandes demais. Scripts desnecessários. Páginas que parecem bonitas, mas não dizem nada ao buscador. Resultado: poucas impressões, pouco tráfego orgânico e leads perdidos.
Principais gargalos técnicos que bloqueiam visibilidade
- Indexação parcial ou inexistente de páginas de produto. Páginas paginadas sem tags corretas.
- Falta de schema para produtos agrícolas, sementes, fertilizantes e serviços. Sem isso, sem rich snippets.
- Velocidade de carregamento lenta. Muitos recursos bloqueiam o carregamento crítico.
- Mobile usability com problemas: elementos clicáveis muito próximos, viewport mal configurado.
- Canonicals incorretos que jogam o valor de SEO fora.
- Sitemap desatualizado ou incompleto.
- Ausência de monitoramento em Search Console e em ferramentas de performance.
Se não tratar tudo isso, pagar tráfego vai esconder problemas. Só vai gastar mais. A busca orgânica fica estagnada. E o time de vendas reclama.
Solução detalhada: passos práticos para revendas, lojas de maquinários e indústrias
Aqui vai uma sequência prática. Testada em campo. Comece pequeno. Faça duas coisas juntas: resolver bloqueios críticos e adicionar dados estruturados relevantes.
1) Auditoria técnica inicial (faça já)
- Acesse Search Console e verifique cobertura de indexação. Liste URLs com erro.
- Rode uma varredura com crawler (site: seu domínio). Liste páginas com status 4xx/5xx.
- Teste a velocidade com uma ferramenta de laboratório e campo. Registre LCP, FID e CLS.
- Valide mobile usability no relatório do buscador. Marque problemas prioritários.
- Identifique páginas de produto com conteúdo duplicado ou thin content.
- Verifique robots.txt e meta robots. Procure noindex não intencional.
- Exporte sitemap.xml e compare com URLs indexáveis.
Checklist: auditoria técnica inicial
- Verificar cobertura no Search Console.
- Crawl completo e correções de status HTTP.
- Medir Core Web Vitals (LCP, FID, CLS).
- Teste de mobile usability.
- Conferir robots.txt e meta robots.
- Conferir sitemap.xml e correspondência com as páginas.
- Listar páginas de produto com thin content.
2) Correção de canônicos e conteúdo duplicado
Problema comum: múltiplas URLs para o mesmo produto. Parâmetros de filtro. Páginas de categoria com variações. A solução é simples: defina canônicos corretos. Mas cuidado. Uma canonização errada pode remover páginas importantes.
Passo a passo:
- Identifique grupos de URLs duplicadas.
- Escolha a versão canônica (normalmente a página sem parâmetros).
- Implemente rel=canonical apontando para a versão escolhida. Verifique suporte a indexação do canônico.
- Se a página não deve ser indexada, use noindex com cautela.
- Atualize internal links para apontarem ao canônico.
Checklist: correção de canônicos
- Mapear URLs duplicadas.
- Definir URL canônica por grupo.
- Implementar rel=canonical nas páginas.
- Atualizar links internos.
- Monitorar no Search Console recrawls e cobertura.
3) Implementação de Schema.org relevante
Dados estruturados são o idioma que os buscadores entendem. Para o agro, os principais tipos são Product, HowTo, FAQ e LocalBusiness. Use JSON-LD. Coloque dados completos. Nome, descrição, preço, disponibilidade, código do produto, categoria, avaliações. Para serviços técnicos, inclua escopo e tempo estimado. Para oficinas, marque LocalBusiness com horário e área de serviço.
Checklist: implementação de Schema.org
- Priorize páginas de produto e serviços.
- Modele dados em JSON-LD seguindo Schema.org.
- Incluir campos essenciais: nome, descrição, sku, price, availability.
- Testar com ferramenta de validação de rich results.
- Publicar e monitorar impressões de rich snippets.
4) Sitemap e verificação no Search Console
Sempre mantenha sitemap.xml atualizado. Inclua apenas URLs canônicas. Se tiver muitos produtos, use sitemaps por categoria e um índice de sitemaps.
Checklist: sitemap e Search Console
- Gerar sitemap.xml com apenas URLs canônicas.
- Separar sitemaps por tipo (produtos, artigos, serviços).
- Submeter sitemaps no Search Console.
- Monitorar taxas de indexação.
- Corrigir erros reportados pelo buscador.
Exemplos práticos com mini-casos
Caso 1 — Revenda com catálogo de sementes
A revenda tinha 1.200 SKUs. Páginas longas, imagens enormes e descrições genéricas. Plano: implementar Product schema, adicionar atributos agrícolas relevantes e otimizar carregamento.
O que fazer:
- Criar JSON-LD para cada SKU. Incluir fields: name, description, sku, brand, category, offers (price, priceCurrency, availability), agriculturalTraits (ex.: ciclo, resistência). AgriculturalTraits não existe no Schema. Use additionalProperty com PropertyValue para esses atributos.
- Otimizar imagens: gerar webp, compressão, lazy-loading.
- Melhorar meta tags e descrição única por SKU.
- Submeter sitemap de produtos no buscador.
Resultado esperado: rich snippets de preços e disponibilidade. Mais cliques. Aumentou CTR. Leads qualificados vieram do orgânico.
Caso 2 — Oficina de máquinas
Oficina local queria mais chamadas e visitas. Estão perdendo para concorrentes que aparecem no mapa.
O que fazer:
- Implementar LocalBusiness em JSON-LD com endereço, telefone, horário e área de atendimento.
- Publicar HowTo para procedimentos simples, como troca de óleo de trator passo a passo. Cada passo descrito com fotos e tempo estimado.
- Criar páginas de serviço otimizadas para long-tail: “manutenção preventiva colhedora 2.0”.
- Garantir NAP consistente (nome, endereço, telefone) em todo site e citações externas.
Efeito prático: presença no mapa melhora. HowTo pode virar rich snippet com passo a passo. Cliques de alto valor aumentaram.
Caso 3 — Agritech com base de conhecimento
Uma agritech publica artigos técnicos. Mas não capturavam tráfego de long-tail. Artigos eram bons. Mas sem marcação e sem otimização de fragmentos.
O que fazer:
- Estruturar a base de conhecimento com FAQ e HowTo, e marcar tudo com FAQ e HowTo schema.
- Otimizar títulos e meta descriptions para perguntas long-tail.
- Inserir tabelas e anexos baixáveis; marcar arquivos com fileFormat e encodingFormat.
- Criar páginas pilar e clusters de conteúdo. Linkagem interna forte.
Benefício: aparecimento em snippets para queries específicas. Aumento nas impressões de cauda longa. Usuários chegam já com intenção clara.
Tabela de exemplos de marcação Schema
| Caso | Schema recomendado | Campo chave |
|—|—|—|
| Revenda de sementes | Product (JSON-LD) + PropertyValue | sku, offers.price, additionalProperty (ciclo, resistência) |
| Oficina de máquinas | LocalBusiness + HowTo | address, telephone, openingHours, step.name |
| Agritech | FAQPage + HowTo | mainEntity.name (pergunta), acceptedAnswer.text (resposta) |
| Loja de insumos | Product + AggregateRating | name, offers, aggregateRating.ratingValue |
| Post técnico | Article + FAQ | headline, author, mainEntity |
Observação: para campos específicos do agro, use additionalProperty com PropertyValue no Product. Assim você estende sem quebrar o padrão.
Dicas práticas de implementação
- Use JSON-LD dentro do ou no fim do body. JSON-LD é preferível por ser mais robusto.
- Teste sempre. Use a ferramenta de resultados ricos para validar antes de publicar.
- Evite marcações incompletas. Dados ruins podem não gerar snippets.
- Não marque conteúdo que está escondido ou carregado via JavaScript sem fallback.
Boas práticas de performance e mobile
- Priorize o conteúdo visível. Carregue scripts não críticos de forma assíncrona.
- Reduza imagens. Use formatos modernos e responsive images.
- Habilite cache e compressão.
- Corrija problemas de CLS: evite trocas de layout inesperadas. Defina dimensões nas imagens.
- Para mobile usability, garanta que botões sejam tocáveis e textos legíveis sem zoom.
KPIs técnicos sugeridos
- Tempo de carregamento (LCP): meta < 2.5s.
- Taxa de indexação: % de URLs do sitemap indexadas dentro de 30 dias. Meta > 90%.
- Impressões orgânicas: variação mês a mês. Meta: +20% em 3 meses.
- CTR orgânico: monitorar rich snippets. Meta: aumentar CTR em 10-30% por páginas com Product ou HowTo.
- Core Web Vitals (FID/INP, CLS): manter dentro dos thresholds recomendados.
- Erros de cobertura no Search Console: meta 0 para erros críticos.
Checklist executável para o primeiro mês
Semana 1
- Rodar auditoria técnica completa.
- Exportar lista de URLs priorizadas (top 100 produtos/serviços).
- Criar plano de canônicos para grupos duplicados.
Semana 2
- Implementar canônicos e corrigir robots.txt se necessário.
- Otimizar 20 páginas de produto (imagens, meta tags, conteúdo único).
- Gerar sitemaps por categoria.
Semana 3
- Implementar Product e LocalBusiness em JSON-LD para páginas prioritárias.
- Criar 3 HowTo detalhados para serviços e marcar com schema.
- Testar tudo com ferramenta de resultados ricos.
Semana 4
- Submeter sitemaps ao Search Console.
- Monitorar indexação e corrigir falhas reportadas.
- Medir LCP e CLS; aplicar correções rápidas (compressão, lazy load).
Passos críticos em destaque
- Habilitar Search Console e acompanhar cobertura. Sem isso, você fica no escuro.
- Definir e aplicar canônicos corretos. Evita perda de autoridade.
- Publicar JSON-LD completo nas páginas de produto e serviço. Isso libera rich snippets.
- Otimizar performance mobile. A maior parte do tráfego vem de celular.
Link útil para aprofundar estratégias: veja este guia prático sobre estratégias digitais para o agro para alinhar SEO técnico com ações de conteúdo (https://chasocial.com.br/estrategias-digitais-para-o-agro/).
Observações finais no fluxo do trabalho
Não precisa resolver tudo de uma vez. Escolha 20 páginas que geram receita. Aplique canônicos, dados estruturados e otimização de velocidade nelas primeiro. Depois escale. Monitoramento constante é crucial. E lembre: resultados de SEO técnico aparecem em semanas. Mas quando aparecem, geram tráfego consistente e leads de qualidade.
Errinho humano: às vezes esquecemos de validar. Não faça isso. Teste. Reforce. Repita.
Fim do capítulo. Boa implementação.
Quer fazer parte da maior cuminidade de profissionais de agromarketing do Brasil?
Mude de vida agora https://agromkt.com.br
Sobre
Mentoria prática com Ben Martin Balik: programa intensivo para gestores e analistas de agromarketing que desejam implementar SEO técnico, estratégia de conteúdo por intenção e funis de geração de leads no setor agro. Inclui 6 encontros ao vivo, auditoria inicial do ecossistema digital da empresa, templates de conteúdo e execução, playbooks para implementação de Schema e integração com CRM, e acompanhamento por 60 dias para otimizar campanhas. Público-alvo: agroindústrias, revendas agrícolas, lojas de maquinários, indústrias de insumos e agritechs. Resultados esperados: aumento de visibilidade orgânica, melhora na qualidade dos leads e elevação da taxa de conversão em canais digitais.


